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Projetos gaúchos inscritos para leilão de energia totalizam 2.534 MW
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 1.034 empreendimentos interessados em participar do leilão de energia de reserva 2014, previsto para ser realizado no dia 31 de outubro, com uma oferta de 26.297 MWs de capacidade instalada. Desse volume, 2.534 MW são provenientes de 113 usinas (todas eólicas) a serem construídas no Rio Grande do Sul. O potencial corresponde a cerca de 65% da demanda média do Estado.
No total do País, os projetos de energia eólica predominaram mais uma vez, com 626 empreendimentos, seguidos de perto pelos de energia solar, com 400. Pela primeira vez, essas iniciativas não irão disputar o leilão com outras fontes, a concorrência ficará somente entre os empreendimentos fotovoltaicos, que somam mais de 10 mil MW de capacidade instalada.
Além das usinas eólicas e fotovoltaicas, foram inscritas oito termelétricas a biogás e resíduos sólidos urbanos (RSU) na disputa. O leilão de reserva prevê a entrega de energia a partir de 2017 e é destinado a aumentar a segurança no fornecimento ao Sistema Interligado Nacional. A contratação desta energia tem por objetivo reduzir as chances de desequilíbrio entre a oferta e demanda de eletricidade. Tais riscos decorrem, principalmente, de atrasos imprevisíveis de obras, ocorrência de hidrologias muito críticas e indisponibilidade de usinas geradoras.
O estado da Bahia foi o que mais apresentou projetos nesse leilão, tanto para energia eólica (236) como para fotovoltaica (161), alcançando mais de 10 mil MW de capacidade instalada. O Rio Grande do Sul fica em quarto no ranking, superado ainda por Rio Grande do Norte (3.711 MW) e Ceará (2.721 MW).
O diretor de Infraestrutura e Energia da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Marco Franceschi, considerou razoável o volume de iniciativas no Estado. O dirigente espera que patamares pelo menos semelhantes sejam observados também em futuros leilões. Franceschi comenta que os projetos previstos para o Rio Grande do Sul, em diversas etapas de desenvolvimento, já somam algo próximo a 20 mil MW. Apesar desse número expressivo, o integrante da AGDI ressalta que há muito espaço para crescer ainda. O atual atlas eólico gaúcho aponta um potencial para até 115 mil MW, e a revisão desse documento deverá aumentar o teto para cerca de 170 mil MW.
A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Melo, diz que a quantidade foi satisfatória. Sobre a forte presença da fonte solar na concorrência, a dirigente afirma que se trata de um fato positivo, pois é necessário diversificar a matriz energética nacional. “E as fontes renováveis são complementares”, afirma.