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- Publicada em 07 de Fevereiro de 2023 às 18:57

Conheça o Zona Cultural, novo território de encontro entre artistas e público em Porto Alegre

Novo espaço na cidade, Zona Cultural terá sua primeira atividade no dia 8 de março

Novo espaço na cidade, Zona Cultural terá sua primeira atividade no dia 8 de março


TÂNIA MEINERZ/JC
Adriana Lampert
A carência de espaços culturais que acolham pequenas produções e trabalhos independentes em Porto Alegre foi mola propulsora para um grupo de artistas locais decidir viabilizar um lugar de encontro e convívio com o público. Localizado na avenida Alberto Bins, 900 - entre o Centro Histórico e o Quarto Distrito - o novo território de arte da Capital será gerido por uma rede de profissionais de diferentes áres de atuação no teatro, na dança e no circo (docência, direção, cenografia, iluminação e produção, entre outras).
A carência de espaços culturais que acolham pequenas produções e trabalhos independentes em Porto Alegre foi mola propulsora para um grupo de artistas locais decidir viabilizar um lugar de encontro e convívio com o público. Localizado na avenida Alberto Bins, 900 - entre o Centro Histórico e o Quarto Distrito - o novo território de arte da Capital será gerido por uma rede de profissionais de diferentes áres de atuação no teatro, na dança e no circo (docência, direção, cenografia, iluminação e produção, entre outras).
Denominado Zona Cultural, o espaço terá sua primeira atividade às 20h no dia 8 de março, com a apresentação gratuita do espetáculo Cabaré da Mulher Braba, da Cia Rustica de Teatro. Contando com dois andares, o prédio tem 500 metros quadrados e atualmente está em reformas. Segundo a diretora da Cia Rústica, Patrícia Fagundes, a ideia é que ali ocorram cursos, oficinas e além de apresentações teatrais, performances, pocket shows, e outros eventos de diversas áreas da cultura, como feiras, seminários, bailinho, celebrações e lançamentos.
Além de Patrícia, estão à frente da iniciativa nomes como Sandra Possani, Carlos Mödinger, Iassanã Martins, Diego Nardi, Juliana Kersting, Rodrigo Shalako, Heinz Limaverde, Mirna Spritzer, Batista Freire, André Varela e Roberta Alfaya.  
"Não é um espaço do grupo idealizador em específico, pelo contrário: é plural. A ideia é construir várias parcerias com outros colaboradores, de diferentes formas", pondera a diretora da Cia Rústica, que também é professora do Departamento de Artes Dramáticas (DAD) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). "A cidade precisa de espaços e tempos de arte e convívio, de criação e de encontro", observa, destacando que nos últimos anos o setor perdeu equipamento culturais, que ou fecharam, ou foram repassados para a administração da iniciativa privada, se tornando elitizados, em sua visão.
Patrícia emenda que, em paralelo à necessidade explícita, também há, por trás, um "sonho" compartilhado entre os artistas da rede à frente da iniciativa. "Este investimento é uma aventura imensa, um desejo político, um projeto amoroso, afetivo, que celebra possibilidades da arte, uma aposta no que podemos ser e fazer, juntos."
Além de uma área para espetáculos com capacidade para até 120 espectadores, o Zona Cultural contará com um bar (que permanecerá aberto uma hora antes e duas horas depois das apresentações artísticas), banheiro acessível e depósito de materiais cênicos no térreo. Já o piso superior vai contar com saguão, camarins, duas salas de ensaio, aulas e reuniões; e mais dois banheiros. 
Após a noite de estreia de Cabaré da Mulher Braba, este espetáculo cumpre temporada de três semanas no Zona Cultural, desta vez com cobrança de ingressos. Haverá uma segunda apresentação gratuita, ainda com data a ser confirmada. Patrícia explica que as sessões com entrada franca são uma contrapartida do Cabarés do Sul do Mundo, projeto da Cia Rústica em parceria com artistas de diferentes núcleos de criação. Financiada pelo FAC/RS, a proposta inclui ainda a montagem e apresentação do espetáculo Cabaré do Amor Rasgado - que estará em cartaz no Zona Cultural no mês de abril. Ambos os trabalhos fazem um cruzamento de teatro, dança e circo com música ao vivo.
"Estamos numa maratona de ensaios intensivos em paralelo às obras e instalação de equipamentos necessários para poder inaugurar o espaço", comenta o ator e professor de Teatro na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Carlos Mödinger. Ele ressalta que, apesar do primeiro semestre já contar com algumas datas definidas, o grupo envolvido na gestão ainda está "construindo" a programação inicial do espaço. "Posso adiantar que em abril também terá apresentação do espetáculo novo da Cia Incomode-te, Espera, com Nelson Diniz e Liane Venturella no elenco, dirigidos pela Sandra Possani", afirma.
No que se refere à grade de oficinas e cursos, o Zona Cultural já conta com uma oficina de montagem do Grupo Máscara, com duração de dois meses; uma oficina de Lira com a atriz e artista circense Roberta Alfaya; e uma aula de dança de salão com duas horas e meia de duração, ministrada pelo professor Robson Porto. "O que posso adiantar é que iremos trabalhar muito ali para ter atividades durante os três turnos", adianta Mödinger. 
 
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