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O Dia liquida estoque antes de fechar e atrai consumidores em Porto Alegre
Fila marcou o fluxo na loja da rede no bairro Santana, cujos descontos atraíram muitos moradores
PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC/
Patrícia Comunello
Em clima de fechamento de operações no Rio Grande do Sul, a rede O Dia promove liquidação de estoques de produtos e atrai consumidores, que fazem fila e aglomeração em lojas em Porto Alegre. Preços com mais de 50% de desconto fazem moradores aproveitar para comprar e renovar seus próprios estoques.
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Em clima de fechamento de operações no Rio Grande do Sul, a rede O Dia promove liquidação de estoques de produtos e atrai consumidores, que fazem fila e aglomeração em lojas em Porto Alegre. Preços com mais de 50% de desconto fazem moradores aproveitar para comprar e renovar seus próprios estoques.
VÍDEO: Veja o movimento na loja no bairro Santana
O Jornal do Comércio flagrou filas e grande movimento durante todo o dia em filiais nos bairros Santana e Partenon, onde as pessoas chegaram bem antes de abrir o supermercado localizado na avenida Bento Gonçalves. O segurança teve de organizar o grupo, que teve dificuldade de manter o distanciamento.
Na avenida Bento Gonçalves, as pessoas chegaram antes da filial abrir. Foto: Roberta Mello/JC
"Paguei R$ 1,89 pelo quilo de arroz", saiu triunfante a costureira Jussara Strada, da loja na rua Vicente da Fontoura, no bairro Santana. O cereal virou o vilão da alimentação em casa nas últimas semanas, com o quilo acima de R$ 4,00.
Jussara encarou fila, que passou a ser a regra devido ao distanciamento social, mas que estava bem mais demorada com a busca pelos descontos. Ela diz que comprou mais itens essenciais, mas não resistiu a incluir no carrinho alguns chocolates. A costureira gastou quase R$ 160,00 no total.
Jussara prometeu voltar outro dia para comprar mais itens com descontos. Fotos: Patrícia Comunello
"Acho que gastaria mais que o dobro sem as promoções", aposta Jussara, que mal conseguia carregar as duas bolsas cheias de produtos e mais cinco de plástico carregadas. Ela queria comprar mais itens. "Amanhã (sexta) eu volto", garantiu.
A notícia do fechamento da rede surgiu no começo da semana, após revelação pelo Sindicato dos Comerciários (Sindec), que negociou condições para os mais de 753 trabalhadores que serão demitidos pela rede espanhola. São dez lojas na Capital. No Estado, a rede chegou a ter 80 unidades.
Com a pegada de súper de bairro, a rede não chegou a conquistar os moradores. Em 2018, o JC noticiou a abertura de uma filial no bairro Bom Fim, que fechou 10 meses depois.
Uma das caixas da filial disse que não há data pra fechar as portas e que acredita que a filial vai continuar aberta, enquanto tiver produtos para vender.
O casal Lourdes e Nelson da Rosa também foi à loja em busca de barbadas. "O papel higiênico tava R$ 12,00 e saiu oor R$ 9,00", citou o aposentado. "Comprei xampu, muito iogurte, material de limpeza", listou Lourdes.
Questionados se precisavam de todos os produtos, Soares alegou que estava aproveitando para levar para filhos e netos.
Casal reclamou que não encontrou preços mais baixos para vilões de altas, como arroz, feijão e óleo
Os dois só não saíram 100% satisfeitos porque acabaram não encontrando mais mercadorias mais básicas, como arroz, feijão e óleo de soja, mais baratos. As marcas desses itens com valor mais atrativo já tinham esgotado.
"Esses são os que pesam mais (no orçamento)", reclamou o aposentado, que diz não acreditar que a cobrança do governo federal feita a supermercados e até a cooperativas produtoras vai resolver.