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Visão Empresarial

Publicada em 17 de Abril de 2024 às 19:42

Quem move o mundo?

Tiago Dinon Carpenede é diretor financeiro do IEE

Tiago Dinon Carpenede é diretor financeiro do IEE

TÂNIA MEINERZ/JC
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Tiago Dinon Carpenedo
Tiago Dinon Carpenedo Diretor Financeiro do IEE
Há duas semanas, tive o privilégio de mediar um painel no 37º Fórum da Liberdade, evento realizado pelo IEE. O painel foi composto por três empreendedores fantásticos (Alexandre Ostrowiecki, Alfredo Soares e Diana Werner) e permitiu uma reflexão sobre o papel do empreendedorismo.
Há duas semanas, tive o privilégio de mediar um painel no 37º Fórum da Liberdade, evento realizado pelo IEE. O painel foi composto por três empreendedores fantásticos (Alexandre Ostrowiecki, Alfredo Soares e Diana Werner) e permitiu uma reflexão sobre o papel do empreendedorismo.
Com base no que foi debatido nesse painel, proponho que você esqueça a complexidade que cerca nossa vida e pense de forma ampla: o que move nossas ações?
A vida no nosso planeta é movida por necessidades. No mundo animal, por exemplo, há espécies de aves que voam milhares de quilômetros para acessar melhores condições de alimentação e reprodução.
Mas nenhuma espécie apresenta necessidades tão numerosas e heterogêneas quanto nós. Há centenas de anos, nossos ancestrais plantavam e caçavam de forma rudimentar, colocando a vida em risco, para ingerir calorias que permitissem sua sobrevivência.
Alimentar-se segue sendo uma necessidade básica. Mas, hoje, uma solução que podemos utilizar é completamente diferente: com alguns movimentos dos dedos na tela do smartphone, é possível solicitar comida por aplicativo. Em 2024, bilhões de pessoas no mundo podem ter acesso instantâneo a qualquer tipo de alimento, entregue em qualquer lugar.
O que ocorreu nesse meio-tempo que gerou mudanças tão drásticas nas soluções disponíveis para atender às nossas necessidades? A consolidação de uma importante instituição social: o mercado.
Mesmo o precário escambo já era uma forma para satisfazer as necessidades humanas, por meio de trocas diretas de produtos. Aí, a inventividade humana desenvolveu tecnologias sociais incríveis, como um instrumento mais inteligente de trocas (as moedas) e um tipo de organização que produz bens e serviços com muita eficiência (as empresas).
Aliada a isso, a maior liberdade individual para cada um trabalhar e consumir decorrente do império das leis - em contraste com o regime coercitivo anterior, do império dos homens - permitiu às pessoas realizarem trocas voluntárias o tempo todo. Essas trocas constantes formam os mercados. E o desenvolvimento dos mercados catapultou a capacidade da humanidade de gerar riqueza.
Se os mercados movem o mundo, você já se perguntou o que move o desenvolvimento dos mercados?
Para mim, a resposta é simples: a inovação gerada pelos empreendedores. O empreendedor é aquele que usa sua criatividade e experiência para entender e atender melhor os seus clientes.
O clichê diz que "o cliente é o rei"; no reino do mercado, o empreendedor é seu súdito. Não há nada de depreciativo nisso, pelo contrário. O propósito do empreendedor é servir outras pessoas, por meio de soluções inovadoras que melhorem suas vidas. Consequentemente, alcança resultados financeiros que permitem investir e fazer crescer seu negócio, amplificando seu impacto, em um círculo virtuoso.
Há empreendedores que foram tão geniais a ponto de se dizer que eles mudaram seu país e/ou o mundo, como Barão de Mauá, Henry Ford e Steve Jobs. Acredito que seja exagerada essa personificação, pois junto deles muitos outros empreendedores foram essenciais como clientes, fornecedores, concorrentes e parceiros de negócios. Esse é o poder do empreendedorismo: juntos, os empreendedores movem o mundo.
 

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