O compositor japonês Ryuichi Sakamoto, pioneiro da música eletrônica e autor de várias trilhas sonoras de filmes, morreu aos 71 anos de idade, de câncer, anunciou sua equipe em comunicado neste domingo (2). Sakamoto faleceu no dia 28 de março e teve um funeral privado, assistido apenas pelos seus familiares mais próximos, cumprindo assim a vontade do artista, segundo o comunicado divulgado pela AFP.
"Ele viveu com a música até o fim", acrescentou sua equipe.
Em 2014, o artista anunciou que havia sido diagnosticado com câncer na garganta e cancelou todos os seus compromissos profissionais para iniciar o tratamento.
Sakamoto despontou no final dos anos 1970 como tecladista do grupo de música eletrônica Yellow Magic Orchestra.
Em 1988, ganhou o Oscar pela trilha sonora do filme O Último Imperador (1987).
O artista fez parte do movimento anti-nuclear japonês, especialmente após o acidente na usina nuclear de Fukushima, em 2011.
Em 2002, após ter transitado pelo tecnopop, a música erudita e world music, e depois de ter se apresentado, um ano antes, no Brasil, Sakamoto lotou o Royal Albert Hall para apresentar um CD que gravou na casa de Tom Jobim. Em entrevista à BBC, contou o que o fascinou na música do artista brasileiro. "É uma música muito controlada. É calma, tem piano e a paixão está toda escondida. É como um oceano, quase sem ondas, mas com muita coisa acontecendo debaixo d´água. É como o canto de João Gilberto, você pode ouvir a paixão, mas ela está escondida dentro da música."
Naquela entrevista, ele contou ainda que seu primeiro contato com a música de Tom Jobim foi quando ele tinha entre 11 e 12 anos e estava tendo lições de piano. "A música de Jobim era diferente de tudo que eu conhecia, como Bach, Beethoveen e até os Beatles. Foi também nessa época que conheci Debussy e Ravel. Desde então eles dois e Jobim são parte de uma mesma família para mim."
Em 2012, Ryuichi Sakamoto se apresentou no Festival Sónar. E, em 2017, o compositor e pianista voltou ao Brasil, para a inauguração da Japan House, em São Paulo.
Em 2020, no início da pandemia de covid-19, Sakamoto fez um "concerto para os isolados".
O artista ganhou inúmeros prêmios ao longo de sua trajetória. Entre eles, um Kikito do Festival de Gramado, em 1992, de melhor trilha sonora do filme De Salto Alto (Tacones Lejanos), de Pedro Almodóvar.
"Ele viveu com a música até o fim", acrescentou sua equipe.
Em 2014, o artista anunciou que havia sido diagnosticado com câncer na garganta e cancelou todos os seus compromissos profissionais para iniciar o tratamento.
Sakamoto despontou no final dos anos 1970 como tecladista do grupo de música eletrônica Yellow Magic Orchestra.
Em 1988, ganhou o Oscar pela trilha sonora do filme O Último Imperador (1987).
O artista fez parte do movimento anti-nuclear japonês, especialmente após o acidente na usina nuclear de Fukushima, em 2011.
Em 2002, após ter transitado pelo tecnopop, a música erudita e world music, e depois de ter se apresentado, um ano antes, no Brasil, Sakamoto lotou o Royal Albert Hall para apresentar um CD que gravou na casa de Tom Jobim. Em entrevista à BBC, contou o que o fascinou na música do artista brasileiro. "É uma música muito controlada. É calma, tem piano e a paixão está toda escondida. É como um oceano, quase sem ondas, mas com muita coisa acontecendo debaixo d´água. É como o canto de João Gilberto, você pode ouvir a paixão, mas ela está escondida dentro da música."
Naquela entrevista, ele contou ainda que seu primeiro contato com a música de Tom Jobim foi quando ele tinha entre 11 e 12 anos e estava tendo lições de piano. "A música de Jobim era diferente de tudo que eu conhecia, como Bach, Beethoveen e até os Beatles. Foi também nessa época que conheci Debussy e Ravel. Desde então eles dois e Jobim são parte de uma mesma família para mim."
Em 2012, Ryuichi Sakamoto se apresentou no Festival Sónar. E, em 2017, o compositor e pianista voltou ao Brasil, para a inauguração da Japan House, em São Paulo.
Em 2020, no início da pandemia de covid-19, Sakamoto fez um "concerto para os isolados".
O artista ganhou inúmeros prêmios ao longo de sua trajetória. Entre eles, um Kikito do Festival de Gramado, em 1992, de melhor trilha sonora do filme De Salto Alto (Tacones Lejanos), de Pedro Almodóvar.
Folhapress