Quatro escolas de samba entraram com um recurso na Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio) para pedir penalização à Viradouro por conta da comissão de frente. O movimento é encabeçado pela Imperatriz Leopoldinense e pela Grande Rio, que competem pelo título contra a escola de Niterói.
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Elas alegam que a Viradouro descumpriu a regra de apenas 15 componentes visíveis. A Liesa, no entanto, afirmou que os recursos foram aceitos pela liga, mas só serão analisados na quinta-feira. Ou seja, não haverá punição da escola em relação às notas.
"Todos os recursos foram aceitos e serão analisados e respondidos até amanhã, quando faremos reunião com as escolas que voltarão para desfilar no sábado", disse o presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro.
O que é questionado é que, após os bailarinos subirem e se esconderem dentro do elemento cenográfico da apresentação, outros personagens apareceram. Se forem novos integrantes, e não os mesmos bailarinos com roupas diferentes, a Viradouro pode ter extrapolado o número limite de componentes.
O presidente de honra da Viradouro, Marcelo Petrus Calil, se defendeu afirmando ter cumprido a obrigatoriedade. "Existe uma comissão de obrigatoriedade e ela vai dizer se cumpriu um não. Eu sempre cumpro o regulamento. Vamos esperar abrir os envelopes", disse à TV Globo.
Antes da apuração, o presidente da Liesa afirmou que nenhuma das escolas feriu as obrigatoriedades. Em nota, a Grande Rio detalhou o motivo pelo qual entrou com o recurso contra a Viradouro: "O grupo contendo dez integrantes manteve-se em cima do tripé, permanecendo imóvel durante parte da apresentação do outro grupo, que também estava na cena de forma aparente. Este fato que por sí já determinaria o excesso cometido, não sendo relevante se os grupos estão juntos no tripé ou não".
"Contudo, em determinado momento da coreografia o grupo de 12 integrantes ainda sobe no tripé e se junta ao outro que está fantasiado de palha imóvel. Neste momento o flagrante caso de violação se acentua de maneira inequívoca, já que ambos os grupos estavam dividindo o mesmo espaço cênico. Assim que o grupo de doze integrantes se esconde dentro do tripé, o outro grupo inicia uma evolução de dança".
Folhapress