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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 24 de Março de 2025 às 01:25

Conversas entre Trump e Putin

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária. Ordem do dia.
Na pauta, o Projeto de Lei n° 6.012, de 2023 (Substitutivo da Câmara dos Deputados), que

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária. Ordem do dia. Na pauta, o Projeto de Lei n° 6.012, de 2023 (Substitutivo da Câmara dos Deputados), que "altera as Leis nºs 13.999, de 18 de maio de 2020, e 12.087, de 11 de novembro de 2009, para assegurar que os recursos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) sejam permanentes; e dá outras providências". Em discurso, à tribuna, senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Foto: Pedro França/Agência Senado

/Pedro França/Agência Senado/JC
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O professor Rubem Siqueira Duarte, do programa de pós-graduação de ciências militares na Escola de Comandos e Estado-Maior do Exército e coordenador do Laboratório de Análise Política Mundial, fez uma avaliação dos possíveis avanços entre as conversas de Donald Trump, dos EUA, e Vladimir Putin, da Rússia, na guerra da Ucrânia. O especialista afirmou que é possível identificar algum avanço nas conversas entre os dois presidentes.
O professor Rubem Siqueira Duarte, do programa de pós-graduação de ciências militares na Escola de Comandos e Estado-Maior do Exército e coordenador do Laboratório de Análise Política Mundial, fez uma avaliação dos possíveis avanços entre as conversas de Donald Trump, dos EUA, e Vladimir Putin, da Rússia, na guerra da Ucrânia. O especialista afirmou que é possível identificar algum avanço nas conversas entre os dois presidentes.
Posição do senador Hamilton Mourão
"A Guerra na Ucrânia mostrou a falência dos organismos internacionais, que não conseguiram impedir a invasão inicial, a matança, e nem articular a paz", avalia o senador gaúcho Hamilton Mourão (foto), general e ex-vice presidente da República, acrescentando que, "por outro lado, há um vácuo de lideranças fortes e autênticas na União Europeia, propiciando que os EUA e a Rússia protagonizem as negociações, ocupando esse vácuo de poder geopolítico".
Interesse econômico
"Lembro, por fim, que a reconstrução da Ucrânia tem custo estimado de ao menos US$ 500 bilhões; fato que sem dúvida vai despertar interesses econômicos em função das oportunidades que daí podem advir", concluiu o senador gaúcho.
Trocar espaço por tempo
O professor Rubem Siqueira Duarte, em longa entrevista à CBN, disse que "há uma estratégia muito clara de Putin, como a gente chama no meio militar, de trocar espaço por tempo, ou seja, ele cede um pouquinho, quase nada, para conseguir alongar a negociação, e com isso ganhar vantagens lá na frente".
Enrolando Trump
"Está muito claro que Putin está conseguindo, com sucesso, enrolar Trump e tentar algumas vantagens mais significativas no longo prazo, como por exemplo, retirar todas as sanções que eles receberam desde o início da guerra, descongelar os ativos que estão na Europa, que são russos, e também um jogo político no mundo", avalia o coordenador do Laboratório de Análise Política Mundial, Rubem Siqueira Duarte.
Rússia se sente livre
Na opinião de Rubem Siqueira Duarte, "não é a primeira vez que a Rússia se sente livre; em 2007, a Rússia fez um ataque cibernético na Estônia, que é membro da Otan, e a Otan não respondeu. Em 2008, invadiu a Geórgia, ninguém respondeu; em 2014, invadiu a Crimeia, ninguém respondeu, e agora mais territórios da Ucrânia, e também a resposta foi aquém do que poderia ser", avalia o professor.
Vantagens para outras negociações
O professor fala sobre qual vai ser a relação futura da Rússia com o Irã, qual vai ser a futura relação da Rússia com a Síria, que são os outros tabuleiros que estão acontecendo ao mesmo tempo, e Putin quer usar a guerra na Ucrânia com vantagem também nessas outras negociações.
Temor na Europa
"O temor que existe, por exemplo, entre países da Europa, é de que a partir da forma como se está conduzindo a negociação desse conflito, a Rússia se sinta livre para tentar agir também em outros territórios, a exemplo do que fez com a Ucrânia; esse é um risco que vai se tornando cada vez mais real", disse.
Países europeus se rearmando
É claro, acentua o especialista militar, "a Rússia está se sentindo livre, volta a ser uma potência europeia muito forte, e não à toa, os países europeus estão se rearmando".

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