O descontentamento do setor de eventos com a demora na análise do governo gaúcho dos
protocolos sugeridos para a retomada gradual das atividades no Rio Grande do Sul desencadeou, nesta quarta-feira (19) manifestação oficial do Grupo Live Marketing RS, que representa mais de 340 empresas do segmento. Em nota, o coletivo se diz frustrado com a falta de agilidade no retorno e, embora reconheça o esforço de alguns representantes do Executivo, apela para a dificuldade enfrentada pelos profissionais que atuam na cadeia do entretenimento, turismo e lazer.
Intitulado 'Quando a resposta desejada não chega e a frustração nos visita', o texto divulgado pelo setor destaca a delonga na análise e aprovação do plano apresentado, que, segundo os representantes, "não saiu do Comitê de Crise e foi para a Saúde”. A nota reforça que os profissionais entendem que a negociação não é um processo fácil, mas também pedem atenção às necessidades e dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores, impedidos de exercerem suas atividades há cinco meses.
"Passaram-se cinco meses e a angústia, a tristeza e ansiedade sentam à mesa diariamente, para quem tem muitas contas para pagar, funcionários para manter, ausência de perspectiva de trabalhos consistentes e permanentes, além de autônomos batendo à porta e perguntando, quando?", perguntam.
O grupo destaca ainda as pressões pessoais e coletivas que sofre como "porta-voz de centenas de profissionais que estão a cada dia vendo seus negócios minguarem" e enfatiza que aguarda "ansiosamente uma resposta de que nossos protocolos serão atendidos, em parte ou na totalidade". Deseja ainda bom senso a todos os envolvidos. " A frustração carrega uma boa dose de indignação, porque o tempo não para", diz o texto.
Para um dos coordenadores do Live Marketing RS, Rodrigo Machado, sócio da Opinião Produtora, os prazos de negociação vão vencendo e o setor não consegue ver a possibilidade de uma solução concreta a curto prazo, como já ocorre em ouros estados. "Hoje mesmo recebi protocolos da liberação de eventos como teatros em São Paulo. Se outros estados e capitais já estão abrindo teatros e espetáculos, por que não conseguimos avançar?", questiona.