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Porto Alegre em Cena chega à 30ª edição com programação diversa, porém enxuta
Festival deverá contar, ainda, com uma segunda etapa, prevista para ocorrer nos próximos meses
Completando três décadas de existência, o festival Porto Alegre em Cena irá realizar a primeira etapa de sua 30ª edição entre os dias 7 e 19 de setembro na capital gaúcha. Uma segunda etapa está prevista para ocorrer entre dezembro deste ano e março de 2024. Apesar de enxuta, a programação divulgada nesta quarta-feira (9), em cerimônia ocorrida no Salão Nobre do Paço Municipal, vem repleta de diversidade, contemplando apresentações de rua, teatro, dança, circo e espetáculos para crianças, além de oficinas educativas, com eixos voltados para artistas e técnicos, e para estudantes de escolas públicas. Os ingressos para atrações em espaços fechados podem ser adquiridos a partir de 15 de agosto na plataforma Guichê Web ou, presencialmente, no térreo do prédio 5 do campus da PUC/RS, de segundas a sextas-feiras, das 9h às 13h e das 14h às 19h.
De acordo com um dos coordenadores gerais do evento, o produtor cultural Vítor Ortiz, os valores das entradas para as salas de espetáculos desta edição buscam ser o mais acessíveis possível, com descontos de 50% para diversos segmentos, incluindo pessoas com deficiência, jovens pertencentes a famílias de baixa renda, professores e servidores da Prefeitura Municipal, entre outros. "Além disso, 20% da plateia terá entrada gratuita, e, em alguns casos, contando com transporte", destacou o coordenador do Em Cena, se referindo a grupos e coletivos de projetos sociais, culturais e educacionais.
Para o público em geral, os ingressos custam R$ 60,00 para as atrações nacionais e R$ 40,00 para as produções regionais, exceto no caso de apresentações realizadas no Teatro da PUC/RS e no Theatro São Pedro, que variam entre R$ 20,00 e R$ 40,00. Em sua fala durante a cerimônia de lançamento da programação - que contou com as presenças do prefeito Sebastião Melo, comissão organizadora, secretários municipais e entidades culturais, além da diretora da Funarte/Minc, Mariana Martinez -, Ortiz pontuou, ainda, que a proposta da equipe curatorial do Festival - formada por artistas, jornalistas, professores e estudiosos das artes cênicas - foi incluir montagens de diferentes regiões do País, focando em linguagens diversas e temáticas emergentes. Integram a grade de atrações desta primeira etapa do evento, trabalhos de artistas e grupos de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, além de 17 espetáculos gaúchos. Dos cinco trabalhos artísticos de fora do Estado, quatro são montagens do segmento da Dança.
Um dos destaques nacionais é Vala: Corpos Negros e Sobrevidas, da Cia Sansacroma, dirigido por Gal Martins, que levará para o palco do Teatro Renascença um dilema social histórico. "É um espetáculo que mexe com questões do genocídio do povo negro desde o tempo da escravatura", observa um dos diretores artísticos do 30º Em Cena e coordenador do Centro Municipal de Dança da Secretaria Municipal de Cultura, Airton Tomazzoni. Segundo ele, dar visibilidade para temáticas como esta é um dos papéis do Festival, no ponto de vista da atual equipe curatorial. "Nossa preocupação foi ampliar o olhar curatorial para todo o Brasil, atentos aos espetáculos que se relacionam com questões emergentes no Brasil atual", afirma a equipe curadora, no material de divulgação do evento.
A grade nacional conta ainda com Julius Caesar – Vidas Paralelas, da Companhia dos Atores, coletivo carioca que completa 35 anos em atividade, já presente em outras edições do Em Cena. O espetáculo foi indicado a duas categorias do Prêmio APCA de 2022: Melhor intérprete, com Djalma Moura, e Melhor cenário, por Caio Marinho; e será apresentado no Teatro da PUC/RS. Outra atração é Transiterrifluxório, de Cláudio Lacerda (Pernambuco), criado a partir do desdobramento de uma longa pesquisa em dança intitulada Contraespaço, sob o estímulo da arquitetura da iraquiana-britânica Zaha Hadid; que estará em cartaz no Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa. Representando Santa Catarina, a montagem Circulação Frágil, ou, essa dança é 30 minutos mais longa do que poderia ser para competir, uma peça de dança de Letícia Souza com direção de Anderson do Carmo, será apresentada na Sala Álvaro Moreyra do Centro Municipal de Cultura. Por fim, a Cia Giradança, de Natal, levará seu espetáculo de rua Muximba: o coração sempre permanece criança para o Parque da Redenção.
