Questionada sobre as razões, a Mercado Livre não comentou e nem disse onde poderá instalar a unidade, mas diz que "mantemos nosso propósito de instalar um CD no Sul do Brasil". O destino ainda não estaria confirmado. Notícias na imprensa de Santa Catarina indicam que o estado vizinho teria sido o escolhido.
Não vai ter o centro de distribuição que criaria 500 empregos na RMPA, mas a companhia diz que seguirá com seu polo de entregas em Porto Alegre. Em um "futuro próximo", diz a nota, poderão ser abertos "novos service centers no Estado, gerando mais de 100 novos postos de trabalho diretos, além dos postos indiretos".
No começo da tarde, a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) se manifestou, confirmando ter sido comunicada da decisão nesta quarta e informou que as negociações para a instalação ocorreram até essa terça-feira (23).
"A Receita Estadual elaborou um Regime Especial para a empresa, superando, a nosso juízo, todas as dificuldades iniciais e que viabilizariam este novo modelo de negócio em franca expansão", explicou o governo, indicando que a solução achada contemplaria a demanda.
A Mercado Livre queria que as empresas que vendem usando a plataforma de marketplace não necessitassem ter registro no Estado e nem emitir nota da comercialização. A legislação padrão do ICMS prevê o cadastro e nota fiscal pela passagem do produto em uma sede local. Em São Paulo, o governo criou um regime especial para estas operações. O Rio Grande do Sul se baseou no exemplo paulista para criar a condição que atendesse ao marketplace, segundo a Fazenda.
A operação logística no CD segue o fulfillment, pelo qual a mercadoria é enviada a um entreposto, que seria o local em Gravataí, para depois ser despachada ao comprador. Normalmente, as empresas que usam o e-commerce têm sede em outras unidades da federação.
A Fazenda, porém, não detalhou as condições da negociação alegando sigilo comercial.