A expectativa do grupo argentino Impsa de que sua fábrica de aerogeradores iniciasse as operações em Guaíba neste segundo semestre foi frustrada. O empreendimento ainda aguarda pelos licenciamentos ambientais, o que provocou mudança nos planos da companhia.
O vice-presidente da empresa, José Luis Menghini, afirma que a terraplenagem já foi feita. No entanto, para o prosseguimento das obras de maior porte, a empresa necessita da licença de instalação, que precisa ser concedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Se a liberação for dada rapidamente, a unidade poderá começar as atividades no próximo ano.
O executivo enfatiza que os planos da Impsa no Estado estão mantidos e que o mercado gaúcho de energia eólica continua atraente. “Achamos que é possível desenvolver um cluster no Rio Grande do Sul, da mesma forma como aconteceu no Nordeste”, salienta Menghini. O executivo adianta que a capacidade do complexo em Guaíba será para produção de até 220 aerogeradores ao ano, podendo ser ampliada, dependendo do mercado. O investimento, na fase inicial, é de aproximadamente R$ 100 milhões.
A Impsa é um grupo multinacional que tem mais de 100 anos de história em soluções integradas para a geração de energia elétrica a partir de recursos renováveis. Com mais de 25 mil MW instalados, está presente em mais de 40 países, com projetos operando nos cinco continentes. Os centros de produção da empresa ficam localizados na Argentina, no Brasil e na Malásia. Em Pernambuco, uma planta da companhia é especializada na fabricação de aerogeradores (conta com uma capacidade de 400 unidades anuais), e outra produz equipamentos eletromecânicos para grandes centrais hidrelétricas e itens para a indústria de petróleo e gás.