"Era uma pessoa altamente de bem com a vida. Era uma pessoa muito alegre. Eu resumiria quem era o Papa Francisco com três palavrinhas: alegria, misericórdia e esperança." Depoimento do Silvonei José Protz (foto), jornalista português e coordenador da Rádio Vaticano e Vatican News, em entrevista nesta terça-feira. A coluna Repórter Brasília de hoje é voltada a um grande comunicador. Brasília também começa a semana com os holofotes para o Vaticano.
Amor pelo Brasil
Silvonei José afirmou que o Papa argentino tinha um grande amor pelo Brasil. "Quando ele falava do Brasil, vinha, digamos, na via presidencial, ele falava de tudo igual, naturalmente. Gostava de citar Pelé, Maradona, mas era uma maneira dele se misturar junto com a gente."
Mais água no feijão
O jornalista do Vaticano, que acompanhava de perto o Papa Francisco, destacou que quando ele veio ao Brasil em 2013. "Ficou na memória dele aquela expressão: 'mais água no feijão', é um Brasil que se chega e vai ter um lugar na mesa", relembra Silvonei José.
Deus é brasileiro
Um ponto que marcou a todos, afirmou Silvonei José, e ele gostava disso, foi quando o Papa falou numa entrevista: "que o Papa é argentino, mas Deus é brasileiro". A entrevista foi concedida ao jornalista Gerson Camarotti.
Comunicação com transparência
O coordenador da Rádio Vaticano acentuou que "o Papa Francisco era um comunicador nato. Além das palavras bem colocadas, ele era muito forte no gesto de uma comunicação. Era uma expressão que quando você conversava com ele, ele te olhava, você já entendia tudo aquilo que ele estava dizendo, ele sempre pediu para que nós fizéssemos uma comunicação transparente, que a comunicação fosse leve e que chegasse às pessoas".
Morte não é o fim de tudo
"A morte não é o fim de tudo, mas um novo começo." O Papa Francisco enfatiza no texto que a vida eterna, que aqueles que amam já começam a experimentar na Terra, é o início de algo que nunca terá fim. Escreveu no prefácio do livro do cardeal Angelo Scola, que é uma reflexão sobre a velhice. Em outras palavras, o Papa Francisco não descreve a morte como um término, mas sim como uma transição para uma nova fase da existência, uma vida eterna que se inicia após a morte.