No campo de golfe tive a oportunidade de escutar: "Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho". Achei a frase genial, autoria atribuída a Tiger Woods, golfista n⁰ 1 (número 1) do mundo. Seja ele, ou não, o que importa é a verdade que esse fundamento carrega.
Assim vem sendo escrita a história dos reconhecidos "fora da curva", tanto no esporte - Ayrton Senna, Pelé, Cristiano Ronaldo, Rafael Nadal - quanto nas artes: Beethoven, Mozart, Pablo Picasso, e por aí vai. Fato: a sorte reconhece o esforço.
A locadora Avis, segunda maior do mundo, fez uma antológica campanha publicitária suportada pelo conceito: We try harder. (Nós tentamos mais). Por não serem a primeira, tinham que ir além para atrair clientes. Isso revela o propósito, ou seja, aquilo que faz os milhares de colaboradores da Avis, acordarem todos os dias. Conclusões:
1. Organizações que trabalham com convergência, a partir de um sonho, um objetivo maior, tendem a ser mais reconhecidas;
2. Treinar muito, tentar muito, enfim, superar os próprios limites, traz como bônus almejar o impossível.
3. Você já se deu conta de que o até então impensável no passado, hoje, se tornou normal e natural.
As Olimpíadas de Paris nos provam que existem jovens da Geração Z: obcecados, incansáveis, resilientes. Que não atribuem culpa dos seus insucessos às regras das Federações, nem tampouco ao Comitê Olímpico Internacional. Esse comportamento não é o usual dessa geração tão instável e pouco aderente ao mundo do trabalho.
A boa noticia é que essa nova postura, também está acontecendo fora das quadras, ainda que por parte de uma pequena parcela dos participantes da Geração Z. Toda geração é composta por 5 estágios:
Visionários - 3%;
Primeiros a adotar - 13%;
Maioria que adere - 34%
Maioria atrasada - 34%
Retardatários - 16%.
"Visionários" captam antes as novas oportunidades de evolução, e produzem com naturalidade um nova receita de sucesso pessoal. Imagine uma "nova curva dentro da curva", composta por um grupo de jovens "fora da curva" que definem novos padrões e comportamentos. Sem carregar o neuroticismo e fanatismo dos "workaholics", desprezando o comodismo do "viver home", entram forte no jogo para ter VOZ E FAZER ACONTECER.
Desconhecem limites das fronteiras físicas, incansáveis, surfam transversalmente por vários universos. Ambição e saúde coexistem: saudáveis, sintonizados pelo equilíbrio corpo-mente. Tendo mapeados no radar possíveis rotas de acessos quentes aos networks estratégicos. Devoram livros, conteúdos e conhecimento. Desprezam o sucesso a qualquer custo, valorizam o sabor de viver o que vale ser vivido.
Ainda é cedo para saber se essa inflexão será adotada pelos demais recortes da geração Z. É inquestionável que valem ouro para quem os atrair, serão muito relevantes na continuidade, evolução e novos modelos de negócios. Trazem no seu DNA uma visão mais humanista, sensível e cooperativa, fundamentais à construção de uma sociedade mais consciente. O Brasil precisa. A comunidade empresarial agradece e aplaude os jovens "fora da curva".