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Cultura

Museus

- Publicada em 04 de Maio de 2023 às 18:56

Secretaria Estadual da Cultura não vai participar da Noite dos Museus por falta de acordo com produtora

Sedac argumenta que houve inviabilidade de acordo para assegurar a preservação de suas instituições

Sedac argumenta que houve inviabilidade de acordo para assegurar a preservação de suas instituições


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) anunciou nesta quinta-feira (4) que decidiu por não participar da edição de 2023 da Noite dos Museus. Em texto, a pasta argumenta que houve inviabilidade de acordo, em tempo hábil, para assegurar a preservação de suas instituições vinculadas, de seu acervo e a segurança do público.Apesar das tratativas encaminhadas pela pasta, não houve mudanças significativas nos protocolos da produtora para atender à solicitação da Sedac de que fossem ampliadas a estrutura física e as equipes disponibilizadas. As instituições do Estado vinculadas à Sedac que participariam da edição de 2023 do evento são: Museu Júlio de Castilhos, Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS), Casa de Cultura Mario Quintana e Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. Os locais terão horário de funcionamento normal no dia da realização do evento.
A Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) anunciou nesta quinta-feira (4) que decidiu por não participar da edição de 2023 da Noite dos Museus. Em texto, a pasta argumenta que houve inviabilidade de acordo, em tempo hábil, para assegurar a preservação de suas instituições vinculadas, de seu acervo e a segurança do público.

Apesar das tratativas encaminhadas pela pasta, não houve mudanças significativas nos protocolos da produtora para atender à solicitação da Sedac de que fossem ampliadas a estrutura física e as equipes disponibilizadas.

As instituições do Estado vinculadas à Sedac que participariam da edição de 2023 do evento são: Museu Júlio de Castilhos, Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS), Casa de Cultura Mario Quintana e Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. Os locais terão horário de funcionamento normal no dia da realização do evento.
Segundo a Secretaria, outros equipamentos culturais de grande porte também já optaram por não participar da próxima edição. Com recursos viabilizados através da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal e produzido pela Rompecabezas Produtora, com apoio de instituições públicas e privadas, o evento resultou em um afluxo de pessoas que a pasta considera incompatível com a estrutura de muitos dos equipamentos culturais participantes.

Após as primeiras tratativas para aprimorar a parceria das edições anteriores, a Sedac afirma que solicitou, entre outras medidas, que a organização do evento realizasse controle de acesso mediante retirada de ingressos gratuitos para evitar a superlotação dos espaços e o acúmulo de pessoas nas áreas externas, contratação de reforço das equipes de segurança e de limpeza e contratação de banheiros químicos para as imediações dos museus. A Sedac também solicitou que as atividades encerrassem às 22h e não à meia-noite, como previsto pela produção. Não houve, no entanto, garantia de que os apontamentos seriam plenamente atendidos.

"A Sedac entende que ações isoladas não poderão melhorar a experiência para o público e para as instituições. Apesar de, na edição anterior, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) ter, por exemplo, controlado o fluxo de entrada e da quantidade de visitantes simultâneos, foram registradas pichações e péssimas condições de higiene dentro dos banheiros do museu. O episódio demonstra que o evento, até aqui, não tem oferecido estrutura e organização suficientes para a gestão de público e fila, além de equipe (monitores e seguranças) para atender a necessidade de operação dentro e fora das instituições", diz o texto publicado.

Também citam outras intercorrências que geraram prejuízos materiais a museus e galerias no ano passado, resultando em insatisfação das pessoas que, pelo excesso de público, não conseguiam participar das atrações musicais dentro das instituições. Dentre elas estão riscos à segurança instituicional e do público por superlotação e fragilidade no controle de acesso, além da hostilização de equipes de portaria por falta de controle de fluxo adequado e equipe que organizasse o tráfego na área externa. Como resultado, teme a Sedac, os equipamentos culturais participantes acabam por ter suas reputações vinculadas a problemas que fogem de suas alçadas.

“Os equipamentos culturais receberam do Estado recentes investimentos que trouxeram ganhos de atratividade, visibilidade e alcance. São visitados diariamente e proporcionam espaço de entretenimento, fruição de arte e pesquisa, de modo inteiramente gratuito, à população”, afirma a secretária da Cultura, Beatriz Araújo. “As condições apresentadas pela Sedac visam, portanto, a preservação de um patrimônio que enriquece a cena cultural gaúcha e democratiza o acesso à arte e são fundamentais para garantir o bom funcionamento de uma estrutura que tem programação cultural ao longo de todo o ano, que desenvolve ações educativas e que promove o acesso à cultura como um direito cidadão.”