Marca e negócio são duas faces da mesma moeda. É importante esclarecer: uma marca abrange um leque muito maior e mais amplo de associações e significados do que o design de um logo consegue expressar.
Marca é, na sua essência: identidade, cultura, comportamento, conceito e padrão de qualidade em tudo o que entrega. Ao ampliar estrategicamente a sua marca corporativa, consequentemente, você estará mudando a definição, amplitude e o posicionamento do negócio. Os bônus desse movimento são extraordinários, a começar pela velocidade de ingresso em novos territórios, além do incremento exponencial de novas janelas estratégicas que materializam oportunidades de associações até então impensadas.
Sempre que penso em marca corporativa, enxergo um grande arco, uma espécie de guarda-chuva conceitual que traduz confiança, reconhecimento e reputação a tudo que está sob sua proteção. As unidades de negócios, por sua vez, podem se dedicar ao foco e à especialização, atraindo profissionais obstinados que trazem oxigênio e adrenalina para a organização.
Novas combinações se convertem em resultados melhores para o negócio - esse é o principal motivo de, cada vez mais, estratégia e branding definirem os novos movimentos do tabuleiro competitivo. Os projetos mais bem-sucedidos de M&A da história recente, foram suportados por projetos estratégicos de marca corporativa. Essa cirurgia estratégica exige descolar a marca corporativa (anterior) do negócio principal. Sim, representa um procedimento delicado, porque, além de envolver os stakeholders externos, mexe com o queijo do C-level - e, por que não dizer, dos próprios acionistas. A maturidade empresarial traz a consciência de que quem anda sozinho vai mais rápido, mas quem anda junto vai mais longe.
Crescer tornou-se uma exigência para todos, uma vez que os custos corporativos crescem desproporcionalmente à receita dos atuais negócios. Já não é uma mera questão de vontade: ou você escolhe crescer, ou estará renunciando a um futuro sustentável. No universo digital, fala-se em crescimento exponencial. A diferença é simples de explicar: os mesmos 32 passos, no linear, representam 32 metros; já no exponencial, mais de 2,4 bilhões de metros - com a mesma quantidade de passos.
Se essa façanha já foi atingida através da inteligência dos seres humanos nas máquinas, por que as empresas seguem pensando em crescer percentualmente? Resposta: ego, medo de como será, cultura, e por aí vai. A única certeza é que, se você não fizer o salto, alguém fará, e o pior: pode ser quem desmonetizará o seu negócio.
A solução é vencer o tempo, ou seja, ir muito mais longe e mais rápido, tendo consciência de que a união de experiência, conhecimento, capacidade e relacionamento trará maior solidez para disputar o futuro. Seja protagonista, redesenhe estrategicamente o seu novo amanhã. Isso vale para os dois lados: tanto para as empresas que não têm governança e sucessão estruturada, como para as que possuem tudo isso, mas a quem faltam reputação, reconhecimento e capital.
Conclusão: trate de construir novas janelas para sua organização. Esse movimento trará oportunidades de crescimento e perenização do seu negócio. Juntos se vai mais longe.