Combinando a irreverência dos movimentos estadunidenses dos anos 1950 e 60 com as paisagens naturais do coração do Rio Grande do Sul, o festival Morrostock retorna ao Balneário Ouro Verde (estrada municipal Norberto José Kipper, s/nº - Santa Maria) para sua 21ª edição. De quinta-feira (17) até a segunda-feira seguinte (21), centenas de pessoas se reúnem em meio aos morros do interior do Estado para um acampamento repleto de música, trocas e vivências. Neste ano, além de figuras célebres do cenário artístico de dentro e fora do Brasil, haverá ampla presença de cantores e compositores gaúchos, previamente selecionados por edital.
Para além de um festival, o Morrostock sempre foi uma experiência. Fundado em 2007, o evento já nasceu marcado por sua força conceitual: é herdeiro de Woodstock não apenas pelo seu nome, mas também pelos ideais de liberdade, harmonia e não-guerra que carrega consigo.
Apesar de ter surgido originalmente na cidade de Sapiranga, o evento se mudou para o interior de Santa Maria em 2016, completando quase dez anos no Balneário Ouro Verde. “O que torna esse festival um evento tão especial e diferente é essa imersão das pessoas”, comenta Paulo Zé Barcellos, o idealizador do Morrostock. “Ele nasceu com esse formato, interiorizado em área rural, no meio da natureza, com acampamento, oficinas, troca de saberes e, claro, muita música”.
Na edição de 2025, o evento pretende retomar suas atividades através do reforço de um ideal comunitário. A temática Reconstruir o RS, adotada pelo Morrostock, parte da ideia de auxiliar as pessoas afetadas pela enchente que assolou o Estado no último ano. O objetivo é expandir ainda mais a concepção ecológica, baseada na economia solidária, criativa e familiar, que sempre foi central para a formação do festival.
O diretor explica que o conceito de reconstrução adotado deve ser, acima de tudo, alinhado com a natureza. A retomada cultural não é independente dos outros setores, muito pelo contrário: atua como medida complementar. “Basicamente 90% dos insumos que vão ser servidos na nossa nossa cozinha vêm da produção local de agricultores que estão se reerguendo, por exemplo. É a feira de economia solidária, com produtores aqui do entorno, da região central, que tiveram seus empreendimentos afetados pela enchente”, conta Barcellos.
Além disso, não é possível falar de Morrostock sem mencionar a estrela do show - a música. Seguindo no sentido da reconstrução, a programação, que já era majoritariamente composta por apresentações de bandas gaúchas, agora oferece um destaque ainda maior para os trabalhos produzidos dentro do Estado.
A partir do tradicional Edital de Bandas, publicado pelo festival no mês de fevereiro, foram selecionados nove grupos e artistas musicais provenientes de diferentes regiões do Rio Grande do Sul, para compor o line-up ao lado de sensações internacionais e outros grandes nomes do Brasil. Da sonoridade vintage das décadas de 1960 e 70 oferecidas por Jessie Jazz, passando pela eletrônica experimental apresentada por Oderiê y Las Flechas, até o pós-punk psicodélico do Transmissão Beta, os gêneros e sons produzidos pelas bandas escolhidas representam uma verdadeira variedade e pluralidade musical.
Por sua vez, os artistas já consolidados no mercado da música do Brasil e que estão confirmados para integrar o evento também não ficam para trás. Nomes como Negra Jaque, Clarissa Ferreira ou Vitor Ramil, oferecem sons que abraçam e dialogam com o rap, o rock, a MPB, a música tradicionalista e uma infinidade de outros gêneros.
Internacionalmente, destacam-se ainda as bandas e artistas vindos de países da América do Sul, como a argentina Dafne Usorach, o grupo uruguaio Kumbiaracha, ou o chileno Pájaros Kiltros. De acordo com Barcellos, essa interação entre diversas nacionalidades é um dos aspectos mais importantes do festival, tanto para aqueles vindos do exterior, quanto para os gaúchos.
