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Publicada em 24 de Julho de 2024 às 18:38

Dia Nacional do Escritor: JC opina sobre seus autores preferidos

A data, comemorada nesta quinta-feira (25), celebra aqueles que possuem o dom da criação de histórias

A data, comemorada nesta quinta-feira (25), celebra aqueles que possuem o dom da criação de histórias

MARTIN VOREL/WIKIMEDIA COMMONS/REPRODUÇÃO/JC
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Maria Eduarda Zucatti Repórter
É preciso criatividade e determinação para colocar em palavras (e páginas) uma história inteira tirada da imaginação, ou até mesmo uma enorme pesquisa sobre um acontecimento ou pessoa histórica. Nesta quinta-feira (25), é comemorado o Dia Nacional do Escritor, data definida pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido. A definição ocorreu devido ao I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE), em 25 de julho de 1960.A data é um marco para a valorização e celebração de autores importantes para a literatura brasileira e mundial. Nesse universo de palavras e imaginação, os brasileiros não têm do que reclamar. Afinal, Clarice Lispector, Machado de Assis, Erico Veríssimo, Carlos Drummond de Andrade, Olavo Bilac e tantos outros marcam a história cultural e literária do País, inclusive mundial. Para celebrar a data, o JC perguntou aos seus jornalistas quais são os seus autores nacionais preferidos.
É preciso criatividade e determinação para colocar em palavras (e páginas) uma história inteira tirada da imaginação, ou até mesmo uma enorme pesquisa sobre um acontecimento ou pessoa histórica. Nesta quinta-feira (25), é comemorado o Dia Nacional do Escritor, data definida pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido. A definição ocorreu devido ao I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE), em 25 de julho de 1960.

A data é um marco para a valorização e celebração de autores importantes para a literatura brasileira e mundial. Nesse universo de palavras e imaginação, os brasileiros não têm do que reclamar. Afinal, Clarice Lispector, Machado de Assis, Erico Veríssimo, Carlos Drummond de Andrade, Olavo Bilac e tantos outros marcam a história cultural e literária do País, inclusive mundial.

Para celebrar a data, o JC perguntou aos seus jornalistas quais são os seus autores nacionais preferidos.

Cristine Pires, Editora-assistente de Economia - Erico Verissimo

Erico Verissimo tornou-se um dos escritores mais populares da literatura brasileira

Erico Verissimo tornou-se um dos escritores mais populares da literatura brasileira

LEONID SRELIAEV/DIVULGAÇÃO/JC
Assim que aprendi a ler, meu primeiro livro foi O urso com música na barriga e, depois disso, nunca mais consegui me afastar das obras de Erico Verissimo. Da literatura infanto-juvenil, passando por romances e contos - com destaque para a série O tempo e o vento -, ele conseguiu ser sempre genial.

Jefferson Klein, repórter - Machado de Assis

Repleto de clássicos, Machado de Assis não poderia ficar de fora desta lista

Repleto de clássicos, Machado de Assis não poderia ficar de fora desta lista

WIKI COMMONS/REPRODUÇÃO/JC
Machado de Assis é um escritor à frente do seu tempo, com um conhecimento ímpar da alma humana. É sensacional que atualmente novos leitores, não só do Brasil, mas também de outros países, estejam descobrindo as obras desse excelente escritor.

Igor Natusch, Editor de Cultura - Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade foi amplamente reconhecido como o poeta brasileiro mais influente do século 20

Carlos Drummond de Andrade foi amplamente reconhecido como o poeta brasileiro mais influente do século 20

ALBERTO JACOB/O GLOBO/REPRODUÇÃO/JC
A língua portuguesa é bela, mas não é fácil. E acho que pouca gente lidou tão bem com ela, e com tanta versatilidade, quanto Carlos Drummond de Andrade. Poeta como raros no mundo (em qualquer língua), o mineiro também era cronista de mão cheia (quem se iniciou na leitura na saudosa série Para Gostar de Ler sabe!) e um contista extraordinário, embora menos lembrado por esse aspecto do que deveria. Até a literatura infantil dele é ótima. Drummond é um patrimônio imaterial da cultura brasileira.

