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Publicada em 23 de Abril de 2025 às 19:38

Afinal, que tipo de turismo queremos para Porto Alegre?

Adriane Hilbig, Vice-Presidente de Turismo da Associação Comercial de Porto Alegre

Adriane Hilbig, Vice-Presidente de Turismo da Associação Comercial de Porto Alegre

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Adriane Hilbig
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Fiz uma provocação em meu último texto questionando sobre o conhecimento do próprio cidadão porto-alegrense dos pontos turísticos de nossa cidade. Pois bem, depois de uma resposta positiva, quais os próximos questionamentos? Que tipo de turismo queremos para Porto Alegre? Qual o posicionamento da nossa cidade? Como queremos ser conhecidos? O que faz um turista querer visitar Porto Alegre e não outro local? Estas perguntas precisam ser respondidas por todos nós para que a energia gasta pelo poder público e entidades relacionadas ao turismo, ou não, possam alinhar os objetivos e, assim, planejar ações para a captação e retenção de turistas em nossa cidade.
O Rio Grande do Sul é um Estado poderoso e muito diversificado em termos de atrativos turísticos. Porém, seu maior problema é justamente a falta de união para "explorar", no bom sentido, o que cada região tem de melhor. E a pergunta volta: o que Porto Alegre tem de melhor? Atrevo-me a dizer que a saúde é um dos principais fatores que fazem de Porto Alegre uma referência no setor de serviços; que é uma metrópole banhada pelas águas e com um charme todo especial; que somos conhecidos por ser a capital nacional das microcervejarias; que a gastronomia aqui presente é uma curiosidade em todo o mundo. Poderia citar mais inúmeros setores. Mas como podemos transformar isto em receita para o turismo?
Precisamos atrair para nossa cidade um número grande de visitantes para fazer a diferença. E a forma mais inteligente, a meu ver, é o turismo de eventos e negócios.
Um congresso médico, por exemplo, tem o poder de trazer de 5 a 8 mil pessoas ao mesmo tempo, durante 5 a 7 dias, "consumindo" Porto Alegre. Consumindo conhecimento dos médicos, que são referências na sua área de atuação e que aqui residem; consumindo os serviços da cidade: hotelaria, restaurante, atrativos turísticos, locomoção e mais uma infinidade de serviços. Trazendo dinheiro novo para ser gasto por aqui. Fazendo a roda girar.
O turismo de eventos tem este poder de fazer a geração de negócios funcionar de forma muito rápida.
Imaginem o impacto econômico que gera na cidade que trabalha para captação de eventos com um grande evento mensal e o que isso gera de impostos, que podem ser reinvestidos na área.
O participante de um congresso, festival, conferência ou afins tem o objetivo de adquirir ou reciclar conhecimento e aproveita o destino para conhecê-lo. Tanto a cidade quanto seus arredores.
Retomo a pergunta inicial: "que tipo de turismo queremos para Porto Alegre?" Queremos competir com destinos já consolidados como a Serra Gaúcha? Por que não fazermos a união de turismo de eventos com o de lazer?
Vamos explorar o que temos de melhor? Vamos consolidar nosso posicionamento? Mas para isto precisamos definir o que queremos enquanto sociedade, para que possamos juntos trabalhar na mesma direção e alcançar os objetivos pretendidos.
A Associação Comercial de Porto Alegre, em conjunto com o Porto Alegre Convention Bureau, já está trabalhando neste sentido.
E você, o que pensa sobre isso? Convido-o a embarcar com a gente nesta jornada.
 
Vice-Presidente de Turismo da Associação Comercial de Porto Alegre

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