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investimento

- Publicada em 13 de Dezembro de 2020 às 21:03

Pinheiro Machado ganha indústria de conservas

Fábrica automatizada teve investimentos de R$ 8 milhões

Fábrica automatizada teve investimentos de R$ 8 milhões


/Joel Vargas/divulgação/jc
Com um investimento, até agora, de R$ 8 milhões, nasce uma moderna e automatizada indústria de conservas no Rio Grande do Sul, mais precisamente, na Estância Guarda Velha, município de Pinheiro Machado.
Com um investimento, até agora, de R$ 8 milhões, nasce uma moderna e automatizada indústria de conservas no Rio Grande do Sul, mais precisamente, na Estância Guarda Velha, município de Pinheiro Machado.
Fruto da iniciativa do empresário Luiz Eduardo Batalha, a fábrica irá processar conservas de diversos tipos, como azeitonas, milho, alcaparras e outros produtos. "Os equipamentos têm possibilidade de fazer (industrializar) nozes, avelãs, pistache, frutas secas, damasco e ameixas", enumera ele.
A ideia inicial, conforme explica Batalha, de 74 anos, era criar uma indústria de azeitonas de mesa como forma de diversificar os negócios e para aproveitar toda a produção, que hoje é feita a partir de uma plantação de oliveiras, que tem 40% de variedades de azeitona de mesa e 60% destinada à extração de azeite. O empresário é, hoje, o maior produtor de azeite extravirgem do Brasil.
A fábrica, tecnicamente, está pronta para funcionar, porém, ela aguarda ainda os documentos de licenciamento e, além disso, não entrou em atividades em decorrência dos reflexos da pandemia da Covid-19 sobre a economia. Segundo Batalha, ocorreu ainda atraso na entrega de insumos como embalagens, plásticos e caixas, itens necessários no processo automatizado.
Diante deste cenário, a operação está em compasso de espera. Batalha diz que, nessa fase, os trabalhos estão avançando em todas as instalações, servindo para colocação, por exemplo, de ar-comprimido, água quente e na realização de outros detalhes. "A gente não pode produzir, porque ainda nem temos as licenças. E parece que só em fevereiro de 2021 começará a chegar às embalagens, caixas e plásticos para a fábrica de conservas entrar na sua linha (de produção) normal", explica.
O empresário, que também é engenheiro mecânico, detalha que o processo para implantar uma indústria de azeitonas, não se diferencia muito do procedimento para implantação de uma fábrica de conservas. E com base nessas informações, ele decidiu em fazer o investimento, que e irá industrializar, além de azeitonas, mais 40 tipos diferentes de alimentos próprios para conserva.
Batalha salienta que o objetivo do negócio está no desenvolvimento de toda a região, principalmente, com a abertura de novas frentes de trabalho. Ele idealiza um modelo em que todos os envolvidos no processo obtenham ganhos. O que o empresário chama de projeto "ganha-ganha".
O empresário buscou o apoio técnico, da Emater e também da Embrapa, com a finalidade de analisar e indicar os locais apropriados no Rio Grande do Sul para cada um dos tipos de produtos agrícolas a serem cultivados e que servirão com base de matéria prima. De acordo com ele, a ideia é criar uma espécie de cooperativa de produtores rurais nessas regiões que serão escolhidas. A empresa de conservas dará preferência para mão de obra feminina e irá abrir 20 postos de trabalho. Já a produção deverá ocorrer conforme a demanda de mercado.
A estrutura do agronegócio já está toda definida. "Na verdade, nós temos três galpões, mais ou menos, de 1.100 metros quadrados de área cada um", explica. Batalha cita que as construções são todas robustas e têm também equipamentos destinados a embalar automaticamente o azeite que for extraído.

Expectativa é de boa aceitação no mercado nacional

O empresário, que também é criador de gado da raça Angus e de cavalo Crioulo, projeta que os produtos terão uma boa aceitação no mercado nacional. "Em vez de ficar importando essas mercadorias de países longínquos, como Egito e Tunísia, hoje, grandes produtores, nós vamos fazer tudo aqui no Rio Grande do Sul", salienta. A nova marca de conservas foi batizada de Olea.
Batalha que também carrega em seu currículo empresarial a implantação da Burger King Brasil, segundo maior grupo de fastfood do País, é o presidente da Braspell Bioenergia, responsável pela execução de outro grande desafio, que é a criação de uma fábrica de pellets.
Trata-se de um processo industrial, no qual madeira de origem de reflorestamento é transformada em pó, que posteriormente é compactada formando pequenos "palitos" que no momento da queima de suas biomassas liberam grande quantidade de energia, um produto oferece um grande atrativo, principalmente, para o segmento industrial no mundo inteiro.