Liliane Moura, repórter - Carolina Maria de Jesus

Negra, semianalfabeta e catadora de papelão, Carolina Maria de Jesus foi uma das escritoras mais lidas do Brasil

Negra, semianalfabeta e catadora de papelão, Carolina Maria de Jesus foi uma das escritoras mais lidas do Brasil

ACERVO IMS/REPRODUÇÃO/JC
Depois de ler Quarto de Despejo, a Carolina me marcou. Por ser uma mulher negra periférica, ela possui uma propriedade gigantesca para abordar temas tão profundos da realidade de um povo, e mesmo assim ela utiliza termos poéticos que enriquecem a escrita. Ela teve uma certa valorização, mas merecia muito mais.

Maria Eduarda Zucatti, repórter - Daniela Arbex

Jornalista e escritora, Daniela Arbex dedica suas obras à defesa dos direitos humanos

Jornalista e escritora, Daniela Arbex dedica suas obras à defesa dos direitos humanos

CARMELITA LAVORATO/REPRODUÇÃO/JC
Gosto de muitos escritores clássicos e sou apaixonada por diversos autores atuais, mas acredito que a colega de profissão merece seu posto nessa lista. Daniela possui livros-reportagem de assuntos importantíssimos e casos pesados da história do país, que merecem a devida atenção. O livro Todo dia a mesma noite, sobre a Boate Kiss, deixa registrado o descaso da noite que tanto marcou a população gaúcha.

Juliano Tatsch, Editor-assistente - Graciliano Ramos

Graciliano Ramos é considerado um dos maiores romancistas da literatura brasileira

Graciliano Ramos é considerado um dos maiores romancistas da literatura brasileira

AE/VEJA/REPRODUÇÃO/JC
O modo cru, direto, com foco na narrativa e não no estilo, de Graciliano abriu para mim novas janelas de percepção acerca da literatura e do modo de se contar histórias. Vidas Secas é tão impressionante que, quase 90 anos depois de publicado, ainda impacta sobremaneira com uma literatura essencialmente regional e, ao mesmo tempo, profundamente universal.

Ana Stobbe, repórter - Erico Verissimo

Erico Verissimo é um dos nomes fundamentais da literatura gaúcha e brasileira

Erico Verissimo é um dos nomes fundamentais da literatura gaúcha e brasileira

ACERVO LITERÁRIO IMS/DIVULGAÇÃO/JC
Eu acho que ele é um escritor clássico e que podemos aprender muito sobre a formação histórica do Brasil e do Rio Grande do Sul com ele. Como estudante de História, eu amo obras assim. Tenho até dificuldade em ler apenas algumas páginas dos livros dele, fico completamente imersa na leitura e com a forma como ele escreve. O Tempo e o Vento é uma obra prima da literatura brasileira, mas o Érico é muito versátil. Os outros livros dele também são ótimos e deixam o leitor refletir muito sobre temas que ainda são relevantes hoje em dia.

Gabrieli Silva, diagramadora - Marina Colasanti

Marina Colasanti venceu o Prêmio Machado de Assis depois de mais de 20 anos sem uma vencedora mulher

Marina Colasanti venceu o Prêmio Machado de Assis depois de mais de 20 anos sem uma vencedora mulher

ALESSANDRA COLASANTI/REPRODUÇÃO/JC
Marina faz com que pensemos na solidão sentida e vivida mesmo quando se está acompanhado, principalmente no livro Eu Sozinha. Para ela, a solidão se transformou em palavras, que viraram frases, que se transformaram em textos incríveis que deram origem ao primeiro livro dela publicado em 1968, aos 26 anos de idade.

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