No verão, é importante proteger não apenas a pele contra os raios UVA e UVB. Eles também são nocivos aos olhos. A campanha “Faça a coisa certa: no sol, use óculos”, promovida pelo Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico (Sindióptica-RS), alertando os gaúchos sobre a importância de cuidar dos olhos durante a exposição à luz solar. Outra preocupação é com a pirataria. Além de trazerem danos à saúde, os produtos falsificados causam uma perda estimada em R$ 30 milhões anuais para o setor.
Equipes de promotores estão entregando material informativo e de alerta aos banhistas em diversos pontos do Litoral Norte, com ênfase em Tramandaí e Capão da Canoa. A iniciativa ocorre pelo oitavo ano consecutivo com apoio do Sesc, Ministério Público Estadual e Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com o presidente do Sindióptica, André Roncatto, a falta de cuidados com os raios ultravioletas pode causar catarata precoce, degeneração macular, formação de membranas, prejuízos à motricidade ocular e outros danos. Inclusive, por se tratar de uma região muito sensível, a área está muito suscetível ao câncer de pele.
As entidades cobram responsabilidade tanto do consumidor quanto do vendedor. No momento da compra, é preciso buscar um estabelecimento que conte com a presença de um técnico em óptica. Leis federais, estaduais e municipais regulamentam a obrigatoriedade desses profissionais nas lojas. Assim como acontece com os farmacêuticos na venda de remédios, eles são responsáveis pela saúde do comprador. Afinal, os óculos de baixa qualidade não possuem filtros de proteção e, ao usá-los, segundo o Sindióptica, devido à dilatação da pupila, multiplicam-se por seis os danos causados pela radiação.
Por isso, o combate à pirataria tem sido intensificado no Rio Grande do Sul. Roncatto afirma que 60% dos produtos eram comercializados em locais irregulares, mas esse percentual caiu para menos de 10%. Enquanto isso, os lojistas comemoram a melhora no desempenho. No mesmo período, houve um aumento de 20% no mercado regular. “Porto alegre tornou-se uma referência nacional no luta contra a pirataria e conseguiu minimizar seus efeitos. Estamos avançando, mas é preciso ter cuidado porque, em alguns casos, os produtos clandestinos migraram para pequenas boutiques”, diz.