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Publicada em 27 de Junho de 2024 às 01:25

União do Hip Hop gaúcho promove festival solidário SOS Rap Grande do Sul

Negra Jaque é uma das atrações do SOS Rap Grande do Sul, que acontece no Opinião nesta sexta-feira

Negra Jaque é uma das atrações do SOS Rap Grande do Sul, que acontece no Opinião nesta sexta-feira

KIZUA/DIVULGAÇÃO/JC
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Maria Eduarda Zucatti Repórter
Nesta sexta-feira acontece mais um evento musical em prol dos afetados pela enchente. Desta vez, é o hip hop gaúcho que toma conta do palco no Bar Opinião (rua José do Patrocínio, 834) a partir das 23h, com o SOS Rap Grande do Sul. Promovido em parceria com a Boom Rap, Rap in Cena, Baile do Saulit, Plur e com o Museu do Hip Hop, o evento visa arrecadar alimentos às vítimas da tragédia e fomentar a cultura Hip Hop. Os ingressos, à venda pela plataforma Sympla, custam entre R$ 10,00 e R$ 20,00, valores simbólicos para ajudar os artistas que se mobilizaram com a causa e farão seus shows sem a cobrança de cachês.
Nesta sexta-feira acontece mais um evento musical em prol dos afetados pela enchente. Desta vez, é o hip hop gaúcho que toma conta do palco no Bar Opinião (rua José do Patrocínio, 834) a partir das 23h, com o SOS Rap Grande do Sul. Promovido em parceria com a Boom Rap, Rap in Cena, Baile do Saulit, Plur e com o Museu do Hip Hop, o evento visa arrecadar alimentos às vítimas da tragédia e fomentar a cultura Hip Hop. Os ingressos, à venda pela plataforma Sympla, custam entre R$ 10,00 e R$ 20,00, valores simbólicos para ajudar os artistas que se mobilizaram com a causa e farão seus shows sem a cobrança de cachês.
As empresas, que já eram parceiras no ramo do Hip Hop, decidiram unir suas forças para fazer o bem a diversas famílias, incluindo as que já faziam parte do seu mundo e sofreram com os alagamentos. A distribuição dos donativos será feita pelo Museu da Cultura Hip Hop RS, que atua em conjunto com outras entidades e já possui uma lista de famílias cadastradas situadas nos arredores da sede.
De acordo com o DJ, produtor da Boom Rap e um dos organizadores do evento Fabrício Chelmes, cada empresa organizadora convidou 3 artistas do ramo para formar o lineup do festival. Todos receberam o convite muito bem, e rapidamente se prontificaram com a festa. Negra Jaque, LC, PH Original, Rua 3, Jacksom e os DJ's Saulit, Padrinho, Bertoi Hyper, Loba Boss, CP no Beat e DJ ADR subirão ao palco trazendo suas rimas e solidariedade.
Aos que não puderem comparecer ao evento. Fabrício explica que, mesmo assim, o público pode adquirir seus ingressos e assim contribuir com a causa. Para doações maiores, é possível entrar em contato com o Museu ([email protected]) e agendar uma visita, aproveitando para conhecer o local que tanto contribui para a cultura das periferias da capital.
O movimento Hip Hop, composto por quatro elementos - rap, grafite, break e DJ - é uma das mais significativas formas de manifestação artístico-cultural do país, e surge também como ferramenta de comunicação alternativa para comunidades que vivem à margem da sociedade. Em momentos como esse, em que o estado vive uma situação de calamidade pública, o Hip Hop novamente se mostrou presente.
"O Hip Hop sempre foi um movimento de cunho social, que sempre se preocupou em ajudar jovens e suas famílias, e em um momento como esse o nosso dever é se botar na linha de frente para trazer um pouco de ajuda e de bem estar para essas pessoas que estão passando por esse momento e precisando de doações", explica Fabrício.
Uma das atrações da noite, Negra Jaque é destaque quando se fala em Hip Hop gaúcho. A cantora e rapper é nascida e criada no Morro da Cruz, e se tornou uma das precursoras no movimento, tendo se inserido na cena local em meados de 2007. Ela conta que recebeu com muita felicidade o convite para subir ao palco, e que se sente honrada em ajudar em um momento como esse.
"A gente (rappers) é um movimento artístico, político e cultural que sempre esteve dialogando com as periferias, e agora não vai ser diferente", diz a artista. "O rap fortaleceu a minha voz como ferramenta que empodera aqueles que ainda se sentem invisíveis."
Ela reafirma que o Hip Hop nasceu para ajudar o próximo, e que até "as músicas falavam de um lugar melhor, né? Um lugar de paz, com menos violência, um lugar com direitos garantidos". E essa é a principal ideia do festival, construir um lugar melhor e uma sociedade solidária, que se une a cada dia para ajudar àqueles que hoje precisam.
Fabrício Chelmes finaliza dizendo que gostaria que o evento fosse "lembrado como união, onde várias organizações envolvidas no Hip Hop de Porto Alegre e do RS se uniram em prol de um objetivo maior, que é o bem do próximo. E que isso possa servir para a sociedade ver que, quando unida, ela pode lutar pelo bem do próximo para a própria comunidade".
 

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