A compreensão sobre as dificuldades da vida e a necessidade de não desistir moldaram a trajetória da empreendedora e ativista social Silvana Nascimento Cunha, 42 anos. Com muito esforço, ela estudou, se aperfeiçoou, abriu um negócio e criou uma ONG em Pelotas. Silvana é a quinta personagem da série Inspira CIEE-RS, que traz mensalmente histórias inspiradoras de pessoas ligadas à instituição.
A compreensão sobre as dificuldades da vida e a necessidade de não desistir moldaram a trajetória da empreendedora e ativista social Silvana Nascimento Cunha, 42 anos. Com muito esforço, ela estudou, se aperfeiçoou, abriu um negócio e criou uma ONG em Pelotas. Silvana é a quinta personagem da série Inspira CIEE-RS, que traz mensalmente histórias inspiradoras de pessoas ligadas à instituição.
De origem humilde, Silvana é grata pelo CIEE-RS ter aberto as portas para ela ao mercado de trabalho, com uma vaga de estágio na Caixa Econômica Federal, na entrada da maioridade. A experiência, que se estendeu por um ano, a ajudou a obter um emprego logo depois em uma terceirizada do banco, na qual ficou por cinco anos.
Os desafios estiveram sempre presentes no caminho de Silvana. Ela se casou e, um tempo depois, engravidou, tendo de largar o emprego para cuidar do filho, hoje com 19 anos – também tem uma filha de 17. Era o coração falando mais alto, algo que influenciaria no rumo social que acabou tomando.
Com sete anos de existência, a ONG Semear tem mais de 150 crianças cadastradas, algumas quase adolescentes. Por isso, desenvolve parcerias para encaminhá-los. Mais um desafio entre tantos na vida de Silvana.
O sustento era garantido porque a família tinha aberto um comércio. Com muito sacrifício, Silvana trabalhava e fazia a faculdade de Gestão e Organização do Terceiro Setor. Quando faltava só o estágio obrigatório para se formar, foi com grande esperança até o CIEE-RS de Pelotas atualizar seu cadastro e, para sua felicidade, logo foi chamada para estagiar na Câmara Municipal.
Concluiu o curso, mas novos problemas levaram ao fechamento do comércio. Foi preciso se reinventar: Silvana abriu uma ONG com o marido, a Semear.
Inicialmente, a ONG atendia moradores de rua com refeições, cestas básicas e doação de agasalhos. Até que um dia, quando a Semear distribuía cafés na cidade, um morador de rua deu um conselho: “Vocês estão fazendo um paliativo. Por que não trabalham com crianças para no futuro distribuírem menos cafés?”. O recado era duro, mas Silvana entendeu que havia lógica. “Se pegar na raiz, nas crianças que estão sendo moldadas, tem mais chances”, reconheceu, mudando o rumo da ONG.
Com tantos desafios no currículo, Silvana aconselha aos jovens: “Às vezes a motivação acaba, então, é preciso ser persistente e ter constância no que se faz. Tudo é difícil, mas a gente tem que escolher o difícil mesmo assim e seguir adiante”. Palavras de quem viveu o que diz.
CIEE-RS