A arrecadação do setor de seguros no Brasil neste ano será 11% maior na comparação com 2023. A informação foi dada pelo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Dyogo Oliveira, durante entrevista coletiva realizada no dia 25 de setembro.
Apesar da queda em alguns segmentos, como o do seguro auto, o dirigente disse que o cenário é positivo, ressaltando que existe expectativa de crescimento em outros ramos, como o seguro garantia, a partir de mudanças na legislação sobre obras públicas. “Este produto vai ajudar o país na qualidade e continuidade das obras”, afirmou.
Na avaliação do presidente da CNseg, o desempenho do mercado segurador no período reforça o papel estratégico do setor no apoio ao planejamento financeiro das famílias e na estabilidade do mercado de crédito no Brasil.
Mercado Segurador no primeiro semestre de 2024
No primeiro semestre de 2024, as indenizações, resgates, benefícios, sorteios e despesas assistenciais somaram quase R$ 247 bilhões, um crescimento de 6% em relação ao volume pago pelo setor no mesmo período do ano passado. Pelo lado da demanda, no mesmo período, o crescimento superou dois dígitos, somando R$ 361,5 bilhões em prêmios de seguros, contribuições em previdência, faturamento com títulos de capitalização e contraprestações em saúde, uma alta de 14%.
O grande destaque do semestre foram as contribuições dos planos de Previdência Aberta que avançaram 23%, somando R$ 94 bilhões, na mesma comparação, contribuindo com 41% para o montante arrecadado pelo setor nesse primeiro semestre. A Saúde Suplementar, por sua vez, alcançou R$ 152,0 bilhões em contraprestações líquidas no primeiro semestre de 2024, alta de 15,3% sobre o primeiro semestre de 2023. No mesmo período, foram pagos R$ 126,4 bilhões em eventos indenizáveis, alta de 8,8%.
Rio Grande do Sul
Quanto às indenizações relativas às enchentes no Rio Grande do Sul, Dyogo destacou que até o dia 20 de setembro foram registrados 57.946 pedidos de indenizações, totalizando um valor de R$ 6,03 bilhões. De acordo com o levantamento, os maiores valores ficaram com os seguros de Grandes Riscos (R$ 3,211 bilhões), auto (R$1,224 bilhão) e residencial/habitacional (R$ 601 milhões). A previsão da CNseg é de que até o final do ano o volume total de indenizações chegará na faixa de R$ 8 bilhões.
Congresso Nacional dos Corretores de Seguros
A cidade do Rio de Janeiro vai sediar entre os dias 10 e 12 de outubro o 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros e Exposeg. O futuro da distribuição de seguros no Brasil será um dos temas abordados no evento.
Estão previstas participações de personalidades nacionais e internacionais, lideranças do mercado, executivos das grandes seguradoras, autoridades, parlamentares e dirigentes de entidades, além dos maiores especialistas do setor.