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Feira do Livro de Porto Alegre

- Publicada em 12 de Novembro de 2023 às 17:41

Chuva não espanta público no último fim de semana da Feira do Livro

Visitantes encararam o mau tempo para aproveitar o último fim de semana do evento literário

Visitantes encararam o mau tempo para aproveitar o último fim de semana do evento literário


FERNANDA FELTES/JC
A chuva não assustou os visitantes da 69° Feira do Livro de Porto Alegre, que comparecerem em um bom número no início da tarde deste domingo (12). Na Praça da Alfândega, era possível verificar algumas poças de água espalhadas, mas que não chegavam a prejudicar o fluxo das pessoas que encararam o mau tempo para aproveitar o último fim de semana do evento literário. O mesmo aconteceu no sábado.Pela primeira vez em Porto Alegre, a psicóloga clínica Cecília Peixoto, que mora em Brasília (DF), estreou na feira já para o lançamento de um livro em que é coautora, chamado "Renascendo das cinzas como uma fênix" da editora Melhorpubli. A obra narra histórias de superação de 16 mulheres e teve sessão de autógrafos na sexta-feira. "No dia do lançamento, foi muita correria e não pude conhecer bem a feira. Por isso, aproveitei que a chuva deu uma trégua para vir hoje", conta. A psicóloga ficou impressionada com a organização do evento e avalia que deva ser um espaço preservado e valorizado pelos gaúchos. "Sou uma amante do papel. O livro nesse formato não pode acabar. Tenho essa preocupação e tento passar isso para as minhas filhas", disse.Quem também estava conhecendo a feira neste domingo era a funcionária pública Gabriele Sodré. Moradora de Santana do Livramento, ela aproveitou a vinda à Capital para dar uma olhada nos livros. "Estou achando tudo muito legal. A vontade é de levar tudo", brincou, acrescentando que, em relação aos preços, os achou mais elevados na comparação do que costuma encontrar na internet, mas que observou algumas promoções que pareciam valer a pena. Com a proximidade do fim da feira, que ocorre até a próxima quarta-feira (15), é possível já ter uma dimensão sobre a comercialização e movimentação da edição deste ano. Os livreiros que conversaram com a reportagem foram unânimes ao dizer que o movimento foi mais forte na comparação com o ano passado, apesar do natural prejuízo com o mau tempo do fim de semana. "A chuva atrapalhou um pouco, mas vejo este ano melhor do que o ano passado. Depois da pandemia as pessoas voltaram em peso e não deixaram de ler no papel", analisa o editor da Livreto, Marco Nedeff. Entre os mais vendidos de sua banca, ele destaca as obras de Rafael Guimaraens. Também menciona livros de autoras negras que estão sendo expostos este ano, como os da Negra Jaque, Pâmela Amaro e Fátima Farias. O proprietário da Beco dos Livros, Guilherme Dullius, também observa uma natural queda do público – e consequentemente da comercialização de exemplares – em relação ao fim de semana passado, mas, mesmo assim, considera positiva a edição. Para Dullius, o comportamento dos consumidores da feira é de compras feitas mais por impulso, já que hoje em dia as ofertas de descontos, que antes eram uma marca da feira, são disseminadas em plataformas digitais o ano todo. João Carneiro, editor da Tomo Editorial, observa que as pessoas estão buscando adquirir um número maior de livros, com uma despesa menor. "Tenho notado uma venda de um número maior de livros neste ano, mas com valores mais baixos. Nós, por exemplo, estamos com os preços congelados desde a pandemia", disse.
A chuva não assustou os visitantes da 69° Feira do Livro de Porto Alegre, que comparecerem em um bom número no início da tarde deste domingo (12). Na Praça da Alfândega, era possível verificar algumas poças de água espalhadas, mas que não chegavam a prejudicar o fluxo das pessoas que encararam o mau tempo para aproveitar o último fim de semana do evento literário. O mesmo aconteceu no sábado.

Pela primeira vez em Porto Alegre, a psicóloga clínica Cecília Peixoto, que mora em Brasília (DF), estreou na feira já para o lançamento de um livro em que é coautora, chamado "Renascendo das cinzas como uma fênix" da editora Melhorpubli. A obra narra histórias de superação de 16 mulheres e teve sessão de autógrafos na sexta-feira.

"No dia do lançamento, foi muita correria e não pude conhecer bem a feira. Por isso, aproveitei que a chuva deu uma trégua para vir hoje", conta. A psicóloga ficou impressionada com a organização do evento e avalia que deva ser um espaço preservado e valorizado pelos gaúchos. "Sou uma amante do papel. O livro nesse formato não pode acabar. Tenho essa preocupação e tento passar isso para as minhas filhas", disse.

Quem também estava conhecendo a feira neste domingo era a funcionária pública Gabriele Sodré. Moradora de Santana do Livramento, ela aproveitou a vinda à Capital para dar uma olhada nos livros. "Estou achando tudo muito legal. A vontade é de levar tudo", brincou, acrescentando que, em relação aos preços, os achou mais elevados na comparação do que costuma encontrar na internet, mas que observou algumas promoções que pareciam valer a pena.

Com a proximidade do fim da feira, que ocorre até a próxima quarta-feira (15), é possível já ter uma dimensão sobre a comercialização e movimentação da edição deste ano. Os livreiros que conversaram com a reportagem foram unânimes ao dizer que o movimento foi mais forte na comparação com o ano passado, apesar do natural prejuízo com o mau tempo do fim de semana.

"A chuva atrapalhou um pouco, mas vejo este ano melhor do que o ano passado. Depois da pandemia as pessoas voltaram em peso e não deixaram de ler no papel", analisa o editor da Livreto, Marco Nedeff. Entre os mais vendidos de sua banca, ele destaca as obras de Rafael Guimaraens. Também menciona livros de autoras negras que estão sendo expostos este ano, como os da Negra Jaque, Pâmela Amaro e Fátima Farias.

O proprietário da Beco dos Livros, Guilherme Dullius, também observa uma natural queda do público – e consequentemente da comercialização de exemplares – em relação ao fim de semana passado, mas, mesmo assim, considera positiva a edição. Para Dullius, o comportamento dos consumidores da feira é de compras feitas mais por impulso, já que hoje em dia as ofertas de descontos, que antes eram uma marca da feira, são disseminadas em plataformas digitais o ano todo.

João Carneiro, editor da Tomo Editorial, observa que as pessoas estão buscando adquirir um número maior de livros, com uma despesa menor. "Tenho notado uma venda de um número maior de livros neste ano, mas com valores mais baixos. Nós, por exemplo, estamos com os preços congelados desde a pandemia", disse.
Ele também vê uma diferença no público em relação ao ano passado. "Sinto que os visitantes sentem cada vez mais a necessidade de se qualificarem, de terem novas experiências com os livros. Isso pode ocorrer devido às experiência de confinamento e de debates intensos nas redes sociais. O ano passado tinha também um clima de antagonismo pela questão eleitoral que este ano não tem", observa Carneiro.