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João Satt

João Satt

Publicada em 07 de Novembro de 2024 às 01:25

Estratégia de A para B

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João Satt Colunista
Tem um momento em que fica evidente que o ciclo do seu negócio começa a dar sinais de declínio. Simples, o modo como você fazia acontecer começa a não funcionar mais. Chamamos isso de exaustão do "ponto A", quando remendos apenas retardam o inevitável fim de um ciclo.
Tem um momento em que fica evidente que o ciclo do seu negócio começa a dar sinais de declínio. Simples, o modo como você fazia acontecer começa a não funcionar mais. Chamamos isso de exaustão do "ponto A", quando remendos apenas retardam o inevitável fim de um ciclo.
A história da humanidade é marcada pelas revoluções tecnológicas, que gradualmente promoveram o desaparecimento de alguns setores, na mesma proporção que fomentaram o surgimento de outros, que impactaram fortemente a economia e a vida das pessoas.
Se você observar com atenção, conseguirá perceber uma tensão no desempenho de vários setores, o que demonstra a inflexão de uma mudança mais ampla. Não espere um pronunciamento oficializando o final do ciclo, as grandes corporações já colocaram como prioridade na pauta a estratégia de A B.
Para desafios complexos, a simplicidade é a melhor solução:
1. Identifique o que é o ponto B.
2. Dedique tempo com seu time para definir as diferentes alternativas estratégicas (caminhos) para chegar no ponto B.
3. Desenvolva um painel de convergências e divergências.
4. Opte pelo caminho que: a) seja pertinente aos valores da sua organização; b) tenha maior convergência entre os líderes; c) possibilite uma clara definição do perfil de competências dos profissionais.
Sem pessoas qualificadas, não se consegue mover as marcas/negócios de A para B. Segundo Fabricio Bloisi, novo CEO da Prosus, em entrevista à Bloomberg News: "As únicas coisas valiosas em uma empresa são a equipe (pessoas) e a cultura - a maneira como ela inova, se comunica e se adapta. O que torna uma empresa especial não é o que ela pode investir ou seus produtos, mas como ela se move, se adapta".
Profissionais curiosos, inteligentes, sensíveis representam a garantia do sucesso, desde que se mantenham comprometidos e antenados. Percebo nitidamente empresas que caminham com passos sólidos para um "bom amanhã", enquanto outras não têm flexibilidade para mudar o jogo. O sucesso dos bons números do presente acaba encobertando a perda de potência na atratividade e retenção de clientes. Em outras palavras: a deliciosa ceia de Natal não assegura o banquete do Ano-Novo.
Em 2010, a Exxon Mobil era a número 1 do mundo, com um valor de US$ 369 bilhões (petróleo e gás). Hoje, a posição é da Apple, com US$ 735 bilhões. Significa que o futuro é a inovação, a ruptura e o aprendizado de coisas novas. A empresa que permanece a mesma, que continua fazendo o que tem feito nos últimos dez anos, não terá sucesso e provavelmente estará muito menor daqui a dez anos. Interpretar a dança dos ventos é crucial para quem deseja disputar o futuro.
Considere a "jornada da conveniência", as oportunidades estão justamente nos "pontos de dor" das pessoas. A estratégia é o tempero que faz a diferença na "salada de tendências", promove o encaixe harmonioso entre o que sua empresa oferece e a fome de soluções (pontos de dor) das pessoas físicas e jurídicas. O ponto B é possível. No entanto, para chegar lá, é necessário: tomar consciência da exaustão do A e aceitar percorrer o novo caminho, com as pessoas certas.
 

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