Ainda do segmento da Dança, bastante contemplada também na seleção de espetáculos locais, estão Cães (dirigido por Alexandra Dias), Trivial, um espetáculo de Bboys (Driko Oliveira), Reminiscências – Memórias do nosso carnaval (Maria Iara Santos Deodoro/ Afro-Sul/Odomode), e Cartas para um extraterrestre (Leonardo Jorgelewicz). O teatro de sala estará representado por produções gaúchas, como Esperando Godot (Luciano Alabarse), Os Mamutes (direção coletiva), Pigarra (Thais Andrade), Instinto (Camila Bauer), Cabaré da Mulher Braba (Patricia Fagundes) e Em chamas (Matheus Melchionna). Contemplando o público infantil, o novo projeto do evento, Em Ceninha, terá a técnica mista de teatro de formas animadas da Cia Gente Falante, com Maria Peçonha; e também as montagens Amazônia, um olhar sobre a floresta (Camila Bauer) e Chuá - descobertas na água (Alexandre Fávero). Já o teatro de rua terá Na Trilha das Andarilhas (Leandro Silva), Bolha Luminosa - o marujo e a tempestade da Cia Teatro Lumbra, também de formas animadas e sombras, além de Lua - encontrando mares (Rita Spier). Completa a programação Dalí (Heloisa Nequete), espetáculo circense para toda a família.
De acordo com os coordenadores do Festival, as atividades educativas serão divulgadas nos próximos dias, e devem incluir programações formativas com atores, diretores, dramaturgos e técnicos dos espetáculos que formam a grade do festival. Elas se concentrarão na Casa de Cultura Mário Quintana e na PUC/RS, e poderão ser aproveitadas por escolas públicas. Os interessados devem acompanhar as informações a respeito no site ou pelas redes sociais do festival.
Orçamento enxuto
Com verba reduzida a menos da metade do montante de recursos estimado (que ultrapassava R$ 2 milhões), a 30ª edição do POA em Cena deverá contar com uma segunda etapa, prevista para acontecer em até sete meses. Esse é o tempo necessário para confirmar um dos patrocinadores e produzir o restante da programação de aniversário do evento. “Tínhamos um projeto completamente captado, contando parte dos recursos captados via LIC/RS, mas infelizmente ficamos de fora do incentivo estadual, assim como outros grandes eventos (como a Feira do Livro e o Festival de Cinema de Gramado)”, explica a produtora cultural e coordenadora geral do Porto Alegre em Cena, Denise Viana Pereira. “Por isso, o fechamento desta edição comemorativa vai acontecer daqui uns meses, porque ainda tem patrocinadores entrando no projeto, o que tardiamente”, explica. Segundo Denise, além do subsídio da Prefeitura (de R$ 99,9 mil), no total, até agora o evento conseguiu captar cerca de R$ 245 mil junto a patrocinadores, via Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (Minc).
Celebração e valorização do Festival
Como já é da tradição, o Porto Alegre em Cena desta ano também terá espaços para encontros onde o público e os artistas poderão trocar ideias, celebrar e curtir as famosas festas do Festival. Os pontos de encontros ocorrerão na Zona Cultural, na Travessa dos Venezianos e no Teatro Renascença, em dias diversos que serão divulgados mais perto do evento acontecer.
Celebrado entre autoridades e artistas, o evento foi valorizado nas falas da cerimônia de lançamento da programação, na manhã desta quarta-feira. "Nesta edição, foram mais de 180 projetos inscritos, e na edição passada, o Festival contou com mais de 10 mil expectadores, somente considerando os espaços fechados. Isso dá uma ideia da dimensão deste evento", destacou o secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, Henry Ventura. "Durante toda sua trajetória, o Porto Alegre em Cena colocou a capital gaúcha no mapa das artes cênicas do Brasil e da América Latina", lembrou o presidente da Fundação Theatro São Pedro, Antonio Hohlfeldt.
"A cultura eleva a alma da nossa cidade. A economia criativa também é parte importante, pois promove a verdadeira inclusão social", disse o prefeito Sebastião Melo. "Vivemos um momento de união e retomada de políticas públicas para a Cultura. Existe muito significado quando um evento como o Porto Alegre em Cena é apresentado pelo Ministério da Cultura, após anos de perseguição do setor", destacou Mariana Martinez.
