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Porto Alegre, sábado, 03 de maio de 2025.

INVESTIMENTOS

- Publicada em 17 de Abril de 2014 às 00:00

Hyundai Elevadores inicia operação gaúcha


CAMILA DOMINGUES/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Em três anos, a Hyundai Elevadores do Brasil pretende atingir 80% de nacionalização dos produtos que começam a ser montados na planta inaugurada em São Leopoldo, no Vale do Sinos, e a primeira da empresa no Brasil. A meta foi levada ao governo estadual, segundo executivos da empresa de origem sul-coreana e integrante do grupo Hyundai. A existência de fornecedores no Estado (Serra e Região Metropolitana) com tradição de atender à cadeia de fabricação de elevadores foi decisiva para a escolha da instalação.
Em três anos, a Hyundai Elevadores do Brasil pretende atingir 80% de nacionalização dos produtos que começam a ser montados na planta inaugurada em São Leopoldo, no Vale do Sinos, e a primeira da empresa no Brasil. A meta foi levada ao governo estadual, segundo executivos da empresa de origem sul-coreana e integrante do grupo Hyundai. A existência de fornecedores no Estado (Serra e Região Metropolitana) com tradição de atender à cadeia de fabricação de elevadores foi decisiva para a escolha da instalação.
A operação foi oficialmente lançada nesta quarta-feira, com a benção do governador Tarso Genro, que citou a atração da planta como o primeiro projeto de investimento fisgado pelo seu mandato, em 2011. “Essa tem sabor especial”, definiu o governador, ao ser recebido pelos anfitriões, entre eles o presidente mundial da Hyundai Elevadores, Martin Han. Uma missão gaúcha à Coreia do Sul, em maio de 2011, abriu a agenda internacional no primeiro ano de governo. São Leopoldo também é sede da HT Micron, joint venture entre capital gaúcho e sul-coreano, que opera no Tecnosinos, firmada no governo de Yeda Crusius.
A unidade tem capacidade para produzir 3 mil unidades ao ano, e largará com 60% de componentes fornecidos por fabricantes nacionais. O foco é abastecer o mercado brasileiro em uma primeira fase. Depois, o alvo será o mercado latino-americano. A planta é a terceira da sul-coreana, a segunda fora do país-sede. A outra fica na China. Com investimento de R$ 65 milhões, a unidade fabril ocupa 20 mil metros quadrados dos 90 mil metros quadrados doados pelo município ao empreendimento, o maior do Distrito Industrial Norte. A área tem valor comercial de R$ 20 milhões, informou a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico. Noventa trabalhadores foram contratados e já treinam na estrutura, principalmente no maquinário importado totalmente automatizado, mas o quadro deve chegar a 200.
Executivos mundiais da companhia não quiseram revelar a projeção de receita do negócio, mas apontaram o plano de alcançar 10% do mercado brasileiro do setor (hoje em 20 mil elevadores vendidos ao ano) até 2017 e demarcar dois novos parâmetros – maior velocidade dos elevadores e menor tempo de entrega de encomendas. O compromisso foi assumido pelos executivos do grupo, que consideraram ainda “humilde” a fatia de 10% das vendas, considerando segmentos que vão da construção civil residencial e comercial, hospitalar, industrial e até náutica (como elevadores para navios de cruzeiro).
O presidente da Hyundai Elevadores do Brasil, Jeong Ho Jean, que reclamou da lentidão das máquinas que operam em construções (pelo menos a maioria), disse que a intenção é colocar no mercado modelos de até 300 metros por minuto. “Devido à verticalização das construções, o futuro pedirá cada vez mais alta velocidade”, explicou Jean. A planta em São Leopoldo, que ficou pronta em oito meses, terá uma torre de testes de 127 metros de altura. O presidente do Grupo Hyundai no Brasil, Vitor Park, disse que a meta da operação é entregar pedidos em seis meses, que é o prazo na Coreia do Sul, segundo ele.
“Aqui são dois anos, e isso porque poucas empresas fabricam e ditam o prazo”, justificou Park, que condicionou o aumento na taxa de compra de componentes locais ao atendimento do padrão de qualidade da marca. A empresa vendeu pelo menos 900 conjuntos, que até agora eram produzidos fora, como na China.
A fábrica de São Leopoldo deve gradativamente assumir encomendas, como parte das 150 unidades contratadas para serem instaladas na Vila Olímpica, que está sendo construída no Rio de Janeiro, para a Olimpíada de 2016. O contrato é de R$ 25 milhões, com entrega em 2015. Apenas 18 foram fabricadas totalmente no Exterior.

Gestores esperam mais negócios coreanos e trabalhadores treinam em novos maquinários

A Hyundai Elevadores vem primeiro, depois outras de porte médio e pequeno podem vir na carona. Essa é a expectativa de setores do governo estadual e da prefeitura de São Leopoldo. Os executivos da empresa sinalizaram que a tendência é que uma unidade como a de elevadores, considerada de maior porte, seja o abre-alas para que outras do país e em segmentos diversos, como químico e de cosméticos, percebam a região como potencial a ser explorado. O secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado, Mauro Knijnik, disse que outras operações “estão de olho” e que espera que mais investimentos venham atrás “do grande que botou o pé aqui”.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Sandro Emilio Cassel, informou que, em viagem à Coreia do Sul em 2013, para conhecer a sede da Hyundai, foram estabelecidos contatos com duas empresas, uma de produção de LEDs (iluminação) e outra de cosméticos, as duas de porte médio. O município também está de olho na possibilidade de a própria Hyundai trazer para o Brasil planta para fabricar itens da linha branca. A empresa de elevadores é a âncora do Distrito Industrial Norte, na região do Arroio Manteiga. A área da Hyundai ocupa 12 dos 66 lotes. A empresa terá seis anos de isenção de IPTU. De olho em mais candidatos, a prefeitura tornou de utilidade pública mais oito hectares, que se somarão aos 12 atuais (que falta 10% da área a ser ocupada).
No galpão principal da fábrica, estão as máquinas que executarão o processo industrial. São modelos de última geração de tecnologia italiana e alemã. Uma delas é chamada de “faz quase tudo” pela área de engenharia, que ocupa prédio anexo, menor, e área administrativa. “Máquina corta as chapas, dobra (vários tipos) e pulsiona. Sai tudo quase pronto”, descreve um empregado, que há nove meses treina na área. Os equipamentos são informatizados, o que expõe dificuldades de quem atua na montagem. A configuração fabril, que é um dos trunfos para produzir elevadores com alto desempenho e velocidade de entrega. Um dos contratados (muitos deixaram outros empregos atrás de oportunidade e melhor remuneração) diz que a empresa é exigente em prazos de execução e organização. Por outro lado, a preparação é intensa para atender aos coeficientes de segurança nestes produtos. No Brasil, este quesito é mais elevado que o da Coreia do Sul.
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