QI investe em cloud computing

Cristiano Muller – Temos 17 unidades, entre escolas e faculdades, distribuídas pelo Estado e migramos todos os sistemas e ambientes web para a nuvem da AWS. A migração começou em setembro, com sites, e-mails, plataforma Moodle e pequenas aplicações e culminou no ERP Totvs, que usamos desde 2008.

2 – Antes, vocês hospedavam seus ambientes no UOL. Foi uma mudança difícil?

Muller – Não. A migração para a nuvem não gerou impacto nem resistência, pelo contrário. Temos uma média de 230 acessos simultâneos ao sistema, nos três turnos em que atuamos, e no dia da virada, nada foi notado. Os usuários estão satisfeitos, e nós, da TI, muito tranquilos. Há alguns dias, chegamos a ter queda de um servidor, mas, em menos de 15 minutos, tudo estava reestabelecido.

3 – Há planos de expansão na nuvem?

Muller – Com certeza. Hoje, utilizamos a zona de disponibilidade da AWS em São Paulo, mas projetamos a criação de um site de contingência nos Estados Unidos, o que deve estar pronto até o início do ano que vem. Nossos planos vão além da cloud, temos projetos para lançar uma nova versão do site e integrar a plataforma de educação a distância Moodle ao ERP. Também prevemos migrar para uma nova versão do Totvs em 2013. Temos cerca de 17 mil alunos matriculados em graduação, pós, técnicos e profissionalizantes. É preciso manter a TI forte para atendê-los bem.

O Serpro lançou a versão em nuvem da suíte de comunicação Expresso, trazendo recursos como chamada de voz, webconferência e pesquisa avançada. O software é um ataque direto a soluções como o Google Apps for Business e o Microsoft Office 365, que vêm ganhando espaço na administração pública. Acontece que, pela lei, órgãos federais – cujo orçamento de TI para 2012 foi de R$ 15 bilhões – não podem hospedar dados fora do País, o que, inevitavelmente, acontece nas nuvens de multinacionais. O Serpro garante ainda que vai cobrar a metade do preço de mercado hoje. Quer saber mais? http://bit.ly/RiAtQn

André Imar Kulczynski, diretor-presidente da Procempa, seguirá no cargo em 2013. Kulczynski pode igualar o recorde de permanência do ex-presidente da Telebrás, Rogério Santanna, que liderou a estatal municipal de processamento de dados por três gestões petistas. O funcionário público de carreira ligado ao PTB tem feito uma boa gestão, na qual a Infovia aumentou mais de cinco vezes, e um novo data center e centro de comando para Porto Alegre foram inaugurados. Como nem sempre competência é garantia de permanência na administração pública, a continuidade da gestão de Kulczynski é um fato a ser comemorado.

Operadora tem cobertura 3G por todos os cantos de Nova Boa Vista, município de 2 mil habitantes no noroeste do Estado onde eu passei o Natal na casa do meu sogro Ingo Scheibe. Nada mal, Vivo.

Estudo mostrou que 42% do custo de um tablet da Apple no Brasil são impostos. É quase três vezes a média mundial, de 14,8%, e sete vezes a cifra americana, de 5,7%. Mas deve ser pelo nosso bem.