O agronegócio gaúcho atravessa uma das fases mais dramáticas de sua história recente. Após enfrentar enchentes devastadoras, que varreram lavouras, casas e equipamentos, os produtores do Rio Grande do Sul agora sofrem com uma estiagem severa. O resultado é um cenário de destruição, endividamento e incerteza com milhares de famílias no campo sem meios para recomeçar, alerta o coordenador da bancada gaúcha, deputado federal Marcelo Moraes (PL).
Decisão política
A gravidade da situação já foi amplamente diagnosticada. Técnicos, especialistas e lideranças do setor concordam: é necessário um socorro emergencial, robusto e imediato. O que falta agora é decisão política.
Avanço lento e tempo curto
Parlamentares, entidades do setor produtivo e representantes da sociedade civil têm se mobilizado intensamente em Brasília. O Congresso Nacional já reconhece a urgência da causa. O Ministério da Agricultura e o Ministério da Fazenda estão cientes da dimensão do problema. E o presidente Lula, conforme apontam aliados, tem feito aportes importantes em auxílio aos produtores gaúchos. Mas o avanço é lento — e o tempo é curto.
Impacto se espalha pelo País
A catástrofe social e econômica que se avizinha não afetará apenas o Rio Grande do Sul. O impacto se espalha pelo País: no abastecimento, na inflação, no desemprego e na migração forçada de produtores para outros estados. A reconstrução da confiança no campo exige mais que promessas: exige medidas concretas, como a renegociação imediata das dívidas, linhas de crédito especiais, subsídios para replantio e incentivos fiscais, e a securitização, citada na maioria das manifestações.
União e coragem
Este é o momento de união e coragem. Não se trata de um apelo regional, mas de um compromisso nacional. O Rio Grande do Sul é parte essencial da força produtiva do Brasil — e não pode ser deixado para trás. A técnica já apontou os caminhos. Agora, cabe à política decidir.
Economia quebra
O coordenador da bancada do Rio Grande do Sul no Congresso Nacional, deputado Marcelo Moraes destacou durante reunião de parlamentares e lideranças do setor que "o que se busca não é uma linha de crédito, num balcão de banco. Nós não estamos tratando de algo dentro da normalidade, estamos tratando de uma excepcionalidade que vai fazer com que a economia do Rio Grande do Sul quebre. Talvez o governo não tenha entendido ainda", assinalou o parlamentar.
Defesa do governo
O deputado federal gaúcho Bohn Gass (PT) disse à coluna Repórter Brasília que "não faz sentido essa crítica ao Lula. Lula é quem faz inclusive a abertura de mercados no exterior. Hoje o Rio Grande do Sul teve um PIB maior do que o PIB nacional", argumenta o congressista.
Mão forte auxiliando
O deputado petista enfatizou que "o governo sempre está aberto ao diálogo, e, com certeza, os agricultores do Rio Grande do Sul, que sofreram tanto com a seca, e sofreram tanto com a chuva, vão ter a mão forte auxiliando nosso estado pelo governo do presidente Lula".