“Estamos cumprindo todos os protocolos. O poder público precisa fiscalizar mais para acompanhar quem não está respeitando as medidas. É necessário mais rigor na aplicação das regras, mas os bares e restaurantes não podem pagar a conta de erros que não cometeram”, defende Maria Fernanda.
A possibilidade de recuar nas flexibilizações em vigor é um reflexo do aumento de contaminação pelo coronavírus no Rio Grande do Sul e da alta procura por hospitais e grande ocupação de leitos de UTI, os governantes cogitam estabelecer novas restrições em diversas áreas. Nesta quinta-feira (26), o
Rio Grande do Sul bateu recorde de internados por Covid-19 nas UTIs.
Para reduzir os índices da doença, avalia a Abrasel, no entanto, são necessários a consciência e o esforço de toda a população, evitando aglomerações, sempre utilizando álcool em gel, saindo às ruas apenas de máscara e respeitando os protocolos de segurança. E o cenário de redução de horários poderia representar a falência de muitos bares e restaurantes que buscavam uma recuperação gradativa após o cenário de incerteza vivido a partir de março.
“Muitos empresários não têm mais fôlego para suportar outras reduções em suas atividades. Hoje, percebemos muitas pessoas trabalhando para cobrir seus custos ou pagando para trabalhar”, sustenta Maria Fernanda.
A presidente também aponta que é fundamental que o funcionamento seja mantido como está, tendo em vista que o delivery e o take away não são meios de subsistência suficientes para muitos restaurantes, pois não geram capital que permita manter a operação ativa.
Além dos empresários, os prejuízos atingiriam uma extensa cadeia que abrange os profissionais da alimentação fora do lar, como funcionários, fornecedores, locatários e até agricultores. O fechamento de empresas, o crescimento do desemprego ou a redução de horários e salários dos trabalhadores e a queda dos rendimentos de vendedores de alimentos, produtores e proprietários de imóveis são algumas das consequências que trariam um reflexo direto na economia gaúcha.