Após registrar alta em setembro, a indústria gaúcha recuou 0,2% em outubro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) – Produção Física divulgada nesta terça-feira (10) pelo IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o desempenho gaúcho também foi negativo, com queda de 1,7%. Já no acumulado do ano, o setor industrial segue positivo e acumula crescimento de 3,7%, e nos últimos 12 meses a alta é de 4,1%.
Entre os setores pesquisados, as maiores retrações na produção industrial do Rio Grande do Sul ocorreram em produtos de minerais não-metálicos (– 10,2 %), máquinas e equipamentos (-8,9%) e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8%). Os destaques positivos ocorreram na preparação de couros e fabricação de artefatos, artigos para viagem e calçados (6,4%), celulose, papel e produtos de papel (4%) e móveis (3%).
Na análise das demais regiões pesquisadas pelo IBGE, foram registradas taxas positivas em sete dos 15 locais pesquisados em outubro, acompanhando o crescimento (0,8%) da indústria nacional. Os avanços mais acentuados ocorreram em Goiás (4,0%) e Amazonas (2,3%). O recuo mais elevado no mês passado na comparação com setembro ocorreu no Espírito Santo (-8,1%). Na comparação com outubro de 2018, o setor industrial mostrou crescimento de 1,0%, também com sete locais apontando resultados positivos.
No acumulado do ano para o período janeiro a outubro, frente a igual período do ano passado, houve redução na produção nacional, que alcançou sete dos 15 locais pesquisados. O Espírito Santo teve a maior queda, de 14,0%, pressionado, principalmente, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sintetizados, óleos brutos de petróleo e gás natural), celulose, papel e produtos de papel (celulose) e metalurgia (tubos flexíveis e tubos trefilados de ferro e aço, lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono e bobinas a quente de aços ao carbono não revestidos). Minas Gerais (-4,6%), Região Nordeste (-4,0%), Mato Grosso (-3,6%), Bahia (-2,8%), Pernambuco (-2,6%) e Pará (-1,3%) registraram as demais taxas negativas e todas mais acentuadas do que a média da indústria (-1,1%).
Na outra ponta, o Paraná (6,9%) e o Rio Grande do Sul (3,7%) apontaram os avanços mais elevados no acumulado no ano. Amazonas (2,9%), Goiás (2,8%), Santa Catarina (2,6%), Ceará (1,2%), Rio de Janeiro (0,9%) e São Paulo (0,4%) também mostraram taxas positivas no período.