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Economia

- Publicada em 07 de Agosto de 2020 às 11:54

Comércio de Porto Alegre vai poder funcionar após domingo, diz Marchezan

Movimento voltou forte ao Centro com liberação da abertura após 30 dias de lojas fechadas

Movimento voltou forte ao Centro com liberação da abertura após 30 dias de lojas fechadas


JOYCE ROCHA/JC
Patrícia Comunello
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, comunicou que o varejo vai ser liberado para abrir além de domingo (9), mas com restrição de horários e até dias. O plano estará em um novo decreto que deve ser publicado nesta sexta-feira (7). A decisão foi comunicada pelo prefeito em videoconferência com entidades. A construção civil vai voltar na segunda-feira (10). 
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, comunicou que o varejo vai ser liberado para abrir além de domingo (9), mas com restrição de horários e até dias. O plano estará em um novo decreto que deve ser publicado nesta sexta-feira (7). A decisão foi comunicada pelo prefeito em videoconferência com entidades. A construção civil vai voltar na segunda-feira (10). 
O movimento no Centro voltou com força com a reabertura do comércio nesta sexta (7), primeiro dia da reabertura após 30 dias de fechamento.
Os horários a partir de segunda-feira vão ser definidos e anunciados ao longo do dia. Marchezan preveniu que a liberação maior vai elevar o risco de maior contaminação pelo novo coronavírus, o que poderá provocar um novo fechamento.
Marchezan alertou, mais de uma vez durante a videoconferência, que liberar os setores de forma mais geral, mesmo com dias e horários restritos, não é tão segura, indicando que deve ter maior contaminação. "Se houver super demanda por leitos, me desculpem, não tem como não buscar o apoio de vocês para restringir de novo", avisou aos dirigentes na live.  
"Vamos adotar medidas para ter o máximo de segurança possível para não voltar a fechar", garantiu Paulo Kruse, presidente do Sindilojas, garantiu que os horários serão cumpridos, além de medidas de segurança. O setor vai aguardar os horários. Nessa quinta-feira (6), foi liberada a abertura d sexta a domingo, o que já abrange as vendas do Dia dos Pais.
Marchezan disse que o horário será mais reduzido e cogitou não ter fluxo mais tarde da noite. "A ideia é liberar tudo no mesmo horário. Talvez fechar domingo ou sábado ou um dia da semana?", comentou o prefeito.   
O presidente da CDL-POA, Irio Piva, disse que serão feitas campanhas para a população. "Ficaremos muito frustrados se, daqui a 15 dias, tivermos de fechar se o índice de contaminação subir muito".  
O prefeito teve duas videoconferências pela manhã, mais cedo com o setor da construção civil. Nas duas, Marchezan citou que não teve apoio para adotar a medida próxima de um lockdown, que é um fechamento total.
"Lançamos o desafio, mas as entidades acharam que não era o momento e não era adequado apoiar. Nossa ideia era ter feito lockdown por duas semanas, pois quase tudo estava fechado, para começar a abrir esta semana as atividades", recordou o prefeito, admitindo que entendia a situação dos negócios. Durante a tarde, ele vai conversar com representantes de imobiliárias, bares e restaurantes, supermercados e academias, em sessões virtuais de uma hora cada.
Segundo o chefe do Executivo, a proposta era de duas semanas de funcionamento e uma semana de restrições grandes em quase todos os setores para colocar um freio na contaminação para ter mais previsibilidade das atividades, explicou. "Isso permitiria ter um período de faturamento de duas semanas", indicou.  
O CEO das Lojas Renner, Fabio Faccio, comentou que é preciso mais fiscalização de setores informais. Faccio citou que as grandes redes, como a Renner, ficaram 53 dias fechadas. "Nós contribuímos para o isolamento social", disse Faccio, que defendeu que protocolos bem cumpridos são eficazes. O prefeito chegou a contrapor que não são só os protocolos que auxiliam e apontou que a grande circulação é o que pesa mais.   
O presidente da Lebes, Otelmo Drebes, que tem lojas fechadas há mais de 50 dias, comentou sobre o impacto para as redes maiores. Drebes destacou que o diálogo é fundamental. "Precisamos continuar na questão do dialogo e verificar a melhor forma de fazer", apontou. O empresário falou que nas lojas da rede foram sete casos até agora entre 3 mil funcionários.
"Na minha loja não pega, mas tenho de fechar, são decisões", rendeu-se. "Não adianta discutir se foi certo ou não (fechar). Precisamos ir para frente. Nossas empresas sofrem demais."    
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