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Publicada em 18 de Junho de 2024 às 01:25

Cultura em peso na despedida de Patineti

Velório de Ayrton Patineti dos Anjos aconteceu no Theatro São Pedro

Velório de Ayrton Patineti dos Anjos aconteceu no Theatro São Pedro

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Adriana Lampert
Adriana Lampert Repórter
A grandeza do trabalho e da personalidade do produtor discográfico Ayrton dos Anjos - conhecido como "Patineti" - foi um dos temas mais comentados em meio à despedida desta que foi uma das figuras mais proeminentes do cenário musical porto-alegrense e gaúcho. Dinâmico, entusiasta, visionário, "maluco beleza" e responsável por descobrir inúmeros talentos do meio, incluindo a cantora Elis Regina, Patineti faleceu neste domingo, aos 82 anos, por conta de uma infecção generalizada. Seu velório ocorreu ontem, no Theatro São Pedro. 
A grandeza do trabalho e da personalidade do produtor discográfico Ayrton dos Anjos - conhecido como "Patineti" - foi um dos temas mais comentados em meio à despedida desta que foi uma das figuras mais proeminentes do cenário musical porto-alegrense e gaúcho. Dinâmico, entusiasta, visionário, "maluco beleza" e responsável por descobrir inúmeros talentos do meio, incluindo a cantora Elis Regina, Patineti faleceu neste domingo, aos 82 anos, por conta de uma infecção generalizada. Seu velório ocorreu ontem, no Theatro São Pedro. 
Entre o público que se deslocou ao espaço cultural para dar o último adeus ao produtor, estiveram amigos próximos - como o poeta Luiz Coronel -, músicos, como o gaiteiro Gilberto Monteiro, o compositor e acordeonista Renato Borghetti, o baterista Sadi, da banda Nenhum de Nós, e o guitarrista, arranjador e diretor musical Daniel Sá, além de produtores, autoridades, dois de seus três filhos e uma de suas ex-esposas, a cantora e compositora Berenice (Berê) Biacchi.
Mãe do empresário Caetano Biachi dos Anjos (42 anos) - filho mais novo do produtor discográfico, conhecido no meio artístico como Caê dos Anjos -, a cantora era amiga íntima e esteve ao lado de Patineti nos últimos dias de sua vida. "Cuidamos dele 24 horas por dia, eu e Caetano, porque os outros filhos não moram em Porto Alegre. Como ele já tinha idade avançada, teve mais dificuldades de reagir ao tratamento. Esse sofrimento não combinava com ele", lamenta Berenice. 
"A parte boa é que antes destes quase dois meses doente, ele estava muito bem e ainda em atividade", emenda Caê. "Era um cara feliz e alegre, que morava sozinho na Zona Sul, circulava por toda a cidade, frequentava shows, ia para o Bar do Beto à noite com os amigos."
Dentre os inúmeros eventos que o inquieto e lendário produtor musical ajudou a promover no Estado, o mais recente foi O Grande Encontro - Música dos Gaúchos. O festival - que segundo Caê dos Anjos, deve continuar acontecendo - já soma nove edições, todas realizadas no Auditório Araújo Vianna.
Neste evento, Patineti reuniu nomes das mais diversas gerações (como Gaúcho da Fronteira, Os Serranos, Daniel Torres, Maria Alice, Loma, Neto Fagundes, Renato Borghetti, Elton Saldanha, Ernesto Fagundes, Juliana Spanevello, Luiz Marenco, entre outros), a fim de enaltecer a cultura regional e "manter acesa" a chama do nativismo. (leia a matéria completa no site do JC)

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