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Publicada em 22 de Outubro de 2024 às 19:25

Nicho de mercado promissor para as artes cênicas

Incubadora Web 3.0 de Dança Digital pretende instrumentalizar artistas da dança para produção, distribuição e comercialização no meio digital

Incubadora Web 3.0 de Dança Digital pretende instrumentalizar artistas da dança para produção, distribuição e comercialização no meio digital

Diego Mac/DIVULGAÇÃO/JC
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Adriana Lampert
Adriana Lampert Repórter
Idealizada e coordenada pelo diretor de dança e produtor cultural Diego Mac, a Incubadora Web 3.0 de Dança Digital está com inscrições abertas até domingo (27) pelo site da Muovere TechLab. O programa formativo objetiva instrumentalizar artistas da dança de todo o Brasil para a utilização de tecnologias web 3.0 (blockchain e nft) para produção, distribuição e comercialização de dança digital. A inciativa inédita, com direção geral de Jussara Miranda, irá selecionar dez artistas brasileiros que atuam na área da dança e que articulam sua produção artística com contextos digitais. 
Idealizada e coordenada pelo diretor de dança e produtor cultural Diego Mac, a Incubadora Web 3.0 de Dança Digital está com inscrições abertas até domingo (27) pelo site da Muovere TechLab. O programa formativo objetiva instrumentalizar artistas da dança de todo o Brasil para a utilização de tecnologias web 3.0 (blockchain e nft) para produção, distribuição e comercialização de dança digital. A inciativa inédita, com direção geral de Jussara Miranda, irá selecionar dez artistas brasileiros que atuam na área da dança e que articulam sua produção artística com contextos digitais. 
Mac, que também é vídeoartista e artista 3D, conta que descobriu a ferramenta durante o período (a partir de 2021) no qual investigava poeticamente a mistura da linguagem de dança e simulação 3 D. "Me perguntei onde eu poderia distribuir essas peças digitais que estava criando para o mercado internacional e encontrei essa plataforma que sustenta os ativos digitais, denominada blockchain. É uma forma de gerar receita com o trabalho em dança, mas que percebi também como alternativa frente ao um cenário de distribuição e comercialização de dança, que é muito restrito, frágil, com poucas oportunidades", conta o diretor e produtor.
Doutorando em Artes Cênicas (UFRGS) e graduado em Dança (ULBRA), Mac é mestre (UFRGS) e especialista (FEEVALE) em Poéticas Visuais. Atualmente, dedica-se especialmente à criação artística baseada no hibridismo entre dança e animação/simulação 3D, e nas blockchains, metaversos e NFTs. Suas criações participaram de mais de 30 eventos no Canadá, EUA, Itália, México, Espanha, Brasil, Argentina, Paraguai, Japão, Alemanha, Indonésia, Uruguai, com curadoria de Art&Vault, Artcrush, SpaceMontage, Transient Labs, Artpacks, HUG e A2 Accelerate Art e Sônica. Ele também já comercializou (pela plataforma blockchain) mais de 100 trabalhos de dança digital, todos feitos depois de 2021.
"A ideia com a incubadora é compartilhar um pouco desse processo, que é um marco na minha carreira como artista: comecei a trabalhar em mercado internacional, num atravessamento da minha arte. E existem muitos colecionadores de arte digital que, no âmbito brasileiro, até então não tinham um mecanismo possível que possibilitasse que estas peças fossem colecionadas de forma prática", afirma Mac sobre a blockchain e o nft  (tecnologia que garante a autenticidade de um item digital). "Isso tudo aplicado ao campo da dança digital acaba gerando um ambiente mais seguro e mais credibilidade para investimentos em arte. É uma maneira bastante diferente de pensar a receita da dança", emenda.
Ainda de acordo com o diretor e produtor cultural, a blockchain não obriga o usuário a vender seus trabalhos. "Pode ser usado para manter o histórico, os dados de direitos autorais e outros sobre aquela peça, que ficam nesse sistema, pois é muito difícil de ser apagado, ao contrário de plataformas como o Youtube." O projeto Muovere Techlab 3.5 Rota Resgate Ações Continuadas é fomentado pelo Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 – Dança. O programa terá quatro etapas online, com aulas práticas e teóricas, e uma exposição no Metaverso, que reunirá trabalhos dos artistas participantes inseridos na blockchain.
 
 

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