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Publicada em 25 de Outubro de 2024 às 14:25

Voltar a estudar melhora qualidade de vida de idosos

Maria Ivone completou os ensinos fundamental e médio em três anos

Maria Ivone completou os ensinos fundamental e médio em três anos

CIEE-RS/Divulgação/JC
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A população mundial está envelhecendo. Segundo dados da ONU, o Brasil terá 66,5 milhões de habitantes com mais de 60 anos de idade em 2040 – e as projeções do IBGE indicam que 38% dos brasileiros serão idosos em 2070. Realidade que exige planejamento para os impactos do envelhecimento populacional na força de trabalho, no crescimento econômico e na qualidade de vida das pessoas.
A população mundial está envelhecendo. Segundo dados da ONU, o Brasil terá 66,5 milhões de habitantes com mais de 60 anos de idade em 2040 – e as projeções do IBGE indicam que 38% dos brasileiros serão idosos em 2070. Realidade que exige planejamento para os impactos do envelhecimento populacional na força de trabalho, no crescimento econômico e na qualidade de vida das pessoas.
Uma alternativa é o incentivo ao envelhecimento ativo. Uma pesquisa da Escola de Medicina de Harvard comprovou que estudar e trabalhar na terceira idade aumenta o funcionamento cognitivo, melhora a memória, favorece interações sociais e vínculos e previne o estresse e a ansiedade.

“No ambiente corporativo, a diversidade e a integração entre profissionais de várias gerações traz olhares diferentes, promove a criatividade, a resiliência e fortalece o trabalho em equipe”, pontua o gestor de Estágios do CIEE-RS, Marcos Pan.

No Mês do Idoso, o CIEE-RS valoriza os 55 gaúchos com mais de 60 anos de idade estagiando pela organização. É o caso de Maria Ivone Fernandes dos Anjos, de 79 anos. Com duas filhas biológicas e outras duas filhas e um filho adotivo, a viúva garantiu que todos estudassem. Os quatro que hoje são adultos se formaram e trabalham. A mais nova, de 13 anos, ainda estuda e mora com ela. “Aí me sobrou um tempo e há quatro anos decidi voltar para a escola”, conta.
Maria Ivone completou os ensinos fundamental e médio em três anos. Em julho deste ano, ingressou no curso de Pedagogia. A universitária faz estágio como monitora numa escola de Sant’Ana do Livramento. Ela é responsável por acompanhar crianças na educação inclusiva. É a única na equipe de 13 estagiários acima da faixa dos 20 anos.
A futura pedagoga teve o apoio dos filhos para recomeçar. Ela reconhece que o mundo do trabalho é fechado para profissionais idosos. Mas não desiste quando surgem obstáculos. “Eu ainda tenho muito a aprender e adoro me informar, buscar conhecimento. Enquanto eu puder, vou estudar e também passar conhecimento para os outros”, planeja.

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