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- Publicada em 20 de Outubro de 2023 às 15:58

Brasil testa semana de quatro dias

Projeto piloto vai durar seis meses e envolverá mais de 20 empresas

Projeto piloto vai durar seis meses e envolverá mais de 20 empresas


CIEE-RS/Divulgação/JC
Entre o final deste ano e o início de 2024, o Brasil dará a largada ao projeto-piloto da semana de quatro dias, que já foi testada em outros países. A ideia de reduzir a carga de trabalho tem mostrado bons resultados: aumento na produtividade, maior atração e retenção de talentos, envolvimento mais profundo do cliente e melhoria na saúde, no bem-estar e na felicidade dos colaboradores.
Entre o final deste ano e o início de 2024, o Brasil dará a largada ao projeto-piloto da semana de quatro dias, que já foi testada em outros países. A ideia de reduzir a carga de trabalho tem mostrado bons resultados: aumento na produtividade, maior atração e retenção de talentos, envolvimento mais profundo do cliente e melhoria na saúde, no bem-estar e na felicidade dos colaboradores.
No Reino Unido, país que teve a experiência mais recente com a semana de quatro dias, os dados do projeto foram muito positivos. Conforme a avaliação final, 39% dos colaboradores se sentiram menos estressados, 71% reduziram o burnout e 54% acharam mais fácil conciliar vida pessoal e profissional. Além disso, 15% dos participantes disseram que nenhum aumento de salário os faria voltar à semana de cinco dias.
As empresas também tiveram motivos para comemorar. O turnover caiu 57%. Houve um aumento médio de 1,4% na receita – crescimento de 35% na comparação com anos anteriores. Já no Canadá e nos Estados Unidos, onde 41 empresas já chegaram a um ano de testes, 90% delas mantiveram a semana reduzida.
Estudo conduzido pela empresa britânica Voucher Cloud com quase 2 mil funcionários de escritórios no Reino Unido apontou que, em um trabalho de oito horas por dia, o tempo produtivo foi de apenas duas horas e 23 minutos.
Com um dia a menos (60% das empresas cortam a sexta-feira), as corporações precisam eliminar atividades, como excesso de reuniões. Na média, as pessoas passam 18 horas por semana em reuniões, nas quais 73% dos participantes ficam fazendo outra coisa e 71% consideram os encontros improdutivos. Distrações também podem ser reduzidas, como checar redes sociais. “As reuniões improdutivas e as distrações são as grandes ofensoras. O grande objetivo do projeto é fazer essas mudanças”, afirma Renata Rivetti, diretora da Reconnect Happiness at Work, que é parceira oficial da 4 Day Week Global e trouxe o projeto para o Brasil.
Peculiaridades do país aumentam a expectativa sobre o piloto, que vai durar seis meses e envolverá mais de 20 empresas. O brasileiro trabalha mais tempo do que seus pares latino-americanos. Porém, o PIB por hora trabalhada no Brasil fica atrás de países como Chile, Argentina e Panamá, com menor carga, aponta a Organização Internacional do Trabalho.
Segundo Renata, empresas e colaboradores terão de redesenhar o trabalho, e os estagiários poderão ser incluídos. “Cada empresa vai tomar a sua decisão. O que orientamos é fazer o que tenha sentido para ela, e quem sabe melhorar a produtividade do estagiário também”, diz Renata. Em um país com dificuldades estruturais e onde frequentemente se extrapola a jornada, os resultados serão aguardados com expectativa.
CIEE-RS