O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) divulgou o resultado do levantamento feito nesta sexta-feira (3) no local onde, na quinta, havia sido realizada uma aplicação aérea contra gafanhotos. Apesar da expectativa do lado brasileiro da fronteira, o relatório não mencionou quantos insetos teriam sido eliminados pela operação aeroagrícola. A estimativa de que a nuvem perdeu mais 15% dos gafanhotos foi informada ao Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) pelo representante local das Confederações Rurais Argentinas (CRA), Martin Rapetti.
Segundo ele, o resultado foi considerado satisfatório, levanto em conta as condições do local. A aplicação feita pelo avião agrícola no dia anterior cobriu uma área de 115 hectares, em uma região com grande cobertura de árvores (fechada em muitos pontos, o que protegeu os insetos). O percentual de gafanhotos mortos acabou sendo o mesmo da primeira aplicação aérea, realizada na tarde do último dia 26, quando a nuvem estava no interior do município de Curuzú Quatiá.
Conforme o relato do Senasa, o dia foi de buscas pela localização da nuvem, que teria deixado o local em vários voos curtos. A aposta é de que os insetos teriam se deslocado até uma área cerca de três quilômetros ao sul. Assim, os trabalhos no sábado serão para rastrear a nova localização dos insetos e, a partir daí, preparar uma nova operação.
Enquanto isso, no Brasil, as empresas de aviação agrícola na fronteira gaúcha seguem de prontidão. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Agricultura do Estado permanece monitorando as condições do vento e temperatura na área junto ao território argentino.