"Podemos comunicar ao pessoal que podem retornar ao trabalho na segunda-feira?", pergunta o dono de uma construtora de Porto Alegre, durante videoconferência na manhã desta sexta-feira (7). O prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior, em uma das posições da sala virtual, responde: "Pode disparar". Com isso, as obras privadas poderão ser retomadas dentro da
liberação de atividades que começou nesta sexta-feira (7).
O trabalho será liberado inicialmente das 7h às 17h, que foi o período sugerido pelo sindicato e pelas empresas. Segundo o presidente do Sinduscon-RS, Aquiles Dal Molin Júnior, o período anterior á atual parada, que ocorreu há 30 dias, restringia mais horários e não foi efetivo em muitos canteiros de obras:
"Muitos avaliavam se valia manter a atividade porque caía muito a produtividade", explicou Dal Molin.
O segmento acertou o retorno, que pode sofrer eventuais ajustes no período. Marchezan fez um apelo e pediu apoio para reforçar as medidas de segurança e proteção.
"Com a liberação sugerida pelas entidades tem risco de rápida aceleração da contaminação, mas é um risco que sempre esteve presente", ponderou. "Se acontecer, preciso do apoio integral para tomar restrições para salvar vidas", projetou Marchezan, indicando que medidas de fechamento podem voltar.
O setor já aguardava a liberação. "Trabalhadores, mestres de obras, estão todos em casa só esperando", disse um construtor.
No fim da reunião, de cerca de 30 minutos, Dal Molin recomendou que o prefeito descanse no fim de semana. "Brinque com seu filho. A semana foi punk", observou o dirigente.