A noite gelada de sábado não espantou o público presente no Auditório Araújo Vianna. Pelo contrário: o frio aproximou todos que estavam lá dentro, ansiosos pelos clássicos dos Paralamas do Sucesso. Em dado momento, o calor era o que predominava na plateia. Com ingressos praticamente esgotados, o local foi à loucura quando Herbert Vianna (voz e guitarra), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) subiram no palco e iniciaram os primeiros acordes de Vital e sua moto.
O nome da turnê, Paralamas Clássico, nada teve de enganador: o que não faltou foi sucessos, vindos do palco e ecoando nas vozes do público. As cadeiras do Auditório serviram apenas para abrigar os diversos casacos que iam sendo retirados a cada música. O repertório seguiu com Cinema Mudo, Ska e Lourinha Bombril. Na hora de agradecer o público pela presença, Herbert Vianna diz que “Porto Alegre é uma cidade que sempre nos deu respostas absolutamente fabulosas em cada fase da banda” e finalizou com “ajoelharíamos em frente de cada um de vocês em forma de agradecimento” antes de iniciar os acordes de Trac Trac. A gratidão do vocalista era clara em qualquer momento do show, principalmente nas muitas vezes em que, preocupado, ele perguntava se todos o escutavam com clareza e se estavam curtindo o som da banda.
O que, na verdade, é mais uma pergunta retórica do que qualquer coisa. Afinal, é impossível não curtir os incontáveis sucessos dos Paralamas nos seus 40 anos de existência. O jogo de luzes e os visuais artísticos em cada música também não passavam despercebidos. Em O Calibre, por exemplo, imagens da ativista e política Marielle Franco, assassinada em 2018, eram visíveis nos telões, causando ainda mais emoção no público.
Quando Herbert brincava, dizendo que ‘vocês não eram nem nascidos quando escrevemos essa”, o público podia apostar: vinha mais um grande sucesso por aí. Cuide bem do seu amor, Aonde quer que eu vá, Lanterna dos Afogados e O amor não sabe esperar foram uma sequência de aplausos, assovios e gritos do público. O cover de Gostava Tanto de Você, de Tim Maia, também não ficou para trás.
No encore, faltando apenas três clássicos para se despedirem, João Barone toca o coração da plateia falando da força do povo gaúcho e da vontade do mesmo se reerguer, se solidarizando com aqueles que não sobreviveram durante as enchentes e finalizando com “Sempre teremos Porto Alegre!”. Na última semana, em entrevista ao JC, Barone disse que “foi um alívio e uma surpresa saber que os shows continuaram a ser vendidos e que o povo gaúcho tinha sede por voltar a comemorar e a ser feliz de algum modo”.
E não poderia ser diferente: o público gaúcho foi a loucura quando Meu Erro, a última e mais famosa dos clássicos do Paralamas, ecoou nos alto-falantes. O sentimento de leveza e deleite tomou conta do Araújo Vianna, e se alastrou pelas ruas do bairro Farroupilha enquanto o público se deslocava para suas casas.
Um sábado agitado para João Barone
Antes de subir no palco, João Barone estava no Grezz, promovendo o lançamento de seu livro 1,2,3,4! Contando o Tempo com Os Paralamas do Sucesso, onde ele relembra tempos de criação da banda e os 20 e poucos anos que se passaram até o acidente de Herbert Vianna. Ele conta que passou muito mais tempo do que imaginava escrevendo a obra, afinal, lembrar de acontecimentos de 40 anos atrás não é tão fácil quanto falar da década passada. O lançamento foi um sucesso, e os fãs lotaram o espaço assim como o Araújo Vianna horas mais tarde. Em conversa com o JC, Barone conta que quer escrever mais sobre a banda: “tenho 20 e tantos anos para escrever ainda, e quero me inspirar e me empolgar para tal”.
Com mais de 40 anos de carreira, 27 discos lançados, dezenas de sucessos e incontáveis shows pelo mundo, o grupo segue na ânsia por um momento de calmaria para voltarem a criar hits. “Depois que essa maré de shows passar, certamente iremos nos encontrar e preparar um novo material, estamos ansiosos para isso”. A julgar pelo sucesso do sábado, tanto nos autógrafos no Grezz quanto nos acordes no Araújo Vianna, os fãs receberão novidades dos Paralamas de braços abertos - do mesmo modo que, temos certeza, esperarão pacientemente por mais um show repleto de clássicos saudosos.
