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Publicada em 09 de Abril de 2025 às 17:41

Com mais de 200 filmes na programação, Fantaspoa inicia sua 21ª edição em Porto Alegre

Sessão interativa de Rocky Horror Picture Show é uma das novidades do Fantaspoa 2025, que fica na cidade até 27 de abril

Sessão interativa de Rocky Horror Picture Show é uma das novidades do Fantaspoa 2025, que fica na cidade até 27 de abril

ONÍRIA PRODUÇÕES/DIVULGAÇÃO/JC
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Luiza Weiler
O Fantaspoa, maior festival de cinema fantástico do Rio Grande do Sul, inicia sua 21ª edição nesta quinta-feira (10), estendendo-se até o dia 27 de abril. Além dos 236 filmes exibidos em cinco espaços da cidade, a programação do evento deste ano também inclui uma série de outras atividades, como oficinas, festas, uma exibição interativa e duas sessões musicadas.Como todo filme que prende o espectador na poltrona, o Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre também carrega uma história peculiar. Fundado em 2005, o projeto surgiu da união de quatro amigos cinéfilos: João Pedro Fleck, Nicolas Tonsho, André Kleinert e Davi de Oliveira Pinheiro, que faziam parte do Clube de Cinema de Porto Alegre, um dos cineclubes mais antigos de todo o Brasil. Sem qualquer formação ou experiência em produção cultural, o grupo decidiu começar a organizar a iniciativa depois de uma viagem que fizeram até o Uruguai, para participar de um festival de cinema em Montevidéu. “Foi lá que eu comecei a entender como funcionava um festival de verdade, quais eram todos os aspectos que não existiam em sessões aqui em Porto Alegre”, comenta Fleck, “e nós começamos a pensar que gostaríamos de trazer algo nesse estilo aqui para a cidade”.Hoje, toda a curadoria e direção do festival é realizada por dois dos integrantes originais do grupo, Fleck e Tonsho, com a adição de João Teixeira ao time. Depois de mais de duas décadas de atuação, na edição de 2025, os organizadores afirmam ter recebido mais de 1300 inscrições de obras, com grande variedade entre produções brasileiras e nacionais. As duas centenas de filmes selecionados, por sua vez, terão exibições distribuídas pelo Instituto Ling, o Cine Bancários, a Sala Redenção, a Cinemateca Paulo Amorim e a Cinemateca Capitólio. Assim como nas outras edições, o Fantaspoa 2025 também oferece ao público de Porto Alegre a oportunidade de entrar em contato com longas e curtas-metragens que podem não retornar posteriormente aos cinemas brasileiros. Além disso, também exibe obras como Discórdia, filme belga dirigido pelo roteirista premiado em Cannes Matthieu Reynaert, ou Fucktoys, estrelado pelo cineasta Annapurna Sriram, um dos ganhadores do festival South By Southwest, que terão sua première internacional em Porto Alegre, durante o festival. De acordo com Fleck, a ideia é tentar trazer experiências singulares para os fãs de cinema da cidade. “Uma coisa que a gente se preocupa muito no Fantaspoa é com novos filmes. Neste ano, a gente tem um filme que se chama Quarta-Feira de Cinzas, por exemplo, que inclusive conta com a atriz principal Kéfera, que vai estar tendo a primeira exibição mundial dele dentro do festival”, comenta o criador, “Nessa exibição, vão ter 18 pessoas só da equipe. No total, a gente tem mais de 100 diretores vindo de fora do Brasil para acompanhar as sessões, além dos que já estão aqui no país”, complementa.
O Fantaspoa, maior festival de cinema fantástico do Rio Grande do Sul, inicia sua 21ª edição nesta quinta-feira (10), estendendo-se até o dia 27 de abril. Além dos 236 filmes exibidos em cinco espaços da cidade, a programação do evento deste ano também inclui uma série de outras atividades, como oficinas, festas, uma exibição interativa e duas sessões musicadas.

Como todo filme que prende o espectador na poltrona, o Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre também carrega uma história peculiar. Fundado em 2005, o projeto surgiu da união de quatro amigos cinéfilos: João Pedro Fleck, Nicolas Tonsho, André Kleinert e Davi de Oliveira Pinheiro, que faziam parte do Clube de Cinema de Porto Alegre, um dos cineclubes mais antigos de todo o Brasil. Sem qualquer formação ou experiência em produção cultural, o grupo decidiu começar a organizar a iniciativa depois de uma viagem que fizeram até o Uruguai, para participar de um festival de cinema em Montevidéu. “Foi lá que eu comecei a entender como funcionava um festival de verdade, quais eram todos os aspectos que não existiam em sessões aqui em Porto Alegre”, comenta Fleck, “e nós começamos a pensar que gostaríamos de trazer algo nesse estilo aqui para a cidade”.

Hoje, toda a curadoria e direção do festival é realizada por dois dos integrantes originais do grupo, Fleck e Tonsho, com a adição de João Teixeira ao time. Depois de mais de duas décadas de atuação, na edição de 2025, os organizadores afirmam ter recebido mais de 1300 inscrições de obras, com grande variedade entre produções brasileiras e nacionais. As duas centenas de filmes selecionados, por sua vez, terão exibições distribuídas pelo Instituto Ling, o Cine Bancários, a Sala Redenção, a Cinemateca Paulo Amorim e a Cinemateca Capitólio.

Assim como nas outras edições, o Fantaspoa 2025 também oferece ao público de Porto Alegre a oportunidade de entrar em contato com longas e curtas-metragens que podem não retornar posteriormente aos cinemas brasileiros. Além disso, também exibe obras como Discórdia, filme belga dirigido pelo roteirista premiado em Cannes Matthieu Reynaert, ou Fucktoys, estrelado pelo cineasta Annapurna Sriram, um dos ganhadores do festival South By Southwest, que terão sua première internacional em Porto Alegre, durante o festival.

De acordo com Fleck, a ideia é tentar trazer experiências singulares para os fãs de cinema da cidade. “Uma coisa que a gente se preocupa muito no Fantaspoa é com novos filmes. Neste ano, a gente tem um filme que se chama Quarta-Feira de Cinzas, por exemplo, que inclusive conta com a atriz principal Kéfera, que vai estar tendo a primeira exibição mundial dele dentro do festival”, comenta o criador, “Nessa exibição, vão ter 18 pessoas só da equipe. No total, a gente tem mais de 100 diretores vindo de fora do Brasil para acompanhar as sessões, além dos que já estão aqui no país”, complementa.
Segundo o idealizador do evento, a programação deste ano também contará com uma atividade totalmente nova: uma sessão interativa do filme Rocky Horror Picture Show. Na sexta-feira, dia 11, o drag bar Workroom será a sede para a festa de abertura do festival, inspirada no longa-metragem de 1975. Antes disso, porém, o público poderá participar de uma exibição da obra, realizada às 20h30min, na Cinemateca Capitólio.

Mais que uma simples apresentação do filme, a exibição deste final de semana dependerá intensamente da interação do público. A sessão terá a presença de oito atores de teatro chamados para interpretar os personagens principais do longa, além de proporcionar uma série de experiências sensoriais, que dialogam com cenas do filme. “Nos Estados Unidos e na Inglaterra, existem muitas exibições que se chamam ‘sessões interativas do Rock Horror’. É algo que é feito há mais de 40 anos e, em 2025, nossa tentativa foi de trazer esse projeto para Porto Alegre”, afirma Fleck.

Outro destaque são as tradicionais sessões musicadas do festival, em que um filme clássico é exibido acompanhado de uma performance ao vivo de sua trilha sonora. Desta vez, a obra selecionada foi O Fantasma da Ópera, assinado por Rupert Julian, que celebra seu aniversário de cem anos em 2025. Quem se apresenta simultaneamente à exibição, neste ano, é o violonista argentino Germán Suane.

Fleck conta que, para ele, a adesão e o carinho do público por essa tradição criada pelo festival é mais um atestado da paixão que os consumidores de cinema fantástico cultivam por essa arte - o que possibilita, justamente, a própria existência do festival. “Os ingressos para a sessão musicada esgotaram em 48 horas. A gente está vendo se consegue fazer mais sessões. Eles (ingressos) acabaram em dois dias, pra ver um filme de 1925! Isso mostra especialmente o engajamento das pessoas, do público do cinema fantástico."

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