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Economia

- Publicada em 06 de Julho de 2020 às 16:16

Mercado Público organiza operações para manter tele-entrega e pague e leve a partir desta terça

Às vésperas do fechamento, movimento registrado foi grande

Às vésperas do fechamento, movimento registrado foi grande


LUIZA PRADO/JC
Fernanda Crancio
No dia em que completam-se sete anos do incêndio que destruiu o segundo piso do Mercado Público de Porto Alegre, o centro de abastecimento mais antigo da cidade se prepara para mais um fechamento de portas. Nesta segunda-feira (6), as lembranças do renascimento do Mercado tiveram de ser substituídas pela organização das medidas práticas que deverão ser adotadas nos próximos 15 dias e a adequação ao novo decreto municipal que determina o fechamento do local ao público externo. A partir desta terça-feira (7), o funcionamento dos 106 estabelecimentos do complexo estará limitado ao esquema de tele-entrega, e com opção de pague e leve apenas às lojas com acesso externo.
No dia em que completam-se sete anos do incêndio que destruiu o segundo piso do Mercado Público de Porto Alegre, o centro de abastecimento mais antigo da cidade se prepara para mais um fechamento de portas. Nesta segunda-feira (6), as lembranças do renascimento do Mercado tiveram de ser substituídas pela organização das medidas práticas que deverão ser adotadas nos próximos 15 dias e a adequação ao novo decreto municipal que determina o fechamento do local ao público externo. A partir desta terça-feira (7), o funcionamento dos 106 estabelecimentos do complexo estará limitado ao esquema de tele-entrega, e com opção de pague e leve apenas às lojas com acesso externo.
Surpreendida pela determinação do Executivo municipal, a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc) lamenta o fato de a prefeitura da Capital ter incluído o centro de abastecimento no mesmo critério estabelecido para shopping center e demais comércios, e defende que a questão poderia ter sido encaminhada de outra forma, com maior limitação da circulação de público e controle extra aos acessos, em respeito à história do local, que funciona há 150 anos.
Segundo a presidente da Ascomepc, Adriana Kauer, os permissionários do Mercado vinham cumprindo todas as exigências do município e adotando cuidados ainda maiores aos determinados, como instalação de aparelhos com dispenser de álcool gel via acionamento por pedal, controle redobrado com a higienização de toda a área, disponibilização de pias e sabonete líquido, além do monitoramento das duas entradas disponíveis (na avenida Borges de Medeiros e no Largo Glênio Peres), com vigilância de funcionários da própria prefeitura. "Por todas essas medidas tomadas, para nós é bastante pesaroso o que está acontecendo. Era uma demanda bastante grande que os permissionários vinham cumprindo para se adequar às medidas e manter os estoques sem ter de reajustar preços, por isso, é muito ruim a nossa inclusão nesse critério de fechamento", destaca a dirigente.
Adriana ressalta que dos 106 estabelecimentos do complexo, 25 são da área de alimentação, entre restaurantes, padarias, lanchonetes e a banca de sorvete, e vinham se equilibrado para manter o atendimento, mas ressalta que os clientes do Mercado Público, apesar de muito fieis, não se adequam ao sistema de delivery e take away. "Estamos trabalhando desse jeito nos últimos meses, mas nem todo mundo quer ou está habituado a essa forma de compra. Nosso público gosta de circular por aqui, o que já não vinha acontecendo, mas é lamentável termos de fechar", comenta.
De acordo com levantamento feito pela Associação, cerca de 50% das lojas e bancas irão trabalhar com tele-entrega a partir desta terça. A determinação de fechamento por duas semanas também refletirá na perda de mercadorias perecíveis dos açougues, peixarias, padarias e fruteiras, o que agravará ainda mais os prejuízos registrados nos últimos 100 dias, entre 50% e 80% de queda de faturamento geral por conta da pandemia. "A compra aqui é rápida e objetiva, ao contrário dos supermercados, e há diversos pontos de venda, o que evita formação de filas. Por isso, acredito que não precisávamos passar por esse fechamento, ainda mais por oferecermos serviços essenciais", ressalta Adriana.
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 Público fez fila para as compras nos estabelecimentos do Mercado Público, no sábado (4)
Segundo a prefeitura, os vigilantes do complexo foram proibidos pelo sindicato da categoria de fazer a aferição da temperatura e controle do fluxo das pessoas, o que pesou na decisão de fechar o Mercado. No entanto, a Ascomepc diz que os mesmos funcionários poderiam reforçar o controle da entrada de clientes, sem prejudicar a segurança sanitária, já que medidas de distanciamento estavam mantidas de acordo com a lei.
No sábado (4), o movimento registrado no local foi acima do esperado, e clientes apreensivos chegaram a fazer fila para entrar e abastecer as sacolas. Grande movimentação também ocorreu ao longo desta segunda-feira, às vésperas do fechamento determinado pela prefeitura.
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