O nome da turnê, Paralamas Clássico, nada teve de enganador: o que não faltou foi sucessos, vindos do palco e ecoando nas vozes do público. As cadeiras do Auditório serviram apenas para abrigar os diversos casacos que iam sendo retirados a cada música. O repertório seguiu com Cinema Mudo, Ska e Lourinha Bombril. Na hora de agradecer o público pela presença, Herbert Vianna diz que “Porto Alegre é uma cidade que sempre nos deu respostas absolutamente fabulosas em cada fase da banda” e finalizou com “ajoelharíamos em frente de cada um de vocês em forma de agradecimento” antes de iniciar os acordes de Trac Trac. A gratidão do vocalista era clara em qualquer momento do show, principalmente nas muitas vezes em que, preocupado, ele perguntava se todos o escutavam com clareza e se estavam curtindo o som da banda.
O que, na verdade, é mais uma pergunta retórica do que qualquer coisa. Afinal, é impossível não curtir os incontáveis sucessos dos Paralamas nos seus 40 anos de existência. O jogo de luzes e os visuais artísticos em cada música também não passavam despercebidos. Em O Calibre, por exemplo, imagens da ativista e política Marielle Franco, assassinada em 2018, eram visíveis nos telões, causando ainda mais emoção no público.
Quando Herbert brincava, dizendo que ‘vocês não eram nem nascidos quando escrevemos essa”, o público podia apostar: vinha mais um grande sucesso por aí. Cuide bem do seu amor, Aonde quer que eu vá, Lanterna dos Afogados e O amor não sabe esperar foram uma sequência de aplausos, assovios e gritos do público. O cover de Gostava Tanto de Você, de Tim Maia, também não ficou para trás.
No encore, faltando apenas três clássicos para se despedirem, João Barone toca o coração da plateia falando da força do povo gaúcho e da vontade do mesmo se reerguer, se solidarizando com aqueles que não sobreviveram durante as enchentes e finalizando com “Sempre teremos Porto Alegre!”. Na última semana, em entrevista ao JC, Barone disse que “foi um alívio e uma surpresa saber que os shows continuaram a ser vendidos e que o povo gaúcho tinha sede por voltar a comemorar e a ser feliz de algum modo”.
E não poderia ser diferente: o público gaúcho foi a loucura quando Meu Erro, a última e mais famosa dos clássicos do Paralamas, ecoou nos alto-falantes. O sentimento de leveza e deleite tomou conta do Araújo Vianna, e se alastrou pelas ruas do bairro Farroupilha enquanto o público se deslocava para suas casas.
Um sábado agitado para João Barone
Antes de subir no palco, João Barone estava no Grezz, promovendo o lançamento de seu livro 1,2,3,4! Contando o Tempo com Os Paralamas do Sucesso, onde ele relembra tempos de criação da banda e os 20 e poucos anos que se passaram até o acidente de Herbert Vianna. Ele conta que passou muito mais tempo do que imaginava escrevendo a obra, afinal, lembrar de acontecimentos de 40 anos atrás não é tão fácil quanto falar da década passada. O lançamento foi um sucesso, e os fãs lotaram o espaço assim como o Araújo Vianna horas mais tarde. Em conversa com o JC, Barone conta que quer escrever mais sobre a banda: “tenho 20 e tantos anos para escrever ainda, e quero me inspirar e me empolgar para tal”.
Com mais de 40 anos de carreira, 27 discos lançados, dezenas de sucessos e incontáveis shows pelo mundo, o grupo segue na ânsia por um momento de calmaria para voltarem a criar hits. “Depois que essa maré de shows passar, certamente iremos nos encontrar e preparar um novo material, estamos ansiosos para isso”. A julgar pelo sucesso do sábado, tanto nos autógrafos no Grezz quanto nos acordes no Araújo Vianna, os fãs receberão novidades dos Paralamas de braços abertos - do mesmo modo que, temos certeza, esperarão pacientemente por mais um show repleto de clássicos saudosos.