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- Publicada em 18 de Janeiro de 2012 às 00:00

IPI impulsiona intenção de consumo em janeiro


ANTONIO PAZ/JC
Jornal do Comércio
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca - fogões, máquinas de lavar e refrigeradores - impulsionou a intenção de consumo das famílias em janeiro, mês atípico para ir às compras, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca - fogões, máquinas de lavar e refrigeradores - impulsionou a intenção de consumo das famílias em janeiro, mês atípico para ir às compras, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela CNC, registrou alta de 1,8% em janeiro em relação a dezembro de 2011, puxado, sobretudo, pela percepção sobre o momento para bens duráveis. O item teve crescimento de 4,6%. "A redução do IPI em dezembro já criou uma maior disposição nas famílias para consumir bens duráveis", explicou Bruno Fernandes, economista da CNC.
A medida tomada pelo governo para reaquecer a economia acabou afetando também o nível de consumo atual, que subiu 4,1% no ICF em janeiro. "Outro fator que tem contribuído são os preços mais baratos de eletrodomésticos. E o câmbio, que ainda não afetou os preços", lembrou Fernandes.
A desaceleração da inflação como um todo, não apenas no setor de duráveis, teve papel importante para o aumento da confiança do consumidor. "O reajuste do salário-mínimo - em vigor desde 1 de janeiro - proporcionou um ganho nominal à renda do trabalhador, enquanto a menor aceleração da inflação voltou a possibilitar um ganho real", afirmou o economista da CNC. Dentro do ICF, a confiança no item renda atual teve melhora, com aumento de 1,2% na passagem de dezembro para janeiro.
Todos os componentes do índice tiveram variação positiva, a primeira vez desde agosto de 2011. Em relação a dezembro, houve aumento na confiança sobre o emprego atual (1%), a perspectiva profissional (0,8%), a renda atual (1,2%), a compra a prazo (1,3%), o nível de consumo atual (4,1%), a perspectiva de consumo (0,1%) e o momento para duráveis (4,6%).
Os resultados indicam que, apesar do ritmo menor de crescimento, as famílias mantêm elevada confiança em relação ao mercado de trabalho. Essa visão otimista foi o que puxou o aumento da intenção de consumo (0,3%) em relação a janeiro de 2011, após três meses de queda nesse tipo de comparação. O resultado foi influenciado, principalmente, pelos componentes ligados ao trabalho: a confiança do emprego atual teve alta de 1,4% e a de perspectiva profissional cresceu 3,5%.
O aumento na intenção de consumo ocorreu tanto entre as famílias que recebem mais de dez salários - expansão de 1,5% em janeiro ante dezembro de 2011, aos 148,9 pontos - quanto entre as famílias com renda de até dez salários-mínimos - crescimento de 1,8% na intenção de consumo, aos 139,7 pontos. Em relação a dezembro, os dados regionais mostram aumento na intenção de consumo no Sudeste (3,1%) e no Norte (6,0%).
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