Desde o começo do ano, João Cláudio Cervo - proprietário da livraria que leva seu sobrenome -, já tinha expectativas que a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre seria “a melhor de todos os tempos”. Com dez dias de feira, as expectativas não só se concretizaram, como foram superadas. Até este domingo (10), o número de exemplares vendidos é superior ao da edição anterior, na perspectiva das livrarias tradicionais.
Segundo João Cláudio Cervo, que também integra a Câmara Rio-Grandense do Livro, mais de cem mil exemplares foram vendidos até a última sexta-feira (8). “Todos estamos satisfeitos com o movimento. A feira está bem organizada e, em resumo, estamos rindo sozinhos. O povo gaúcho entendeu nosso apelo”, destaca João Cervo, com um sorriso no rosto. De acordo com ele, todo setor vem de um período de perdas, desde a pandemia até as enchentes que afetaram grande parte do Rio Grande do Sul. “Na pandemia, ficamos com as livrarias fechadas por muito tempo e perdemos em vendas, agora, com as enchentes, além das vendas, perdemos em estoque”, lamenta.
Segundo João Cláudio Cervo, que também integra a Câmara Rio-Grandense do Livro, mais de cem mil exemplares foram vendidos até a última sexta-feira (8). “Todos estamos satisfeitos com o movimento. A feira está bem organizada e, em resumo, estamos rindo sozinhos. O povo gaúcho entendeu nosso apelo”, destaca João Cervo, com um sorriso no rosto. De acordo com ele, todo setor vem de um período de perdas, desde a pandemia até as enchentes que afetaram grande parte do Rio Grande do Sul. “Na pandemia, ficamos com as livrarias fechadas por muito tempo e perdemos em vendas, agora, com as enchentes, além das vendas, perdemos em estoque”, lamenta.
Os primeiros 10 dias também foram de movimento intenso na banca da editora Sulina. “Estamos surpresos, porque não temos a mesma variedade que uma livraria. Tivemos alguns dias mais calmos, mas no feriado de finados e neste sábado (9), recebemos muitas pessoas. Se a segunda metade da feira for igual a primeira, será ótimo”, destaca o livreiro Mario Telmo Guerreiro do Amaral. De acordo com ele, o foco está nos saldos e ainda não há um cálculo do número de vendas.
Mais de 15 mil livros foram vendidos pela Terceiro Mundo nos primeiros dez dias de feira
THAYNÁ WEISSBACH/JC
A busca por livros na temática das enchentes é um dos diferenciais desta edição, principalmente, na banca da editora Libretos, destinada aos escritores gaúchos. “A maioria das pessoas já chega com um livro em mente. “Enchente”, do Rafael Guimarães, está entre os mais vendidos”, conta Eduarda Reais Grigoletti, uma das responsáveis pela banca. “Durante a enchente, nossa editora perdeu muitos exemplares que estavam em estoque. Alguns livros não estão na feira justamente por isso”. Até o momento, 400 livros foram vendidos na banca.
Outro diferencial está no número de vendas destinadas ao público infantojuvenil. A pequena Carolina, filha da arquiteta Nádia Calligaro Menegotto, moradora do bairro Três Figueiras, já tinha encontrado o livro desejado logo na chegada, ainda antes das 14h30 deste domingo. O clássico “Diário de um banana” estava no topo da lista. “Acompanhamos todas as edições", reforça Nádia, acompanhada da família.
Acompanhada da família, a arquieteta Nádia Calligaro Menegotto acompanha todas edições
THAYNÁ WEISSBACH/JC
Segundo o livreiro André Luis Flores, da Terceiro Mundo, os primeiros dez dias foram de correria. Ao todo, foram vendidos mais de 15 mil unidades, com destaques para os mangás. “O sábado foi o nosso melhor dia. Nossa expectativa é vender o máximo possível e atender todos. Quando não é possível atender algum pedido, aguardamos o feedback e buscamos o livro”.
Segundo a Câmara Rio-Grandense do Livro, apenas nos primeiros quatro dias de evento foram vendidos 37 mil livros, quantidade que supera em 30% o ano anterior. “Nós continuamos com esse ritmo. Porém, o sábado foi de vendas históricas. Alguns livreiros destacaram que venderam em um dia muito mais do que nas edições anteriores”, comenta o presidente da entidade organizadora da Feira do Livro, Maximiliano Ledur. O próximo levantamento será divulgado na próxima terça-feira (12).
Os 70 anos do evento demonstram “o quanto já se escreveu da cultura do Estado e do Brasil na literatura. Muita coisa já passou e aconteceu na feira. Como o surgimento e passagem de grandes autores como Carpinejar e Martha Medeiros, além dos próprios patronos”, complementa Maximiliano.
No próximo dia 16 será lançado um documentário sobre as sete décadas de história da Feira do Livro. O evento ocorre até o dia 20 de novembro, com 72 bancas de livros adultos e infantis.