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Publicada em 12 de Novembro de 2023 às 16:08

Três mil gaúchos cantam e sambam com Zeca Pagodinho no sábado

Zeca Pagodinho festejou sua carreira com 3 mil gaúchos neste sábado, no palco do Araújo Vianna

Zeca Pagodinho festejou sua carreira com 3 mil gaúchos neste sábado, no palco do Araújo Vianna

CHICO LISBOA/DIVULGAÇÃO/JC
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Bruna Tkatch
O carisma do carioca Zeca Pagodinho fez mais de três mil fãs dançarem e cantarem durante 1h20min de show no Auditório Araújo Vianna na noite deste sábado (11). Com os assentos lotados e algumas pessoas de pé nas laterais, às 21h30 ele subiu ao palco e, apesar do atraso, foi ovacionado. Na sua última apresentação em solo gaúcho neste ano de 2023, Zeca fez um show digno de seus 40 anos de carreira.
O carisma do carioca Zeca Pagodinho fez mais de três mil fãs dançarem e cantarem durante 1h20min de show no Auditório Araújo Vianna na noite deste sábado (11). Com os assentos lotados e algumas pessoas de pé nas laterais, às 21h30 ele subiu ao palco e, apesar do atraso, foi ovacionado. Na sua última apresentação em solo gaúcho neste ano de 2023, Zeca fez um show digno de seus 40 anos de carreira.
Luzes iluminam o cenário colorido com desenhos de uma favela e a a banda começa a tocar. A plateia imediatamente fica em pé à espera de Zeca, que entra com uma camisa branca e um blazer azul marinho e é recebido com empolgação. Ele começa o show com Verdade, uma de suas músicas mais famosas. Ao cantar o primeiro verso, os fãs já gritam com empolgação e o sambista sorri ao ser bem recebido. Na semana antes do show, Zeca conversou com a reportagem do Jornal do Comércio e elogiou a Capital. “Eu adoro Porto Alegre, ô lugar bom, vou aí desde o início da minha carreira, amo, amo, amo!”
Antes de iniciar a segunda canção, Zeca pega seu copo de cerveja Brahma e brinda com os fãs, que gritam com entusiasmo e alegria. A música Saudade Louca fica ainda mais bela e romântica ao vivo e com as vozes apaixonadas acompanhando o artista. Mesmo acostumado com o calor do Rio de Janeiro, o botafoguense logo tirou seu blazer e ficou apenas com a camisa. “Tá esquentando, tá calor tá calor”, disse, sempre se comunicando com o público de maneira simpática e retribuindo os acenos recebidos. Seguiu com a alegre Não sou mais disso e depois, Lama nas ruas, com direito a um solo de trompete no final.
“A primeira letra que escrevi para Jorge Aragão, meu querido poeta”, anuncia, antes de iniciar Mutirão de amor, também já gravada por Alcione, que volta a Porto Alegre para show em 24 de novembro. Em seguida, Zeca, casado há mais de 35 anos, canta outra declaração de amor, Mais Feliz, de seu último álbum homônimo, lançado em 2019. A plateia se empolga ainda mais quando dois de seus maiores sucessos, com ritmo alto astral, são tocados em sequência, Vai vadiar e Judia de mim.
Com 64 anos de vida e quatro décadas de carreira, é perceptível como Zeca se sente à vontade no palco, além de seu entrosamento com a banda. Os fãs ainda foram agraciados com breves dancinhas do cantor, que demonstra energia ao cantar durante todo o espetáculo. Cadê meu amor foi seguida de Seu balancê, que provocou danças e abraços nos casais da plateia. Às 22h10, Zeca sai do palco enquanto a banda toca o clássico Eu sou o samba. Ao retornar, pede, “ô Porto Alegre, segura firme!”. Ele retorna com a composição de Cartola, O sol nascerá.
O cenário muda para um mural colorido representando o guerreiro Seu Jorge/Ogum. Zeca se considera religioso, com inclinações para as religiões de matriz africana e o catolicismo. A mudança já indicou qual seria a próxima canção, uma homenagem ao seu orixá, o sambista cantou Ogum e derramou cerveja no chão, um ato de pedir proteção. A plateia comemorou o gesto e já foi embalada por Minha fé, ainda na temática religiosa. As animadas Patota de Cosme e Quando a gira girou seguiram.
Maneiras foi mais um clássico tocado, e Zeca comemorou “alô Porto Alegre, com a casa cheia”. Quintal do céu, Samba pras moças, Vivo isolado do mundo e Coração em desalinho antecederam a música que é um hino para o povo brasileiro. Toda a plateia puxou o fôlego para cantar Deixa a vida me levar e ovacionou o artista. “Boa noite gente, até a próxima”, diz Zeca antes de sair do palco. Os fãs permanecem em pé e gritam por ‘mais um’.
Para a alegria dos gaúchos, Zeca retorna e diz que vai se despedir a altura do público, que comemora. O artista canta uma versão reduzida de outros sucessos, inicia com Vou botar teu nome na macumba, seguida por Spc e Brincadeira tem hora. Para finalizar o show, as canções Quando eu contar e Bagaço da laranja. Às 22h52, Zeca brinda pela última vez com a plateia e sai do palco, escutando muitos aplausos e gritos de exaltação. Assim que a banda termina de tocar a melodia, a chuva volta a cair em Porto Alegre.

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