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Artes Cênicas

- Publicada em 06 de Julho de 2022 às 19:12

Estreia de Aladdin, da Cia. Ronald Radde, marca reabertura do Teatro Museu do Trabalho

Peça que marca reabertura do espaço neste domingo tem Vinicius Mello 
e Jennifer Franco como Aladdin e Princesa Jasmin

Peça que marca reabertura do espaço neste domingo tem Vinicius Mello e Jennifer Franco como Aladdin e Princesa Jasmin


ROGERIO FERNANDES/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
As portas do Teatro Museu do Trabalho (Rua dos Andradas, 230, Centro Histórico) voltam a abrir neste domingo (10), com a estreia do espetáculo musical infantil Aladdin, assinado pela diretora Karen Radde, e permanecerá em cartaz até 23 de outubro, sempre aos domingos, às 16h. Os ingressos serão vendidos somente no local, duas horas antes do evento iniciar, pelo valor de R$ 50,00.
As portas do Teatro Museu do Trabalho (Rua dos Andradas, 230, Centro Histórico) voltam a abrir neste domingo (10), com a estreia do espetáculo musical infantil Aladdin, assinado pela diretora Karen Radde, e permanecerá em cartaz até 23 de outubro, sempre aos domingos, às 16h. Os ingressos serão vendidos somente no local, duas horas antes do evento iniciar, pelo valor de R$ 50,00.
Primeira montagem da Cia. Ronald Radde, a peça marca não somente a reabertura do espaço cultural, mas também o retorno à cena da antiga Cia. Teatro Novo, que, ao longo de 49 anos, formou plateia e encantou famílias inteiras. Além de adotar um novo nome em homenagem ao dramaturgo falecido em 2016, o grupo também investiu na reconstrução do local que passou a administrar ainda antes da pandemia de Covid-19. Ali, será o palco deste e de outros espetáculos da companhia, que ainda irá promover oficinas teatrais para crianças e adolescentes e irá locar o espaço para outros grupos, em períodos que não conflituem com a programação da casa. Outra novidade será a volta do projeto A Escola Vai ao Teatro, com apresentações para estudantes do Ensino Fundamental.
À frente da Cia. Ronald Radde, Karen e o ator Vinicius Mello comentam que a escolha pelo Teatro do Museu do Trabalho é "uma volta ao passado", já que o local foi a primeira sede da Cia. Teatro Novo, em 1986, antes do grupo ocupar a Sala Carmen Silva, localizada no Teatro Novo DC Navegantes. "O mais curioso que, assim como o Radde, que ergueu tudo do zero, sem nenhum investimento público, seguimos os mesmos passos", observa Mello. Ele afirma que ambos estão colocando a "mão na massa", literalmente: erguendo o teatro, mexendo no cimento, pintando, com ajuda de amigos e atores da companhia. "Há meses trabalhamos de domingo a domingo para deixar tudo pronto", comenta.
Para Karen, o retorno emociona: "Nestas paredes meu pai começou o sonho dele de fundar uma companhia, que foi a mais antiga do Brasil em atividades ininterruptas. Agora, recomeço a minha história justamente onde tudo começou." Sem espaço para ensaios e apresentações desde 2017, quando perderam o direito de ocupar a sala no Teatro Novo DC, Karen e Mello investiram do próprio bolso para dar conta da reforma do palco, do camarim, do banheiro e do hall de entrada do Teatro do Museu de Trabalho.
"Em 2020, no auge da pandemia, tivemos que vender parte das madeiras do palco do Teatro Novo, que formavam o palco do Teatro do Museu do Trabalho, para pagar dívidas feitas com as obras", conta Mello. O grupo também esteve às voltas de empréstimos dar conta de pagar a produção do espetáculo Aladdin, previsto para estrear em março daquele ano, mas que precisou ficar em suspenso por conta do isolamento necessário para combater a disseminação da Covid-19.
Com as melhorias, o Teatro do Museu do Trabalho recebeu 170 cadeiras estofadas na plateia (que antes era uma arquibancada com capacidade para 90 pessoas), carpetes no piso, banheiro no camarim reformado e um palco novo, onde foi trocada toda a madeira. As sobras que não foram vendidas (da madeira do palco da Sala Carmen Silva) foram usadas para formar a parede que limita o palco e o camarim do novo espaço. "Ficou um apelo visual interessante: está lindo, e também remete à memória da trajetória da Cia. Teatro Novo", ressalta Mello.
É nesse clima de ressignificar do passado que a Cia. Ronald Radde leva sua versão de Aladdin para a cena. Karen conta que a escolha pelo tema foi uma homenagem ao pai, que tinha a intenção de montar o espetáculo quando ainda era vivo. A história do personagem foi recriada em um musical de uma hora de duração com canções autorais, compostas por Jennifer Franco e Thomas Picinini, coreografias pensadas pelo bailarino e coreógrafo Mauricio Miranda, figurinos assinados pelo estilista e figurinista Daniel Lion, cenários criados por Diane Sbardelotto em parceria com o cenógrafo Rodrigo Lopes, e efeitos especiais, que farão personagens voarem em cena.
No elenco, que tem Vinicius Mello e Jennifer Franco como Aladdin e Princesa Jasmin, há nomes de peso do teatro local como Evandro Soldatelli, que interpreta o Gênio, e Caio Prates, que faz o Sultão. Adriano Cescani (Jafar), Yuri Niederaurer (Guarda Rachid e Tapete) e Manu Goulart (Abu) completam o casting.
A diretora do musical adianta que a montagem não se presta somente a contar uma história romântica de um menino pobre que sonha em ser príncipe. "Fizemos uma releitura, falando sobre liberdade. Jasmim se sente presa por ser uma princesa, Aladdin é um adolescente pobre, que precisa roubar para comer, e  o gênio está preso na lâmpada, sem conseguir sair mesmo tendo poderes", pontua Karem. "A peça fala da liberdade que as pessoas almejam, da conquista da liberdade com luta, trabalho e personalidade", completa.
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