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Publicada em 20 de Novembro de 2024 às 14:19

Filho de Tony Tornado repete pai com gesto de punho cerrado no Dia da Consciência Negra

Filho do ator Tony Tornado, Lincon, repetiu gesto do pai no Museu da Cultura Hip Hop RS

Filho do ator Tony Tornado, Lincon, repetiu gesto do pai no Museu da Cultura Hip Hop RS

TÂNIA MEINERZ/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Quando o cantor e ator Tony Tornado fez o gesto do punho cerrado em protesto contra o racismo, no Festival Internacional da Canção de 1971, ele saiu do palco escoltado pela polícia e preso. Mais de 50 anos depois, o ícone do movimento preto nacional é a estrela do “Encontro Black”, evento promovido pelo Museu da Cultura Hip Hop RS em comemoração ao Dia da Consciência Negra, nesta quarta-feira (20), em Porto Alegre.
Quando o cantor e ator Tony Tornado fez o gesto do punho cerrado em protesto contra o racismo, no Festival Internacional da Canção de 1971, ele saiu do palco escoltado pela polícia e preso. Mais de 50 anos depois, o ícone do movimento preto nacional é a estrela do “Encontro Black”, evento promovido pelo Museu da Cultura Hip Hop RS em comemoração ao Dia da Consciência Negra, nesta quarta-feira (20), em Porto Alegre.
Impossibilitado de participar da coletiva de imprensa pela manhã por um problema de saúde, o artista de 94 anos foi representado pelo filho Lincon Tornado. O também ator e músico relembrou a importância do seu pai na luta pela representatividade.
"Quando aparece aquele cara com cabelo black power, roupa caqui e, de repente, ele dança. Não tinha isso naquela época. Você imagina o Tom Jobim botando violão no pedestal e dançando? E aí vem esse cara, com um plus, ele é preto azulado, na escala de preto é o tom 7. Que choque para alguns. Mas para a negrada, era o grande representante".
A partir das 5h20, Tony e a banda Funkessencia (da qual Lincon faz parte) se apresenta no evento para encerrar a programação da tarde, que conta também com a apresentação de artistas importantes do cenário black gaúcho, como com Cristal, D´Moreno, J.Clip e Big Boys.
Para o fundador e coordenador da Museu, Rafa Rafuagi, a agenda é uma oportunidade de levar adiante as pautas antirracistas. "Agora no encontro do G20, foi lançada a 18º ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), de igualdade racial, uma proposta que o presidente Lula apresentou na cúpula da ONU. Então, eu acho que o Museu, por ter 10 mil itens de acervo, ajuda a sociedade se reeducar".
O ingresso é gratuito, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível. A organização do evento estima arrecadar 3 toneladas de doações.

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