“São praticamente só bandas do Rio Grande do Sul, e aí tem bandas latinas que vêm colaborar e participar junto. Com elas também vêm os programadores, que são pessoas que promovem shows, festivais e circuitos de música. Eles estão ali para olhar os artistas, e de repente alguém pode fechar algum contrato para circular pela América Latina. A ideia é procurar fazer esses artistas gaúchos serem mais ouvidos, e dar destaque para a programação feita aqui no Estado”, explica o idealizador.
Para além de um festival, o Morrostock sempre foi uma experiência. Fundado em 2007, o evento já nasceu marcado por sua força conceitual: é herdeiro de Woodstock não apenas pelo seu nome, mas também pelos ideais de liberdade, harmonia e não-guerra que carrega consigo.
Apesar de ter surgido originalmente na cidade de Sapiranga, o evento se mudou para o interior de Santa Maria em 2016, completando quase dez anos no Balneário Ouro Verde. “O que torna esse festival um evento tão especial e diferente é essa imersão das pessoas”, comenta Paulo Zé Barcellos, o idealizador do Morrostock. “Ele nasceu com esse formato, interiorizado em área rural, no meio da natureza, com acampamento, oficinas, troca de saberes e, claro, muita música”.
Na edição de 2025, o evento pretende retomar suas atividades através do reforço de um ideal comunitário. A temática Reconstruir o RS, adotada pelo Morrostock, parte da ideia de auxiliar as pessoas afetadas pela enchente que assolou o Estado no último ano. O objetivo é expandir ainda mais a concepção ecológica, baseada na economia solidária, criativa e familiar, que sempre foi central para a formação do festival.
O diretor explica que o conceito de reconstrução adotado deve ser, acima de tudo, alinhado com a natureza. A retomada cultural não é independente dos outros setores, muito pelo contrário: atua como medida complementar. “Basicamente 90% dos insumos que vão ser servidos na nossa nossa cozinha vêm da produção local de agricultores que estão se reerguendo, por exemplo. É a feira de economia solidária, com produtores aqui do entorno, da região central, que tiveram seus empreendimentos afetados pela enchente”, conta Barcellos.
Além disso, não é possível falar de Morrostock sem mencionar a estrela do show - a música. Seguindo no sentido da reconstrução, a programação, que já era majoritariamente composta por apresentações de bandas gaúchas, agora oferece um destaque ainda maior para os trabalhos produzidos dentro do Estado.
A partir do tradicional Edital de Bandas, publicado pelo festival no mês de fevereiro, foram selecionados nove grupos e artistas musicais provenientes de diferentes regiões do Rio Grande do Sul, para compor o line-up ao lado de sensações internacionais e outros grandes nomes do Brasil. Da sonoridade vintage das décadas de 1960 e 70 oferecidas por Jessie Jazz, passando pela eletrônica experimental apresentada por Oderiê y Las Flechas, até o pós-punk psicodélico do Transmissão Beta, os gêneros e sons produzidos pelas bandas escolhidas representam uma verdadeira variedade e pluralidade musical.
Por sua vez, os artistas já consolidados no mercado da música do Brasil e que estão confirmados para integrar o evento também não ficam para trás. Nomes como Negra Jaque, Clarissa Ferreira ou Vitor Ramil, oferecem sons que abraçam e dialogam com o rap, o rock, a MPB, a música tradicionalista e uma infinidade de outros gêneros.
Internacionalmente, destacam-se ainda as bandas e artistas vindos de países da América do Sul, como a argentina Dafne Usorach, o grupo uruguaio Kumbiaracha, ou o chileno Pájaros Kiltros. De acordo com Barcellos, essa interação entre diversas nacionalidades é um dos aspectos mais importantes do festival, tanto para aqueles vindos do exterior, quanto para os gaúchos.
“São praticamente só bandas do Rio Grande do Sul, e aí tem bandas latinas que vêm colaborar e participar junto. Com elas também vêm os programadores, que são pessoas que promovem shows, festivais e circuitos de música. Eles estão ali para olhar os artistas, e de repente alguém pode fechar algum contrato para circular pela América Latina. A ideia é procurar fazer esses artistas gaúchos serem mais ouvidos, e dar destaque para a programação feita aqui no Estado”, explica o idealizador.