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ELEIÇÕES 2014

- Publicada em 05 de Março de 2014 às 00:00

Não concorro a deputado, enfatiza José Fogaça


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Apontado por muitos peemedebistas como um forte candidato para a Assembleia Legislativa ou à Câmara dos Deputados, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB) é enfático ao negar os rumores de que disputará uma vaga em uma dessas casas parlamentares neste ano. Fogaça ressalta que não irá concorrer a deputado federal ou a deputado estadual. O seu papel nessa eleição será o de apoiar. No entanto, não descarta definitivamente disputar a vaga ao Senado. Nos bastidores, o comentário é de que ele é o nome preferido do senador Pedro Simon, caso não concorra à reeleição.
Apontado por muitos peemedebistas como um forte candidato para a Assembleia Legislativa ou à Câmara dos Deputados, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB) é enfático ao negar os rumores de que disputará uma vaga em uma dessas casas parlamentares neste ano. Fogaça ressalta que não irá concorrer a deputado federal ou a deputado estadual. O seu papel nessa eleição será o de apoiar. No entanto, não descarta definitivamente disputar a vaga ao Senado. Nos bastidores, o comentário é de que ele é o nome preferido do senador Pedro Simon, caso não concorra à reeleição.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, o ex-prefeito de Porto Alegre, ex-senador e ex-deputado federal constituinte declara que apoia a candidatura do ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori ao governo do Estado. Ele explica que considera Paulo Ziulkoski, que rivaliza com Sartori a indicação do PMDB para concorrer, também um bom candidato.
Entretanto, argumenta que ele já havia se comprometido, meses atrás, a apoiar o ex-prefeito de Caxias, e não irá mudar a posição. Apesar da disputa entre os correligionários, para Fogaça, o maior problema do PMDB, no momento, é a divisão entre os partidários do apoio à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT), que terá o peemedebista Michel Temer como vice, e aqueles que acreditam que o partido não deve se vincular, mesmo em âmbito nacional, ao PT do governador Tarso Genro.
Afastado da vida pública desde a derrota em 2010 para Tarso na disputa pelo Palácio Piratini, o ex-prefeito volta a analisar o peso, na derrota, da opção pela neutralidade naquela eleição – nem apoiou a chapa de Dilma, cujo vice era peemedebista, nem a de José Serra (PSDB). E destaca que a decisão do apoio a um postulante ao Palácio do Planalto será determinante para o desempenho do candidato peemedebista ao Piratini no pleito deste ano.
Jornal do Comércio – O senhor deseja concorrer à Câmara dos Deputados ou à Assembleia Legislativa? Foi convidado pelo partido?
José Fogaça – O partido não fez esse convite e, se fizesse, também não aceitaria. Candidato a deputado não serei. Não vejo espaço no partido nesse momento de tanta divisão interna. O que me cabe é ajudar o partido coletivamente, participar das atividades, ajudar os outros candidatos, incluindo, principalmente, Sartori, tentar unir ao máximo o partido dentro de um projeto para o Rio Grande do Sul e atuar como alguém que também não está só pensando em mandato, mas está pensando em um projeto. Nesse momento, é muito difícil para o PMDB definir um caminho, porque o partido está dividido. É preciso trabalhar muito para que essas questões críticas sejam superadas. E essa pode ser uma grande tarefa a ser realizada a partir de agora.
JC – Também não concorre ao Senado?
Fogaça – Não pretendo me pronunciar sobre essa questão, enquanto o senador também não se pronunciar sobre ela. Ele é o meu candidato. Caso ele se pronuncie a respeito, a gente poderá levar em conta isso. Mas, antes de mais nada, minha posição é de apoiá-lo.
JC – Acredita que Simon deve concorrer?
Fogaça – Essa questão é muito pessoal. Ele mesmo, às vezes, comenta sobre isso. O senador é representação. E ele tem inteiras condições de continuar representando.
JC - O partido já possui dois nomes dispostos a concorrer ao Palácio Piratini: José Ivo Sartori e Paulo Ziulkoski. Tem preferência por algum deles?
Fogaça – Gosto muito do Ziulkoski, mas estamos, desde muito tempo, comprometidos com a candidatura de Sartori. Há vários meses havia dito a ele que o apoiava. Como ele decidiu ser candidato, espero que as pessoas que o entusiasmaram para ser candidato não deixem agora de apoiá-lo. Ziulkoski também é um nome excelente.
JC – Na sua avaliação, a disputa é positiva para o PMDB?
Fogaça – A disputa entre os dois não é problema. O problema é que o PMDB é muito dividido hoje por questões que são externas ao partido, mais ligadas ao vínculo do partido nacional “o PMDB nacional” com o PT. O partido está dividido nesta questão. Fazer uma decisão pelo Sartori, pelo Ziulkoski, pelo (Germano) Rigotto, pelo Ibsen (Pinheiro) não é problema. Não é problema para partido nenhum, muito menos para o PMDB. Ao contrário, é uma vantagem ter tantos nomes com tanta qualidade. O problema maior para nós, neste momento, é a profunda divisão partidária que existe em função da questão nacional.
JC – Apoiar Dilma, que tem como vice um peemedebista, é a melhor opção para o PMDB?
Fogaça – O PMDB tem que apoiar um candidato a presidente que o apoie. Vivi uma situação trágica na eleição passada. O partido (PMDB) apoiava uma candidata (Dilma Rousseff) que apoiava aqui (no Estado) o meu adversário (Tarso Genro, do PT). Havia uma correia de transmissão profundamente negativa, que acabava com todo o esforço que a gente fazia. Quanto mais esforço eu fizesse, mais eu anulava o meu esforço.
JC – Alguns peemedebistas  acreditam que os votos do PMDB podem migrar para outro candidato se o partido apoiar Dilma no Estado. Concorda?
Fogaça – O eleitor do PMDB vota no PMDB. Mas o eleitor em geral, obviamente, quando constata que um candidato está completamente isolado em termos nacionais, que não tem um projeto nacional, e o PMDB abriu mão de um projeto nacional, ele abandona esse candidato. Fizemos 25% dos votos na eleição passada, o que foi um verdadeiro milagre diante da situação que eu enfrentava. Nossa candidatura não estava vinculada a nenhum projeto nacional. Os eleitores tinham que ter nos abandonado a nível zero. Felizmente, ainda conseguimos 25%. A questão nacional foi determinante para o nosso desempenho.
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