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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 08 de Abril de 2025 às 19:07

Taxações, vontade de um só

Schuch teme que muitos agricultores sejam excluídos do seguro

Schuch teme que muitos agricultores sejam excluídos do seguro

Michel Jesus/Câmara dos Deputados/JC
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"Se decreto fosse bom, não tinha problema no mundo", afirmou o deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB, foto), comentando as taxações impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. O parlamentar salienta que "decreto, na verdade, é vontade de um só, em qualquer situação, e se a gente for olhar os acordos de blocos econômicos ou bilaterais entre países, as decisões não são por decreto. É uma coisa acertada, ajustada, negociada, tem cota, tem prazo de validade, tem critério, tem organização", disparou o congressista gaúcho.
"Se decreto fosse bom, não tinha problema no mundo", afirmou o deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB, foto), comentando as taxações impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. O parlamentar salienta que "decreto, na verdade, é vontade de um só, em qualquer situação, e se a gente for olhar os acordos de blocos econômicos ou bilaterais entre países, as decisões não são por decreto. É uma coisa acertada, ajustada, negociada, tem cota, tem prazo de validade, tem critério, tem organização", disparou o congressista gaúcho.
Custo de produção
Heitor Schuch argumenta que "são essas coisas que fazem com que o comércio internacional funcione, exista. Agora, por exemplo, o governo dos Estados Unidos coloca esses decretos todos, eu fico imaginando, por aqui, na minha região do tabaco, de cada 100 quilos de tabaco produzido, 90 são exportados para o mundo".
Produto de qualidade
Segundo o parlamentar, "os empresários alertam que a gente tem que cuidar para não aumentar o custo de produção, para não exagerar no preço para ter um produto de qualidade, porque outros países também produzem, eles têm competitividade. Daqui a pouco a gente tem um mercado que perde, porque o nosso preço aumenta".
Roda girando para outro lado
Na opinião de Heitor Schuch, "esses 10% a mais não é o governo brasileiro que vai pagar, são as empresas, e aí a empresa vai ter viabilidade econômica de aumentar mais 10% para pagar esse bônus para o governo norte-americano? Talvez os empresários daqui vão dizer: 'olha, vou ter que procurar mercado para essa parcela do tabaco em outros países'. Então se a roda girava para um lado, agora parece que ela começa a girar para o outro".
Aumento de custo das empresas
Na opinião de Heitor Schuch, "essas atitudes do governo norte-americano vão acabar aumentando o custo das empresas nos Estados Unidos, vão acabar aumentando a procura interna deles lá por mão de obra que eles já não têm, vai ter inflação lá, pode ter recessão e pode, para algumas culturas, alguns setores, sermos o grande favorecido para exportar para eles a carne, o suíno, o frango, o boi, a soja, o milho, entre outras tantas coisas mais, que certamente lá vão acabar tendo um custo de produção maior que o nosso".
Alguns com a faca e o queijo na mão
"Vejo que esses decretos do presidente Trump podem ter prejudicado muitos países e muitas empresas, mas outros setores, na minha opinião, estão com a faca e o queijo na mão para ampliarem as suas exportações", afirmou Heitor Schuch, apostando que, "agora Donald Trump vai chamar todo mundo para negociar, certamente alguns, ele vai ter que baixar, outros vai ter que tirar".
 

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