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Cultura

música

- Publicada em 07 de Maio de 2023 às 13:35

Fito Páez celebra 30 anos do disco 'El amor después del amor' em show em Porto Alegre

Argentino tocou na íntegra as canções do disco mais vendido da história do rock argentino

Argentino tocou na íntegra as canções do disco mais vendido da história do rock argentino


andressa pufal/especial/jc
Mesmo com o sinal aberto, os carros pararam para a multidão e seus guarda-chuvas atravessarem a Osvaldo Aranha em direção ao Araújo Vianna. Lá dentro, cerca de 4.200 pessoas aguardavam o argentino Fito Páez, entoando, em um lindo e tradicional coro, "olê, olê, olê, olê! Fito, Fito!”. As vozes só mudaram o ritmo quando o músico subiu ao palco e cantou o verso que abre o icônico disco El amor después del amor, lançado 3 décadas atrás. Fito Páez está em turnê desde o ano passado para celebrar este que é o álbum mais vendido na história do rock argentino. No show, o tecladista e compositor toca todas as canções na íntegra, começando com a faixa título, anunciando, e amplificado por mais de 4 mil pessoas, que “o amor, depois do amor, talvez se pareça a esse raio de sol”. Raio de sol que brilha até hoje, jogando luz à música platina e sul-americana. E essa luz se estende até a figura de Fito, que fez o álbum em um momento de renovação — marcou a superação de antigos fantasmas — e euforia com um novo amor em sua vida. Fito, acompanhado de sua banda e um trio de sopros, incendeia o palco e emociona a plateia, formada por quem já venceu o disco em idade e por quem ainda está longe de o alcançar. Quando o artista chega à quinta canção, Pétalo de sal, faz uma declaração de amor ao parceiro e amigo Luis Alberto Spinetta, que empresta sua a voz à música: “hoje em dia muito se fala em Inteligência Artifical, que ela é capaz de fazer muitas coisas. Mas a Inteligência Artificial jamais poderá fazer algo tão lindo quanto o que Spinetta fazia”, disse.Chegando na metade do disco, a sétima música, Un vestido y un amor, composta para a atriz Cecilia Roth — seu novo amor na época — dispensou a banda e foi tocada só com o teclado e voz de Fito Páez, sem contar, claro, com o coro da plateia, que em certo momento foi conduzido pelo cantor, com movimentos de maestro. Digno de elogios ao fim — “como cantan, Porto Alegre!” —, o público, durante a música, pôde ver uma bandeira da Argentina projetada nos telões do palco, que foi acompanhada por palmas e ovações. “Bienvenidos a La Rueda Mágica”, anuncia o cantor ao começar a tocar a nona música do disco, uma ode ao rock composta conjuntamente com o icônico Charly García, amigo e companheiro de música. Antes de começar a melancólica Detrás del muro de los lamentos, que traz a voz da inigualável Mercedes Sosa, o músico conta que a inspiração para a canção foram os ritmos peruanos. Encerrando o disco, a última música, A rodar mi vida, traz o sentimento que marcou a trajetória de Fito Páez em 1992: a entrada na perene vida de artista com mais de 1 milhão de cópias vendidas. “Cuando me di cuenta estaba vivo / Vivo para siempre de verdad”.Depois de um intervalo de 10 minutos, Fito volta ao palco com uma nova roupa para cantar alguns de seus maiores sucessos. Começa com Naturaleza sangre, 11 y 6, Circo Beat e Ciudad de pobres corazones. A surpresa da noite foi ouvir o argentino cantando Meu bem, meu mal, de Caetano Veloso, com um português impecável. No bis, o artista volta ao palco com os aclamados Dar es dar e Mariposa tecknicolor. Depois de 2h20min de apresentação, o artista encerra o show com Y dale alegría a mi corazón, que em certo momento dispensou instrumentos e até a voz de Fito, juntando 4 mil gargantas em um só coro: “las sombras que aquí estuvieron no estarán”. Na saída, a chuva já tinha parado.
Mesmo com o sinal aberto, os carros pararam para a multidão e seus guarda-chuvas atravessarem a Osvaldo Aranha em direção ao Araújo Vianna. Lá dentro, cerca de 4.200 pessoas aguardavam o argentino Fito Páez, entoando, em um lindo e tradicional coro, "olê, olê, olê, olê! Fito, Fito!”. As vozes só mudaram o ritmo quando o músico subiu ao palco e cantou o verso que abre o icônico disco El amor después del amor, lançado 3 décadas atrás. Fito Páez está em turnê desde o ano passado para celebrar este que é o álbum mais vendido na história do rock argentino.

No show, o tecladista e compositor toca todas as canções na íntegra, começando com a faixa título, anunciando, e amplificado por mais de 4 mil pessoas, que “o amor, depois do amor, talvez se pareça a esse raio de sol”. Raio de sol que brilha até hoje, jogando luz à música platina e sul-americana. E essa luz se estende até a figura de Fito, que fez o álbum em um momento de renovação — marcou a superação de antigos fantasmas — e euforia com um novo amor em sua vida.

Fito, acompanhado de sua banda e um trio de sopros, incendeia o palco e emociona a plateia, formada por quem já venceu o disco em idade e por quem ainda está longe de o alcançar. Quando o artista chega à quinta canção, Pétalo de sal, faz uma declaração de amor ao parceiro e amigo Luis Alberto Spinetta, que empresta sua a voz à música: “hoje em dia muito se fala em Inteligência Artifical, que ela é capaz de fazer muitas coisas. Mas a Inteligência Artificial jamais poderá fazer algo tão lindo quanto o que Spinetta fazia”, disse.

Chegando na metade do disco, a sétima música, Un vestido y un amor, composta para a atriz Cecilia Roth — seu novo amor na época — dispensou a banda e foi tocada só com o teclado e voz de Fito Páez, sem contar, claro, com o coro da plateia, que em certo momento foi conduzido pelo cantor, com movimentos de maestro. Digno de elogios ao fim — “como cantan, Porto Alegre!” —, o público, durante a música, pôde ver uma bandeira da Argentina projetada nos telões do palco, que foi acompanhada por palmas e ovações.

“Bienvenidos a La Rueda Mágica”, anuncia o cantor ao começar a tocar a nona música do disco, uma ode ao rock composta conjuntamente com o icônico Charly García, amigo e companheiro de música. Antes de começar a melancólica Detrás del muro de los lamentos, que traz a voz da inigualável Mercedes Sosa, o músico conta que a inspiração para a canção foram os ritmos peruanos.

Encerrando o disco, a última música, A rodar mi vida, traz o sentimento que marcou a trajetória de Fito Páez em 1992: a entrada na perene vida de artista com mais de 1 milhão de cópias vendidas. “Cuando me di cuenta estaba vivo / Vivo para siempre de verdad”.

Depois de um intervalo de 10 minutos, Fito volta ao palco com uma nova roupa para cantar alguns de seus maiores sucessos. Começa com Naturaleza sangre, 11 y 6, Circo Beat e Ciudad de pobres corazones. A surpresa da noite foi ouvir o argentino cantando Meu bem, meu mal, de Caetano Veloso, com um português impecável. No bis, o artista volta ao palco com os aclamados Dar es dar e Mariposa tecknicolor. Depois de 2h20min de apresentação, o artista encerra o show com Y dale alegría a mi corazón, que em certo momento dispensou instrumentos e até a voz de Fito, juntando 4 mil gargantas em um só coro: “las sombras que aquí estuvieron no estarán”. Na saída, a chuva já tinha parado.