Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 28 de Julho de 2020 às 19:38

Aeroporto de Porto Alegre teve alta de 61% no fluxo de passageiros em junho frente a maio

Atual ritmo da operação transfere retomada ao padrão pré-Covid somente para 2024 ou 2025

Atual ritmo da operação transfere retomada ao padrão pré-Covid somente para 2024 ou 2025


MARCO QUINTANA/JC
Patrícia Comunello
A turbulência gerada pela pandemia do novo coronavírus amenizou só um pouquinho no Aeroporto Internacional de Porto Alegre. Em junho, o fluxo de passageiros cresceu 61% frente a maio, com elevação percentual maior frente a abril, que foi o fundo o poço da crise sanitária para o transporte aéreo. Mas em relação a junho de 2019, o tombo, porém, é do tamanho de um Airbus 380, maior avião comercial em atividade: a queda foi de 88,6% no número de passageiros em embarques e desembarques.
A turbulência gerada pela pandemia do novo coronavírus amenizou só um pouquinho no Aeroporto Internacional de Porto Alegre. Em junho, o fluxo de passageiros cresceu 61% frente a maio, com elevação percentual maior frente a abril, que foi o fundo o poço da crise sanitária para o transporte aéreo. Mas em relação a junho de 2019, o tombo, porém, é do tamanho de um Airbus 380, maior avião comercial em atividade: a queda foi de 88,6% no número de passageiros em embarques e desembarques.
A Fraport explicou, por nota, que "a performance atual está abaixo do esperado e a previsão de retorno ao patamar de movimentação de passageiros pré-Covid mudou de 2023 para 2024/2025". Portanto, o horizonte de recuperação da "normalidade" seria apenas daqui a quatro a cinco anos. 
A redução na movimentação chegou a 95% em abril no Salgado Filho, nome como o terminal é mais conhecido no Rio Grande do Sul. Em maio, o comportamento foi um pouco menos pior, com queda de 93% em pessoas transportadas. De uma média de 200 voos diários em períodos em que a pandemia não causava estragos, junho teve 43. Maio haviam sido 32, e abril, 25, calculando a média com base em total de voos dividido pelos dias do mês. Para julho, a previsão da concessionária é de uma média diária de 44 voos.

Evolução de passageiros no Aeroporto de Porto Alegre

Os dados de passageiros e aeronaves são da Fraport Brasil, concessionária do terminal. Foram 72,3 mil pessoas transportadas no mês passado em 1.294 aeronaves. Em maio, haviam sido 44.953 pessoas em 992 voos. Abril somou 29,2 mil passageiros e 777 voos, com quedas de 95,4% e 87% comparado ao mês no ano passado, respectivamente para cada indicador.
Março, que já registrava os primeiros danos da pandemia, foram transportadas 407.217 pessoas em 4,9 mil aeronaves, com queda de 38% em relação a março de 2019 e 240 mil passageiros a menos que fevereiro. Janeiro havia sido o melhor desde a mudança de gestor, somando 747 mil passageiros. Desde maio, não há voos internacionais no terminal, apenas de cargas.
A empresa informou que a receita, que inclui, por exemplo, taxas recolhidas pelas companhais, cresceu 5% no mês passado e ficou 40% acima da de abril. "Porém, foi 80% menor que o esperado e 75% menor que junho de 2019", ponderou, na resposta à reportagem. Com a operação em nível muito baixo, a concessionária reduziu 23 contratos de serviços terceirizados. O número depostos de trabalho destes prestadores passou de 789 a 240.
{'nm_midia_inter_thumb1':'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2020/06/10/206x137/1_lp_100620___aeroporto__1_-9075706.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'5ee138ea417c7', 'cd_midia':9075706, 'ds_midia_link': 'https://www.jornaldocomercio.com/_midias/jpg/2020/06/10/lp_100620___aeroporto__1_-9075706.jpg', 'ds_midia': 'Fraport Brasil negocia com a Anac formas de mitigar os prejuízos ', 'ds_midia_credi': 'LUIZA PRADO/JC', 'ds_midia_titlo': 'Fraport Brasil negocia com a Anac formas de mitigar os prejuízos ', 'cd_tetag': '1', 'cd_midia_w': '800', 'cd_midia_h': '533', 'align': 'Left'}
Os impactos chegaram a ser enquadrados como "desastre" pela CEO da Fraport Brasil, Andreea Pal, em entrevista ao Jornal do Comércio no começo de junho. A concessionária, subsidiária da alemã Fraport e que está na operação desde janeiro de 2018, espera alções da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para contornar os efeitos da perda de receitas com a drástica redução do transporte. A empresa disse que não há nenhuma indicação ainda de medidas. Andreea chegou a indicar setembro como o prazo limite para um aceno sobre a solução.
As atuais restrições ao comércio na Capital voltaram a fechar estabelecimentos no terminal, que tem a primeira unidade da Lojas Renner em um aeroporto no Brasil. Também há instalações de serviços, como alimentação, que tiveram a abertura adiada devido à retomada lenta do fluxo. Contrastando com a baixa operação na área de embarques e desembarques, as obras da ampliação da pista e do novo terminal de cargas não sofreram interrupção. 
Para gerar receita, a concessionária vai leiloar um grupo de bens e materiais, de malas usadas em testes de equipamentos, como esteiras, a veículos e raio-x que eram usados na área de embarque. Os valores mínimos dos lotes somam R$ 283 mil.    
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO