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Publicada em 09 de Dezembro de 2024 às 01:25

Galeria Nieto apresenta a mostra 'Vitório Gheno – pequeno acervo do artista'

Mostra do artista Vitório Gheno pode ser visitada até o dia 21 de dezembro

Mostra do artista Vitório Gheno pode ser visitada até o dia 21 de dezembro

NÁDIA RAUPP MEUCCI/DIVULGAÇÃO/JC
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Maria Eduarda Zucatti
Maria Eduarda Zucatti Repórter
Passar mais de 80 anos envolvido com arte não é algo comum nos dias atuais, onde os interesses mudam na velocidade da luz e as tendências surgem em questão de minutos. Porém, ainda existem almas inteiramente dedicadas a um único propósito. E uma delas possui mais de um século de vida: artista plástico, ilustrador, aquarelista, gravador, designer de mobiliário e decorador especializado em hotelaria, Vitório Gheno viveu - e ainda vive - inúmeras experiências com o mundo das artes. Em dezembro, o gaúcho do município de Muçum apresenta uma pequena parcela de suas obras para o público, apontando retratos de sua inquietação constante.
Passar mais de 80 anos envolvido com arte não é algo comum nos dias atuais, onde os interesses mudam na velocidade da luz e as tendências surgem em questão de minutos. Porém, ainda existem almas inteiramente dedicadas a um único propósito. E uma delas possui mais de um século de vida: artista plástico, ilustrador, aquarelista, gravador, designer de mobiliário e decorador especializado em hotelaria, Vitório Gheno viveu - e ainda vive - inúmeras experiências com o mundo das artes. Em dezembro, o gaúcho do município de Muçum apresenta uma pequena parcela de suas obras para o público, apontando retratos de sua inquietação constante.
A exposição Vitório Gheno - pequeno acervo do artista abriu suas portas no último sábado, na Galeria Nieto (av. Lucas de Oliveira, 432). A escolha do local se deu por conta da amizade de meio século que Gheno nutre com Oscar Nieto, fundador - há cerca de 40 anos - do Atelier de Molduras e Galeria Nieto, local responsável pela emolduração de todas as suas obras desde então. Originada ainda nos anos 1970 - quando Gheno decorou o Hotel Laje de Pedra, em Canela -, a amizade dos dois segue até hoje, perpassando pelas décadas de carreira que cada um construiu em sua jornada.
A mostra na Galeria Nieto permanece aberta à visitação até o dia 21 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 10h às 14h. Reunindo cerca de 20 obras do artista - todas criadas na última década e com diferentes motivações e séries - a exposição tem como proposta  oferecer o trabalho de Gheno para a comercialização, proporcionando aos admiradores da arte a oportunidade de adquirir peças originais e únicas. A curadora da exposição, Nádia Raupp, destaca a chance do público levar uma das obras para casa antes do Natal (data tão celebrada), com descontos. "A depender da época em que a obra foi feita, ainda haverão algumas promoções para os compradores", sinaliza.
Dentro da mostra, um mesmo mote permeia todos os trabalhos: o dessossego de Gheno e sua constante observação da vida cotidiana. "Vitório diz que o artista nunca finaliza o seu trabalho, que sempre há algo a mais para ser criado", aponta Nádia. Dono de um traço firme, leve e elegante, o gaúcho marca sua obra principalmente por temas que envolvem o dia a dia das cidades. Aos 101 anos de idade, o artista plástico não cansa de observar tudo e todos ao seu redor, se inspirando pela rotina de pessoas desconhecidas, mesmo aquelas em uma parada de ônibus rumo a algum compromisso do qual ele não faz ideia. Seu trabalho é admirado por colecionadores, críticos e amantes da arte, mantendo-se sempre relevante e em constante transformação.
A curadora explica o porquê da escolha do título Pequeno acervo do artista, afirmando que "Vitório nunca foi de acumular coisas", e isso também se aplica às suas milhares de obras. "Elas existem, sim, mas na casa de seus compradores - não em uma pilha", emenda Nádia, que é amiga pessoal de Gheno. Autora do livro Gheno - artista plástico, a curadora também acompanha e estuda a vida do autor das obras da mostra há mais de 30 anos, entendendo sobre seus processos criativos e vivenciando todas suas fases.
A permanência de Vitório Gheno na arte até os dias de hoje encanta qualquer um que admire o assunto. A criatividade, o cuidado e a paixão do artista em relação aos seus quadros torna tudo ainda mais surpreendente. "Eu acho que o grande remédio da vida dele é trabalhar. Isso mantém ele vivo", observa Nádia.
A curadora opina que a exposição Vitório Gheno - pequeno acervo do artista promete ser "uma experiência única" para os colecionadores e admiradores da arte contemporânea. "Ao mesmo tempo, se constitui em uma bela oportunidade de se adquirir peças que representam a trajetória mais recente" do artista, que tanto tem a oferecer depois de todas as décadas dedicadas à criatividade e cores, destaca Nádia.
 

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