Programação
7 de setembro
20h – Julius Caesar – vidas paralelas – Teatro da PUC/RS (Av. Ipiranga, 6681- Prédio 40)
8 de setembro
* Muximba: o coração sempre permanece criança (*horário a confirmar)
20h – Transiterrifluxório – Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75)
20h – Július César – Teatro da PUC/RS (Av. Ipiranga, 6681- Prédio 40)
21h – Esperando Godot – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
20h – Julius Caesar – vidas paralelas – Teatro da PUC/RS (Av. Ipiranga, 6681- Prédio 40)
8 de setembro
* Muximba: o coração sempre permanece criança (*horário a confirmar)
20h – Transiterrifluxório – Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75)
20h – Július César – Teatro da PUC/RS (Av. Ipiranga, 6681- Prédio 40)
21h – Esperando Godot – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
9 de setembro
* Muximba: o coração sempre permanece criança (*horário a confirmar)
19h30min – Cartas para um extraterrestre – Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
20h – Transiterrifluxório – Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75)
21h – Reminiscências – Memórias do nosso carnaval – Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n)
10 de setembro
16h – Maria Peçonha – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
18h – Amazônia – um olhar sobre a floresta – Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n)
20h – Transiterrifluxório – Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75)
20h – Cabaré da Mulher Braba – Zona Cultural (Av. Alberto Bins, 900)
12 de setembro
20h – Dalí – Teatro da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681- Prédio 40)
21h – Em Chamas – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
13 de setembro
19h30min – Cães – Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
14 de setembro
19h30min – Pigarra – Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
15 de setembro
18h – Lua – Encontrando mares – Mercado Público (Largo Jorn. Glênio Péres, 1)
19h30min – Circulação Frágil, ou, essa dança é 30 minutos mais longa do que poderia ser para competir
– Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
21h – Vala: Corpos Negros e Sobrevidas – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
16 de setembro
17h – Na Trilha das Andarilhas – Parque da Redenção (Av. José Bonifácio s/n)
19h30min – Circulação Frágil, ou, essa dança é 30 minutos mais longa do que poderia ser para competir
– Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
21h – Vala: Corpos Negros e Sobrevidas – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
17 de setembro
16h – Chuá – Descobertas na água – Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
18h – Trivial, um espetáculo de Bboys – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
20h – Os Mamutes – Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75)
19 de setembro
19h30min – Bolha Luminosa – o marujo e a tempestade – em frente ao Centro Municipal de Cultura Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues (Av. Erico Verissimo, 307)
21h – Instinto – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
* Muximba: o coração sempre permanece criança (*horário a confirmar)
19h30min – Cartas para um extraterrestre – Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
20h – Transiterrifluxório – Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75)
21h – Reminiscências – Memórias do nosso carnaval – Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n)
10 de setembro
16h – Maria Peçonha – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
18h – Amazônia – um olhar sobre a floresta – Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n)
20h – Transiterrifluxório – Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75)
20h – Cabaré da Mulher Braba – Zona Cultural (Av. Alberto Bins, 900)
12 de setembro
20h – Dalí – Teatro da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681- Prédio 40)
21h – Em Chamas – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
13 de setembro
19h30min – Cães – Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
14 de setembro
19h30min – Pigarra – Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
15 de setembro
18h – Lua – Encontrando mares – Mercado Público (Largo Jorn. Glênio Péres, 1)
19h30min – Circulação Frágil, ou, essa dança é 30 minutos mais longa do que poderia ser para competir
– Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
21h – Vala: Corpos Negros e Sobrevidas – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
16 de setembro
17h – Na Trilha das Andarilhas – Parque da Redenção (Av. José Bonifácio s/n)
19h30min – Circulação Frágil, ou, essa dança é 30 minutos mais longa do que poderia ser para competir
– Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
21h – Vala: Corpos Negros e Sobrevidas – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
17 de setembro
16h – Chuá – Descobertas na água – Sala Álvaro Moreyra (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
18h – Trivial, um espetáculo de Bboys – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)
20h – Os Mamutes – Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75)
19 de setembro
19h30min – Bolha Luminosa – o marujo e a tempestade – em frente ao Centro Municipal de Cultura Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues (Av. Erico Verissimo, 307)
21h – Instinto – Teatro Renascença (CMC – Av. Erico Verissimo, 307)